sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Testemunho


04/09/11

O SENTIDO DA VIDA
Venho, há duas semanas, tentando compreender, por todos os prismas, qual o verdadeiro sentido da vida. E, nessa busca por respostas, tenho visto que, em todos os ângulos observados, o que mais temos sobre o assunto são significados adequados somente para a vida material.
Apesar disso, é interessante como nós, seres humanos, encaramos essa condição de apenas nos atermos às coisas materiais, sobretudo nas relações do ter, poder e da dominação. É impressionante como os livros direcionados para o assunto falam, justamente, sobre a valorização dos bens materiais e como a vida é expressiva, quando passamos a vê-la sob a ótica da riqueza e do poder.
Pois bem. Andei pesquisando, como disse antes. Em alguns sites, eu vi que o sentido da vida era se arriscar a viver intensamente, pois os defensores dessa filosofia diziam que a vida é breve e, portanto, não se pode perder um segundo dessa brevidade terrestre. Outros, como no caso da Wikipédia, dizem, conceitualmente, que o sentido da vida se constitui num questionamento filosófico acerca do propósito e significado da vida humana. “Que ela demarca, então, a interpretação do relacionamento entre o ser humano e seu mundo”, segundo Friedrich Tiedemann, anatomista e fisiologista alemão que se dedicou às ciências naturais.
Antes, na Antiguidade e Idade Média, o conceito de sentido da vida era a aquisição da felicidade, onde o ser humano, para ser feliz, precisaria estar em equilíbrio com as suas três partes: a razão, a coragem e o instinto, segundo Platão. Epicuro, outro filósofo grego, dizia que o sentido da vida jaz no desejo e que, para que ele aflore, é preciso superar o medo e a dor e viver isoladamente, apenas se dando a um pequeno rol de amizades.
Mas, eu não me dei por satisfeito. Eu achei – mesmo lendo vários e vários textos; mesmo tendo lido alguns conceitos –, que estava faltando alguma coisa.
Desta forma, passando, há uma semana, em frente a um recém-inaugurado café, algo me fez adentrá-lo (é claro que não foi à toa. No domingo, eu havia lido uma excelente matéria, escrita pelo jornalista Mário Gérson, no caderno Expressão do jornal Gazeta do Oeste, a respeito da falta que fazia um ponto de encontro para os escritores, jornalistas e intelectuais da cidade e, mais, no dia anterior, eu havia visto o escritor Clauder Arcanjo, juntamente com um grupo de amigos, conversando e tomando um cafezinho em suas dependências). Confesso que, mesmo o dia estando quente e o barulho do trânsito ensurdecedor, quando eu pisei no recinto, uma paz tomou conta de mim. O ambiente é agradável, convidativo a um café. Nas suas laterais, dispostos em pranchas, esteticamente bem organizadas, livros.
Estava absorto, a olhar os títulos, quando um jovem garçom aproximou-se, deu-me bom dia e me falou que ficasse à vontade. Igualmente, as duas outras atendentes, simpaticíssimas, corroboraram com o que fora dito. Em retribuição, pedi-lhe um café pequeno, expresso.
Enquanto o café era feito, perguntei ao jovem sobre aqueles títulos. Ele me falou que o café é uma franquia, que a dona da franquia é uma Editora e que, em todos os cafés, os livros são colocados daquela forma, para que os clientes possam, enquanto saboreiam o líquido ou comem um lanche, desfrutar de uma leitura voltada para as coisas mais espirituais e, na qual seja dado sentido, de verdade, à vida.
Sem pestanejar, eu lhe perguntei: para você, genericamente, qual o sentido da vida? Ele olhou para mim e disse: amar a Deus. E sem dizer mais nada dirigiu-se a uma prateleira lateral, apanhou um livro e me trouxe. Em seguida, pediu licença e abriu na página que dizia desse amor de Deus por todos nós e de como a vida faz sentido quando nós deixamos que Ele entre em nosso espírito (consciência, comunhão e intuição). Só com nossa aquiescência é que Ele pode dar sentido à nossa alma (mente, vontade e emoção) e, através dela, cuidar do nosso corpo, da nossa vida. E continuou:
“O homem busca nas coisas materiais o sentido de uma vida feliz, porém se esquece que ele tem uma natureza pecaminosa, corrupta e maligna, que o faz mentir, enganar, roubar, corromper e praticar violência em todos os níveis sociais. Tudo em nome do luxo, do dinheiro, do poder e da fama. Por fora, uma vida ilusória de riquezas; por dentro, um interior vazio e miserável”.
Palavras fortes, mas, tirando as exceções, em nenhum momento ele, na frase, disse uma inverdade, pensei.
Terminei de tomar o café, agradeci os ensinamentos, adquiri o livro e saí de lá com um pouco mais de comunhão com meu espírito e, através dele, eu pude sentir uma leve brisa por sobre o meu corpo.
Na verdade, eu me senti aliviado, pois, por algum motivo, eu já sabia – mas não queria admitir – que o simples fato de acreditar em Sua palavra, aquiescer com Seus ensinamentos, de adorá-Lo, já me levava para as respostas, que eu, teimosamente, relutava em aceitar como sendo o propósito de uma existência.
Já em casa, lendo o livro, tive a certeza de que Deus é, verdadeiramente, o sentido da vida, e que o meu espírito, por meio da minha consciência, deve estar em consonância, sempre, com as três partes da minha alma, para que, juntas, possam ajudar o meu coração a se voltar cada vez mais para Deus e a Sua misericórdia…
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