sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A diferença entre pecado e pecados

Podemos facilmente dizer que a diferença entre pecado e pecados é que pecado é singular e pecados é plural. Entretanto, precisamos distinguir claramente entre pecado e pecados. Se você não consegue diferenciar os dois, será impossível ter clareza da sua salvação. Se uma pessoa não tem clareza da diferença entre pecado e pecados, mesmo que seja salva, sua salvação provavelmente é uma salvação obscura. Que é pecado de acordo com a Bíblia? E que são pecados? Permitam-me dar uma breve definição primeiro. Pecado refere-se àquele poder dentro de nós que nos motiva a cometer atos pecaminosos. Pecados, por outro lado, refere-se aos atos pecaminosos individuais, específicos, que cometemos exteriormente.
Que é pecado? Não gosto de utilizar termos tais como “pecado original”, “a raiz do pecado”, “a fonte do pecado” ou similares. Estes termos são criados por teólogos e são desnecessários para nós agora. Seremos simples e consideraremos essa questão a partir da nossa experiência. Sabemos que há algo dentro de nós que nos motiva e nos obriga a ter certas inclinações espontâneas, que nos induz para o caminho da concupiscência e paixão. De acordo com a Bíblia esse algo é o pecado (Rm 7:8, 16-17). Todavia, não há somente o pecado interior que nos obriga e induz, há também os atos pecaminosos individuais, os pecados, os quais são cometidos exteriormente. Na Bíblia, os pecados estão relacionados com a nossa conduta, enquanto o pecado está relacionado com a nossa vida natural. Pecados são os cometidos pelas mãos, pelos pés, pelo coração, e mesmo por todo o corpo. Paulo refere-se a isso ao falar dos feitos do corpo (Rm 8:13). Então, que é o pecado? O pecado é uma lei que controla nossos membros (Rm 7:23). Existe algo dentro de nós que nos leva a pecar, a cometer o mal e esse algo é o pecado.

Se quisermos fazer uma distinção clara entre pecado e pecados, há uma parte nas Escrituras que precisamos considerar. São os primeiros oito capítulos do livro de Romanos. Esses oito capítulos mostram-nos o significado pleno do pecado. Nesses oito capítulos encontramos uma característica notável: do capítulo 1 ao 5:11, somente a palavra pecados, no plural, é mencionada; a palavra pecado, no singular, jamais é mencionada. Mas, de 5:12 até o final do capítulo oito, o que encontramos é pecado, não pecados. Do capítulo 1 até 5:11, Romanos mostra-nos que o homem tem cometido pecados diante de Deus. De 5:12 em diante, Romanos mostra-nos que tipo de pessoa o homem é diante de Deus: um pecador. Pecado refere-se à vida que possuímos. Antes de Romanos 5:12 nenhuma menção há de mortos sendo vivificados, pois o problema ali não é que alguém precise ser vivificado e, sim, que os pecados individuais que alguém cometeu precisam ser perdoados. De 5:12 em diante, temos a segunda seção. Aqui vemos algo forte e poderoso dentro de nós como uma lei em nossos membros, que é o pecado, que nos induz e obriga a cometer os pecados, os atos pecaminosos. Por isso há necessidade de sermos libertados.

Os pecados têm a ver com a nossa conduta, e para isso a Bíblia mostra-nos que precisamos de perdão (Mt 26:28; At 2:38; 10:43). Porém, o pecado é o que nos incita, induz-nos a cometer os atos pecaminosos. Por isso, a Bíblia mostra-nos que precisamos de libertação (Rm 6:18, 22). Certa vez encontrei um missionário que falava sobre “o perdão do pecado”. Imediatamente levantei-me, apertei sua mão e perguntei: “Onde na Bíblia se diz ‘perdão do pecado’?” Ele argumentou que existiam muitos casos. Quando lhe perguntei se podia encontrar um para mim, ele disse: “Que você quer dizer? Não é possível encontrar nem sequer um lugar que diga isso?” Eu disse-lhe que em toda a Bíblia, em nenhum lugar são mencionadas as palavras o perdão do pecado; em vez disso, a Bíblia sempre fala de “perdão de pecados”. Os pecados é que são perdoados, não o pecado. Ele não acreditou em minhas palavras, então foi procurar em sua Bíblia. Finalmente me disse: “Sr. Nee, é tão estranho. Toda vez que essa frase é usada, um pequeno s é adicionado a ela”. Creio que você pode ver que os pecados é que são perdoados, não o pecado.
Os pecados são exteriores a nós. Eis por que precisam ser perdoados. Contudo, algo mais está dentro de nós, algo forte e poderoso que nos leva a cometer pecados. Para isso precisamos não de perdão, mas de libertação. Precisamos ser libertados. Tão logo não estejamos mais sob seu poder e nada tenhamos a ver com ele, estaremos em paz. A solução para os pecados vem do perdão. Entretanto, a solução para o pecado vem quando não estivermos mais debaixo do seu poder e não tivermos mais nada a ver com ele. Os pecados estão relacionados com as nossas ações e são cometidos um por um. Eis por que precisam ser perdoados. O pecado, porém, está dentro de nós e precisamos ser libertados dele.
Portanto, a Bíblia nunca diz “perdão do pecado”, mas “perdão dos pecados”. Tampouco a Bíblia fala sobre ser “libertado dos pecados”. Posso assegurar-lhes que a Bíblia nunca diz isso. Pelo contrário, a Bíblia diz que somos “libertados do pecado”, em vez de libertados dos pecados. A única coisa da qual precisamos escapar e ser libertados é daquilo que nos incita e nos induz a cometer pecados. Essa distinção é feita de modo bastante claro na Bíblia. Posso comparar os dois desta forma:
De acordo com a Bíblia, o pecado está na carne; enquanto os pecados estão na nossa conduta.
O pecado é um princípio dentro de nós; é um princípio da vida que temos. Os pecados são atos cometidos por nós; são atos em nosso viver.
O pecado é uma lei nos membros. Os pecados são transgressões que cometemos; são atividades e atos reais.
O pecado está relacionado com o nosso ser; os pecados estão relacionados com o nosso agir.
Pecado é o que somos; pecados é o que fazemos.
O pecado está na esfera da nossa vida; os pecados estão na esfera da consciência.
O pecado está relacionado com o poder da vida que possuímos; os pecados estão relacionados com o poder da consciência. Uma pessoa é governada pelo pecado em sua vida natural, mas ela é condenada em sua consciência pelos pecados cometidos exteriormente.
Pecado é algo considerado como um todo; pecados são coisas consideradas caso a caso.
O pecado está no interior do homem; os pecados estão diante de Deus.
O pecado requer que sejamos libertados; os pecados requerem que sejamos perdoados.
Pecado diz respeito à santificação; pecados se relacionam com a justificação.
Pecado é uma questão de vencer; pecados é uma questão de ter paz no coração.
O pecado está na natureza do homem; os pecados estão nos hábitos do homem.
Figurativamente falando, o pecado é como uma árvore e os pecados são como o fruto da árvore.

Podemos tornar essa questão clara com uma simples ilustração. Ao pregar o evangelho, freqüentemente comparamos o pecador a um devedor. Todos sabemos que ser devedor não é algo agradável. Contudo devemos lembrar que uma coisa é alguém ter dívidas; e outra coisa é ter disposição para contrair dívidas. Uma pessoa que toma empréstimos seguidas vezes não se importa tanto com o fato de usar dinheiro alheio. A Bíblia diz que os cristãos não devem ser devedores (Rm 13:8); eles não deveriam tomar emprestado dos outros. Uma pessoa com tendência a tomar emprestado pode pedir duzentos ou trezentos dólares de alguém hoje e, depois, dois ou três mil dólares de outro amanhã. E mesmo que seja incapaz de pagar suas dívidas e seus parentes ou amigos tenham de pagá-las por ele, após uns poucos dias ele começará a pensar em pedir emprestado novamente. Isso mostra que tomar emprestado é uma coisa, mas ter tendência para o empréstimo é outra. Os pecados descritos pela Bíblia são como débitos exteriores, enquanto pecado é como o hábito e a disposição interiores, é como a mente que tem a inclinação de tomar emprestado facilmente. Uma pessoa com tal mente não irá parar de tomar emprestado simplesmente porque alguém pagou seus débitos. Pelo contrário, ela pode até mesmo tomar emprestado ainda mais, porque os outros agora estão pagando suas dívidas.

Essa é a razão de Deus não tratar apenas com o registro dos pecados, mas também com a inclinação para o pecado. Podemos ver a importância de lidar com os pecados, mas é igualmente importante lidar com o pecado. Somente ao vermos ambos os aspectos é que o nosso entendimento sobre nossa salvação será completo.

Livro: “O Evangelho de Deus” - Watchman Nee

Lidar com o sexo oposto

Nossa proposta é dar uma palavra de orientação aos jovens no que diz respeito ao assunto de casamento. Se estas palavras forem levadas em consideração, haverá muitas uniões saudáveis entre os jovens que estão pensando em tomar a decisão de casarem-se.

Primeiramente é necessário considerarmos uma porção que aparece pelo menos três vezes nas Escrituras, a saber: "Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gênesis 2:24; Mateus 19:5; Efésios 5:31). Essas três referências foram ditas respectivamente pelo Pai, o Filho e o Espírito ao inspirar o apóstolo Paulo. Assim, podemos afirmar que casamento é um assunto muito sério que envolve a participação do Deus Triúno. Além disso, nessa porção da Palavra, podemos destacar três princípios importantes para os jovens quanto ao casamento e ao que deve preveni-los para esse assunto:

1) Deixar pai e mãe;
2) se unir à sua mulher;
3) tornar-se os dois uma só carne.

A expressão "deixa o homem pai e mãe" diz respeito às condições práticas e básicas para assumir responsabilidade; por exemplo: a idade e recursos financeiros. Será que você, jovem, tem idade e recursos para assumir essa responsabilidade com alguém, sem ter de depender de seus pais? Você já consegue responder à altura das exigências que uma vida conjugal trará? Pois bem, se sua resposta para esse primeiro princípio for positiva, você já tem um terço do caminho andado.

Vejamos agora a segunda expressão: "se une à sua mulher", que podemos aplicar à questão do testemunho. Essa união aqui descrita diz respeito ao testemunho que os jovens devem espontaneamente dar à sociedade, à família, à igreja e a Deus acerca de seu relacionamento com a pessoa do sexo oposto, que, nessa altura, é seu ou sua pretendente; nesse caso, noiva ou noivo.

Esse testemunho indica que, ao longo de seu relacionamento, os jovens tomaram o cuidado de manterem-se incontaminados deste mundo corrupto, buscando o Senhor e enchendo-se de vida, sendo esse o cuidado mais importante para a fase pré-nupcial. Dessa forma, os jovens terão condições de estar diante do juiz de paz para testemunhar isso, assinando uma certidão de casamento e provando a este mundo que o casamento é para cumprir o propósito de Deus. Assim, unir-se à sua mulher é o mesmo que celebrar as bodas, resultado de um relacionamento sadio e sem indícios de fornicação.

Por fim, a terceira expressão é "tornando-se os dois uma só carne". Aqui podemos ver as relações íntimas da vida conjugal, ou seja, as núpcias propriamente ditas. Isso indica que a esfera saudável e permitida por Deus para a relação sexual é o casamento que, segundo as referências que destacamos acima, nada mais é do que ter condições de assumir responsabilidade. Tornar-se os dois uma só carne é um dos atos mais lícitos que o casamento pode permitir (cfe. Mt 19:9).

Contudo, amados jovens, o que vemos hoje no mundo é exatamente o contrário. Enquanto a Palavra de Deus nos encoraja e orienta “deixar", "unir-se" e "tornar-se", o mundo, por sua vez, prega a ordem inversa, isto é, tornam-se uma só carne precocemente, pela prática da fornicação e, conseqüentemente não conseguem unir-se à sua mulher, tendo de, em poucos casos juntarem-se, consumando a união na mácula do testemunho. E por não conseguirem arcar com a seqüências, não conseguem deixar pai e mãe, tendo os pais de cuidar dos netos por falta de maturidade dos filhos em assumir responsabilidade.

E quanto a nós? Precisamos buscar a luz do Senhor nessas porções das escrituras e rogar por graça para praticarmos, não permitindo que Cristo e a igreja tenham perda. Pelo contrário, sejamos um antitestemunho para esta geração pervertida e corrupta, permanecendo na realidade do evangelho e aplicando diariamente a Palavra ao nosso viver. Busquemos também comunhão com os mais experientes, os que o Senhor estabeleceu como nossos pais espirituais a fim de não tomarmos decisões precipitadas.


Fonte: Jornal Árvore da Vida nº 151

A pressão do pecado

Quantos de nós têm alguma experiência nítida de vencer o pecado? Quem entre nós conhece como a lei do Espírito de vida em Cristo Jesus nos liberta da lei do pecado e da morte? Quem tem explicitamente tratado com o pecado e o vencido? Por que tão poucos de nós, cristãos, somos libertados da escravidão do pecado? Pode ser talvez devido à nossa incapacidade de usar este princípio: saber como usar a pressão do pecado sobre nós; pelo contrário, desmaiamos sob sua pressão. Falhamos por não usar essa pressão para clamar a Deus e buscar Seu livramento. Quão freqüentemente devemos ser pressionados pelo pecado até esse ponto — pressionados além da nossa medida, de tal forma a não podermos ajudar ou a salvar a nós mesmos — antes que se torne real termos o poder para ir a Deus e receber a vitória de Cristo. Então, seremos libertados. Suponhamos, por exemplo, que um crente, involuntariamente, conte mentiras com freqüência. Um pequeno descuido e uma mentira escapará da sua boca. Ele não poderá vencer esse pecado se não tiver a consciência da impiedade das mentiras e da dor do mentir, tampouco sentirá profundamente que está sob a opressão das mentiras e que não tem força alguma para lutar contra elas. Somente quando desejar não cometer esse pecado é que ele reconhecerá quanto está sob sua pressão. Lutar contra o pecado só aumenta cada vez mais nesse cristão a consciência da opressão do pecado. Ele ainda não pode falar sem mentir e vai-se tornando cada vez mais e mais miserável.

Quando e como pode ele encontrar livramento desse pecado? Não antes de confessar, um dia, que, não importa quanto tente, ele simplesmente não pode vencer esse pecado e sente que seria melhor se estivesse morto. Está tão consciente da pressão desse pecado que não pode mais suportá-lo. A pressão no momento é grande o suficiente e, por isso, o poder de vencê-la torna-se suficientemente grande também. Dessa vez, ele parece ter maior poder pelo qual pode ir a Deus e clamar pelo livramento, como também muito maior capacidade para receber a obra de Cristo. Em seguida, dirá a Deus: "Ó Deus, não posso viver se Tu não me capacitares a vencer meu pecado por meio da obra consumada do Senhor Jesus". Quando se apega a Deus dessa forma, ele vence. Você vê como a pressão do pecado lhe dá poder para ir a Deus em busca do livramento? 

Usemos outra ilustração. Um crente é incomodado por pensamentos impuros. Ele não tem como refrear esses pensamentos impuros. Ele sabe que isso não é certo, mas não consegue resistir nem tem poder para orar a Deus. Ele poderá tentar resistir e até mesmo tentar orar, mas parece que está tentando sem muita dedicação. Não existe poder. Por quê? Porque ele ainda não sentiu a pressão do pecado e, por isso, não tem o poder do livramento. Mas se ficar perturbado por esses pensamentos, não apenas uma ou duas, mas uma centena de vezes, e for vencido todo o tempo a despeito dos seus esforços, então sofrerá a dor da confissão e das derrotas a ponto de não poder mais suportar a pressão, nem mesmo por mais cinco minutos. E é nesse momento que ele recebe a fé como também o poder para vencer seu pecado. Nos dias comuns, ele não tem nem fé nem poder. Mas quando experimenta o calor da pressão, sua fé parece acumular poder. Normalmente, sua resistência no passado era pequena, mas agora, depois de a pressão ter aumentado tanto, sua resistência torna-se mais poderosa.

Lembremos, portanto, que a pressão visa a produzir poder. Utilizemos a pressão, em nosso viver diário, para transformá-la em poder a fim de progredir espiritualmente. Tenha em mente também que um crente poderoso não possui qualquer medida extra de poder além do que nós mesmos possuímos; ele simplesmente sabe como utilizar a pressão sobre ele e está determinado a fazê-lo.

Trecho retirado do livro: "O Poder da Pressão" de Watchman Nee

Como vencer a carne


Deus detesta e abomina a carne. A carne, como vimos, é representada por Amaleque, o primeiro inimigo que o povo de Israel encontrou ao entrar no deserto. Deus já havia dito a Moisés que haveria guerra contra Amaleque de geração em geração. Quando Israel lutou contra os amalequitas, como Josué os venceu? Por meio das mãos levantadas de Moisés, que representam a oração (Êxodo 17). Orar é “erguer as mãos aos céus”, é estar em união com o Senhor. Esta é a chave para vencermos a carne. Sempre que estamos em comunhão com o Senhor em oração, nos unimos organicamente a Ele, e, assim, não há como a carne vencer.

“Amaleque” muitas vezes tenta enganar-nos mostrando seu lado bom e atraente. No entanto, devemos discernir que nada há de bom na carne. Nela não há nada que nos traga algum benefício. Somos enganados se pensamos que podemos salvar alguma coisa dela. Seu alvo é destruir-nos; por isso, nossa luta não é simplesmente defender-nos, antes é atacar a carne até subjugá-la e destruí-la totalmente. Como isso é possível e real para nós? Estando no espírito, pois nele temos a realidade da cruz de Cristo. Gálatas 5:24 nos diz que os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com suas paixões e concupiscências. Lancemos mão destas “armas” importantes que são a oração, andar e viver no espírito, e tomar a cruz. A oração nos leva a andar e viver no espírito, onde temos toda a realidade e a eficácia da cruz de Cristo. Estejamos sempre em constante comunhão com o Senhor, orando em todo tempo no espírito. “Quero, portanto, que os varões orem em todo lugar, levantando mãos santas” (1 Timóteo 2:8).


Trecho extraído do livro “Um homem segundo o coração de Deus”, de Dong Yu Lan, publicado pela Editora Árvore da Vida.

FILHO DE UMA ÁRVORE FRUTÍFERA


Gênesis 49:22 registra a bênção profética de Jacó para José: “Filho de uma árvore frutífera é José, filho de uma árvore junto à fonte; estendendo seus ramos por sobre o muro” (lit.). Se José é o ramo, o filho, então a árvore frutífera deve ser Jacó, o pai. O fato de Jacó ter tido doze filhos revela-o muito frutífero.

Como uma pessoa frutífera, Jacó representa o Deus que gera vida. Em João 15 lemos que Cristo é a videira verdadeira. Portanto, Ele, como a corporificação de Deus, á a árvore produtora de vida. O Filho é a ramificação de Deus; por esta razão, Cristo é também chamado de Renovo (Jeremias 23:5; Zacarias 6:12). A Bíblia, por uma lado, diz que Cristo é uma árvore e, por outro, considera-O como um ramo. Como a corporificação de Deus, Ele é a árvore; mas como Sua expansão, Ele é o ramo. Assim, José, o filho, era parte de Jacó, o pai frutífero. Em tipologia, José era Cristo, o Filho de Deus, o qual se constitui ramificação do Deus frutífero.

Jacó disse que José é um filho de uma árvore frutífera que está junto à fonte. Uma árvore necessita de água para sobreviver. Em tipologia, essa fonte de água é Deus. Jacó, uma árvore frutífera, vivia por intermédio de Deus, sua fonte. Jacó percebia que sua frutificação provinha de Deus como a fonte, e José, como filho dessa árvore frutífera manifestava todas as suas riquezas.

O filho, o ramo da árvore frutífera, tem galhos que se estendem por sobre o muro (Gênesis 49:22). De acordo com a figura, José moveu-se para além do muro, que representa a boa terra, estendendo-se até o Egito. Sendo uma figura de Cristo, podemos dizer que, hoje, Cristo está estendendo-se por sobre quaisquer muros que O restrinjam. Muitas vezes limitamos o Senhor ao nosso espírito, mas Sua vida que é dinâmica e frutífera deseja expandir-se, a fim de alcançar outros. Se dermos ao Senhor livre caminho por nós, Ele frutificará por sobre o muro.

Também nós, assim como José, devemos dispensar a Palavra de Deus às pessoas, devemos apresentar as riquezas de Cristo para os filhos de Deus. Mas para isso precisamos ter a Palavra armazenada em nosso coração, não como mera doutrina, mas como revelação e experiência.

Trechos extraídos do livro “As Riquezas Insondáveis de Cristo”, de Dong Yu Lan, publicado pela Editora Árvore da Vida.

“Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus;
Colossenses 1:10.Esse é mas um texto que nos encoraja a crescer na vida de Deus para o cumprimento da sua vontade, que o Senhor nos conceda graça e sabedoria. “
                                                                 Jesus é o Senhor

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Negociar os talentos até que Ele venha



Além do crescimento de vida, ainda há outro pré-requisito: que sejamos fiéis na obra de Deus, ou seja, que negociemos os talentos que Ele nos confiou (Mateus 25:14-30). A multiplicação dos talentos está relacionada com ganhar pessoas para o Senhor, ou seja, pregar-lhes o evangelho para encher a terra e sujeitá-la ao Seu senhorio.

O Senhor nos deu talentos segundo a capacidade de cada um. Do que recebeu cinco talentos, Ele espera que negocie e ganhe outros cinco; então, quando vier, o Senhor ficará muito contente com ele. Do que recebeu dois talentos, do mesmo modo, Ele espera que negocie e ganhe outros dois, pois assim também ficará contente com esse. E mesmo o que recebeu um talento, o Senhor espera que ele negocie e ganhe mais um. Se este for fiel, Ele lhe dirá naquele dia a mesma coisa que disse aos outros que receberam mais talentos: “Muito bem servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei” (Mateus 25:21 e 23). E assim poderão reinar com Ele e governar sobre as nações.

Por isso todos nós precisamos sair e negociar nossos talentos. Precisamos sair e fazer a obra de expansão do evangelho. Ao sair, vamos usar a capacidade que o Senhor nos deu para ajudar as pessoas a serem salvas. Vamos também levar o evangelho da vida, o evangelho do reino, para aqueles que já são filhos de Deus a fim de que cresçam e se preparem para a vinda do Senhor. Não podemos acomodar-nos e ficar parados apenas “desfrutando” da salvação e da maravilhosa vida da igreja.

Devemos aproveitar todas as oportunidades que o Senhor nos tem dado hoje, na vida da igreja, a fim de termos experiências na obra do Senhor e nos serviços da igreja. Isto é, devemos aplicar o que ganhamos do Senhor e investir nas coisas do reino. Se você tem experiências hoje e isso o faz crescer em vida, no reino milenar a sua porção não será pequena (2 Pedro 1:10-11). Além disso, enquanto o Senhor não vem, devemos continuamente negociar nossos talentos e multiplicá-los. Na parábola das minas em Lucas 19, o Senhor disse a Seus servos: “Negociai até que eu volte” (v. 13). Não podemos aposentar-nos na obra do Senhor, antes, devemos exercitar diligência cada vez maior, pois no reino não seremos apenas cidadãos, mas administradores com o Senhor, que estará reinando.


Trecho extraído do livro “O Caminho Para Viver e Reinar com Cristo”, de Dong Yu Lan, publicado pela Editora Árvore da Vida.

sábado, 19 de novembro de 2011

A força cristã e a psíquica
Já vimos como Adão foi investido com habilidades extraordinárias e surpreendentes, quando foi criado por Deus. Esses poderes aparentemente miraculosos caíram com Adão. Pessoas que são ignorantes nesse assunto tendem a pensar que em sua queda Adão perdeu todos estes poderes maravilhosos. Porém, as evidências produzidas pela parapsicologia moderna indicam que ele não perdeu seu poder original, mas que este ficou apenas aprisionado em sua alma. Durante os cinco ou seis mil anos passados houve muitos entre os descrentes que foram capazes de demonstrar esta força da alma. Dentro dos últimos cem anos, mais e mais pessoas foram capazes de manifestar este poder latente da alma. A habilidade original de Adão não foi perdida; ela está apenas escondida em sua carne. Nesta parte da mensagem falarei sobre a relação entre este poder psíquico latente e um cristão. A menos que conheçamos seu perigo, não saberemos como nos prevenir contra ele. Eu convido você a observar principalmente os quatro fatos seguintes:

Quatro Fatos

(1) Havia em Adão um poder quase ilimitado, uma capacidade quase miraculosa. Nós a chamamos de poder da alma. As pesquisas psíquicas modernas provaram a existência de tal habilidade dentro do homem. Desde a descoberta de Mesmer em 1778, todos os tipos de poder latente têm sido exibidos e manifestos psíquica ou religiosamente. Eles são apenas a liberação da força da alma do homem. Não devemos esquecer que estes poderes da alma estavam no homem antes da sua queda, mas tornou-se latente nele posteriormente.

(2) Satanás deseja controlar o poder latente da alma do homem. Ele está bem ciente de que existe tal poder na alma do homem, o qual é capaz de realizar muitas coisas. Por isso, seu desejo é colocá-lo sob seu controle e não sob o controle de Deus. Satanás quer usá-lo para seu próprio propósito e seu alvo ao tentar Adão e Eva no jardim era ganhar e controlar o poder da alma deles. Tenho falado freqüentemente sobre o significado espiritual da árvore do conhecimento do bem e do mal e da árvore da vida. O significado da árvore da ciência do bem e do mal é a independência, a aceitação de ações independentes. Porém, a árvore da vida significa dependência ou confiança em Deus. Seu significado diz mais, que a vida original de Adão era apenas uma vida humana e por isso, precisava depender de Deus e receber a vida de Deus a fim de viver. A árvore do conhecimento do bem e do mal revela que o homem não precisa depender de Deus e que pode trabalhar, viver e produzir fruto por si mesmo. Por que levanto tais questões? Simplesmente para mostrar a você a causa da queda de Adão e Eva. Se pudermos liberar o poder latente de Adão, nós também poderemos executar maravilhas. Mas, temos permissão para isso? Satanás sabia que havia tal força que produzia maravilhas no homem e, por isso, tentou o homem levando-o a declarar sua independência de Deus. A queda no jardim do Éden não foi outra coisa senão uma ação independente do homem causando sua separação de Deus. Tomando conhecimento da história da queda no jardim podemos perceber qual foi o propósito de Satanás. Ele pretendia ganhar a alma do homem. Quando este caiu, sua capacidade original e força miraculosa caíram totalmente nas mãos de Satanás.

(3) Hoje Satanás deseja liberar e manifestar o poder latente da alma. Logo que o homem caiu, Deus aprisionou os poderes psíquicos do homem em sua carne. Seus muitos poderes ficaram confinados e ocultos na carne como uma força latente - presentes, mas inativos. Depois da queda tudo o que pertence à alma fica sob o controle e escravidão àquilo que pertence à carne. Todas as forças psicológicas são consequentemente governadas por forças fisiológicas. O objetivo de Satanás é liberar o poder da alma do homem através do rompimento da casca exterior de sua alma, a fim de libertá-lo do seu cativeiro carnal manifestando, desse modo, seu poder latente. Este é o sentido de Apocalipse 18:13 com respeito a fazer comércio de almas humanas. Na verdade a alma do homem tornou-se um dos muitos artigos das mercadorias do inimigo. Ele deseja, principalmente, ter as capacidades psicológicas do homem como sua mercadoria. No fim dos tempos, particularmente durante o tempo presente, a intenção de Satanás é concluir o que ele começou no jardim do Éden. Embora tenha iniciado o trabalho de controlar a alma do homem no jardim, ele não foi bem sucedido, porque após sua queda, todo o ser do homem, incluindo seu poder da alma, ficou sob o domínio da carne. Em outras palavras, as forças psicológicas do homem caíram sob o domínio de suas forças fisiológicas. O inimigo fracassou em fazer uso do poder da alma do homem; consequentemente seu plano foi frustrado. Durante este milênio, Satanás tem se esforçado em influenciar os homens no sentido de expressarem seu poder latente. De vez em quando ele encontrou aqui e ali, pessoas nas quais alcançou êxito no extrair sua força da alma. Estes se tornaram líderes religiosos operadores de maravilhas dos séculos. Porém, nos últimos cem anos, desde a descoberta de Mesmer na parapsicologia, muitas novas descobertas de fenômenos psíquicos se seguiram. Tudo isso com um só motivo: o inimigo está procurando concluir seu trabalho anteriormente fracassado. Ele planeja liberar todos os poderes latentes dos homens. Este é o seu único propósito, o qual vem cultivando durante milênios. Essa é a razão porque ele comercia com as almas dos homens, além de mercadorias como ouro, prata, pedras preciosas, pérolas, gado e cavalos. De fato ele tem exercitado sua força máxima para obter esta mercadoria especial.

(4) Como Satanás faz uso desses poderes latentes? Quais são as muitas vantagens para ele?

(a) Ele será capaz de cumprir sua promessa original feita ao homem de que "vós sereis como Deus". Em sua habilidade de operar muitas maravilhas, os homens se considerarão como deuses e adorarão não a Deus, mas a si mesmos.

(b) Confundirá os milagres de Deus. Ele deseja levar a humanidade a crer que todos os milagres na Bíblia são apenas psicológicos em sua origem, rebaixando, desse modo, o seu valor. Ele quer que os homens pensem que são capazes de fazer tudo o que o Senhor Jesus fez.

(c) Ele confundirá a obra do Espírito Santo. O Espírito Santo trabalha no homem através do espírito humano, mas agora Satanás forja na alma do homem muitos fenômenos semelhantes às operações do Espírito Santo, levando-os a experimentarem falsos arrependimentos, falsa salvação, falsa regeneração, falso reavivamento, falsa alegria e outras imitações das experiências do Espírito Santo.

(d) Ele usará o homem como seu instrumento na oposição final contra o plano de Deus nesta última era. O Espírito Santo é o poder operador dos milagres de Deus, mas a alma do homem é o poder operador de milagres de Satanás. Os últimos três anos e meio (durante a grande tribulação), será um período de grandes maravilhas realizadas pela alma do homem sob a direção de Satanás.

Resumindo, vemos que (1) todos estes poderes miraculosos já estão em Adão, (2) o objetivo de Satanás é controlar estes poderes, (3) no tempo do fim Satanás está e continuará a estar envolvido principalmente: manifestar esses poderes, e (4) esta é a sua tentativa para concluir sua tarefa anteriormente fracassada. 


Fonte: "O Poder Latente da Alma" de Watchman Nee

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A maneira de o Senhor aperfeiçoar seus discípulos


Quando esteve entre Seus discípulos, o Senhor Jesus não transmitia meramente ensinamentos doutrinários, mas lhes concedia revelações muito práticas. Ele não os aperfeiçoava numa sala de aula nem lhes dava algo como um treinamento militar. Seu ensinamento era vivo, pois Ele andava com os discípulos por diversos lugares, aproveitando os eventos para deles extrair lições. Quando o Senhor se deparava com um fato, uma circunstância ou uma pessoa, Ele aproveitava a oportunidade e ensinava algo aos discípulos. Dessa forma, Ele os ensinava de maneira prática.

Hoje, semelhantemente, Ele nos ensina desse modo porque, de acordo com a revelação da Palavra de Deus, quando o mundo se tornar de nosso Senhor e de Seu Cristo, iremos exercer autoridade em Seu reino (Apocalipse 11:18; 3:26). Certamente, para desempenharmos essa função no futuro, precisamos não somente ter a vida divina, mas também ser pessoas provadas e aprovadas pelo Senhor hoje, no viver prático. Por isso, precisamos apresentar-nos para servir os irmãos na vida da igreja, pois esse serviço é como um treinamento para os que irão governar as nações no reino milenar. Sem vivermos a vida da igreja de maneira normal e adequada será muito difícil sermos aperfeiçoados a praticar a Palavra do Senhor.

O apóstolo Paulo, por exemplo, encontrou dificuldades para cuidar da igreja em Éfeso. Paulo lhes havia revelado o plano de Deus, a fim de que o praticassem, mas eles passaram a dar atenção a fábulas e genealogias sem fim, permanecendo nas doutrinas, e ocuparam-se apenas em discutir as verdades (1 Timóteo 1:3-7). Hoje pode ocorrer o mesmo com alguns filhos de Deus. Uma pessoa que não exercita o espírito ao contatar a Palavra, terá muita dificuldade para crescer espiritualmente e ser transformado (1 Coríntios 2:14). A Palavra para essa pessoa será mero conhecimento bíblico que não produz transformação e os devidos frutos espirituais em sua vida.

Portanto, precisamos ganhar vida por meio dos ensinamentos vivos do Senhor Jesus e ter experiências de servir o Senhor na igreja, servindo os irmãos, pregando o evangelho a todos e aproveitando cada oportunidade para sermos aperfeiçoados e transformados pelo Senhor.


Trecho extraído do livro “O Caminho Para Viver e Reinar com Cristo”, de Dong Yu Lan, publicado pela Editora Árvore da Vida.

Servo Fiel e Prudente


Há, porém, outro nível de servo que devemos anelar ser. No capítulo 24 de Mateus o Senhor Jesus disse: “Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens” (versículos 45-47). Além de nos preocupar com o crescimento de vida e com o serviço diante do Senhor, devemos também cuidar das pessoas. Deus é amor: Ele deu Seu Filho unigênito para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16). E nós, uma vez salvos, precisamos servir fielmente o Senhor apascentando com amor Seus cordeiros e ovelhas (João 21:15-17).

O servo prudente é aquele que nega a si mesmo e vive no espírito, isto é, vivem em constante comunhão com o Senhor e é sensível ao coração de Deus. Ele é aquele que tem revelação da Palavra e que a pratica imediatamente a fim de promover o encargo do Senhor. Deus hoje precisa de servos fiéis e prudentes que cuidem dos outros servos. Um servo fiel e prudente aperfeiçoa outros; desse modo, ele se torna um multiplicador de servos fiéis e prudentes.

No passado, tivemos servos bons e fiéis, como é o caso de Josué, no Antigo Testamento. Fez um bom trabalho ajudando as doze tribos a conquistar sua herança; todavia não conseguiu produzir outras gerações que perpetuassem a luta pelos interesses de Deus. Não devemos, portanto, contentar-nos em ser apenas servos bons e fiéis na igreja, crescendo em vida e funcionando na obra, fazendo o suficiente para garantir o nosso futuro no reino. Na ausência de servos assim, não restará ninguém para dar continuidade ao serviço na igreja. Dessa forma, a obra do Senhor não terá futuro conosco!

O ministério do Espírito e da vida permanecerá até a volta do Senhor; isso significa que, de geração em geração, haverá os que cuidam dos interesses do Senhor. Para isso o Senhor precisa de muitos servos fiéis e prudentes que gerem outros servos fiéis e prudentes. Este era o espírito de Paulo quando ele disse: “O qual [o mistério] nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Crsito; para isso é que eu também me afadigo, esforçando-me o mais possível, segundo a sua eficácia que opera eficientemente em mim” (Colossences 1:18-29).

Trechos extraídos do livro “Os Perigos do Lado Bom da Vida da Alma”, de Dong Yu Lan, publicado pela Editora Árvore da Vida.

Negar-se a Si Mesmo Para Seguir o Senhor


Negar a si mesmo, tomar a cruz e seguir o Senhor, conforme menciona Mateus 16:24, podem parecer ações simples, mas, na verdade, temos dificuldade de praticá-las. Isso ocorre porque muitas vezes reconhecemos apenas a necessidade de rejeitarmos o que é ruim em nossa alma, retendo o seu lado bom. O Senhor, contudo, não disse que devemos rejeitar apenas o lado ruim, mas negar a nós mesmos. Isso inclui tanto o que é ruim quanto o que achamos ser bom, ou seja, é necessário perder nossa vida da alma, perder nosso ego.

Até mesmo uma verdade bíblica pode servir para alimentar nossa vida da alma se a tomarmos de forma doutrinária, como mero conhecimento mental (1 Coríntios 8:1). Se, no entanto, procurarmos praticar as verdades da Bíblia (Tiago 1:22, 3 Jo 4), elas se tornarão realidade em nossa experiência diária, o que nos capacitará a governar com Cristo no reino vindouro.

Infelizmente, ainda somos imaturos porque nossa vida da alma é muito forte. Por vezes, o Senhor quer que façamos determinada coisa, mas fazemos o que queremos. Mesmo quando servimos a Deus, julgamo-nos capazes de fazer tudo que Ele espera de nós. O Senhor quer nos levar a uma experiência mais profunda.

A experiência do apóstolo Pedro também retrata que essas palavras não são tão fáceis de praticar quanto parecem. Pedro esteve com o Senhor desde o início de Seu ministério e foi escolhido para ser um dos doze apóstolos. Contudo, embora quisesse seguir seu mestre e certamente desejasse fazer Sua vontade, a Bíblia registra que, em diversas ocasiões, ele falhou (Mateus 26:33-35, cf. vs. 69-75).

Negar a si mesmo implica negar a opinião própria e, entre os líderes na vida da igreja, esse assunto é particularmente importante. Muitos deles acham que suas experiências seculares de liderança são suficientes para a função que o Senhor lhes incumbiu. São semelhantes ao povo de Israel no monte Sinai, quando disseram: “Tudo o que o Senhor falou faremos” (Êxodo 19:8). Administram a igreja de acordo com suas capacidades, pontos de vista e opiniões. Como resultado disso todos os que são liderados por eles terão um grande risco de viver por si e para si mesmos.

Aqueles que vivem ou lideram baseados em seu ego, têm muitos argumentos, justificativas, razões e conceitos; têm seu próprio pensamento, sua maneira de fazer as coisas. Deus, no entanto, deseja que confiemos e dependamos Dele, que nosso viver e agir seja a expressão da Sua vida trabalhada em nós.

Precisamos saber que a igreja não é uma organização humana ou um grupo religioso, mas o reino de Deus, no qual Ele faz Sua vontade. Por essa razão, não podemos em absoluto, servir a igreja com nossa vida da alma. O nosso ego não deve prevalecer na igreja, pois, do contrário, a vontade de Deus não poderá ser feita.

Trecho extraído do livro “O Caminho Para Viver e Reinar com Cristo”, de Dong Yu Lan, publicado pela Editora Árvore da Vida.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Cristo tem Preeminência na Vida do Cristão

Referência bíblica:
Convém que Ele cresça e que eu diminua (João 3:30)

As experiências dos cristãos são de dois tipos: as doces e as amargas. Deus nos faz pas-sar por ambas, as experiências doces e amargas da vida, para nos capacitar a deixar que Cristo tenha preeminência em todas as coisas.

EXPERIÊNCIAS DOCES:

1) Oração respondida – A oração será atendida se o seu alvo for o de deixar que Cristo tenha o primeiro lugar em todas as coisas. Busquemos primeiro o reino de Deus e a sua justiça e Deus acrescentará tudo mais que precisamos. (Acrescentar não é dar. O primei-ro significa adicionar ao que já temos; o segundo significa conceder o que não temos.) pedir em nome do Senhor é pedir em nome do Pai para o Senhor a fim de que o Senhor possa recebê-lo. De acordo com este princípio aqueles que dão valor à carne não terão nada para pedir em oração. Como precisamos deixar que a cruz acabe com a nossa carne para podermos ser intercessores do Senhor, pedindo aquilo que é a vontade do senhor! Não deveríamos orar pelos nossos propósitos egoístas. Só aqueles que permitem que Cristo tenha preeminência em todas as coisas podem entrar no Santo dos Santos. Vamos transformar os momentos de oração pelas nossas necessidades em um momento de ora-ção pelos negócios de Deus. Então Deus ouvirá a oração que proferimos – isto é, oração pelas coisas de Deus; mas ele também ouvirá a oração que não proferirmos – isto é, a oração pelos nossos próprios negócios. Se primeiro pedirmos que o Senhor receba o que é Dele, ele fará que nós também recebamos o que é nosso. Umas das experiências doces da vida do cristão é ter orações continuamente atendidas. Lembre-se, entretanto, que o motivo de Deus responder nossas orações é permitir que Cristo ocupe o primeiro lugar em todas as coisas.

2) Crescimento – O crescimento também é uma doce experiência do cristão. Devemos ser como crianças, mas não permanecer crianças. Aumento de conhecimento das Escri-turas Sagradas não é crescimento; crescimento é aumento de Cristo em nós. Menos ego, ausência total do ego, isso é crescimento. Pensar pouco em si mesmo – mais ainda, não pensar em nada – isso é crescimento. Por exemplo, a verdadeira humildade é ignorar-se completamente. Quando nos vemos, a humildade é relativa, mas quando não nos vemos mais, a humildade é absoluta; e isso é crescimento. Crescimento é deixar que Cristo tenha preeminência em minha vida: “Convém que Ele cresça e que eu diminua” – mas Ele não cresce em mim de acordo com a porção de conhecimento bíblico que tenho, mas de acordo com a minha consagração. Na medida em que eu me colocar na mão de Deus, Cristo terá preeminência em todas as coisas. O verdadeiro crescimento está no engrandecimento de Cristo.

3) Iluminação – Outra experiência doce da vida cristã é receber a luz de Deus, isto é, visão espiritual. Revelação é o que Deus dá – uma dádiva objetiva. Quando Deus nos ilumina para percebermos o que há na revelação – isto é percepção subjetiva. Visão é o que vemos quando a luz de Deus brilha sobre nós: inclui luz e revelação. Primeiro a iluminação, depois a fé. Se quisermos ser continuamente iluminados, temos de permitir sempre que Cristo tenha preeminência em todas as coisas. “Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso” (Mateus 6:22). Não temos capacidade de entender, não porque nossos olhos não são bons. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mateus 5:8). O coração tem de ser puro. “Se alguém quiser fazer a von-tade dele, conhecerá...” (João 7:17). Só aqueles que permitem que Cristo tenha preemi-nência em todas as coisas receberão luz.

4) Poder – Ter poder também é uma das doces experiências na vida do cristão. Para ter poder, é preciso que deixemos que Cristo se assente no trono da nossa vida. Conforme ele cresce, a pessoa tem poder. Sem separação não pode haver poder. A separação não é apenas sair, é também entrar – isto é, entrar em Cristo. O que distingue o cristão do mundo é o fato de pertencer a Cristo e estar revestido de Cristo: Cristo é o seu poder.

EXPERIÊNCIAS AMARGAS:

1) Perdas materiais – Generalizando, os crentes parecem ter dificuldades financeiras. Isto se deve ou à sua falta de habilidade de prosseguir em quaisquer ocupações impró-prias que assumiram antes, ou a motivos espirituais que Deus está resolvendo neles es-pecificamente. Deus às vezes nos priva de nossa riqueza para nos induzir a buscar a Cristo para que Ele tenha preeminência em todas as coisas. Não é impossível ao rico entrar no reino de Deus, é simplesmente difícil. Não que eles não possam servir ao Se-nhor, só que acham difícil servir ao Senhor. “[Se] deitares ao pó o teu ouro... então o Todo poderoso será o teu ouro” (Jó 22:24,25). Deus lidou com os filhos de Israel no deserto, privando-os do suprimento terreno de alimento e vestimentas, para que pudes-sem perceber a abundância de Deus. Quando os suprimentos da terra acabam, descem os suprimentos celestes. Dificuldades materiais levam-nos a buscar o Senhor, a aprender a lição da fé e a conhecer Cristo como o primeiro em todas as coisas. Seja qual for a dificuldade que enfrentamos, vamos crer que vem de Deus, e vamos regozijar-nos. Mas não aguarde as dificuldades, porque Satanás é bem capaz de no-las acrescentar.

2) Angústia emocional – Na perda de pais, marido, esposa, filhos, parentes e amigos, Deus está nos levando a encontrar em Cristo a nossa satisfação. Deus nos priva desses relacionamentos para que possamos aceitar a Cristo como Senhor e deixá-lo ter preemi-nência em nossa vida. Não é que Deus deseje nos maltratar, mas ele quer que Cristo seja nosso Senhor. É mais precioso derramar lágrimas diante do Senhor do que alegrar-se diante dos homens. O que encontramos no Senhor é o que não poderíamos encontrar nos pais, esposa e filhos. No reino da criação Deus só tem um objetivo para os crentes: dar a seu Filho preeminência em todas as coisas. Oferecendo Isaque, ganhamos Isaque. Deus não permitirá que tenhamos qualquer coisa fora do seu Filho.

3) Sofrimento físico – Deus permite que fiquemos doentes e fracos fisicamente para aprendermos: 1) a orar a noite, 2) a vigiar como o pardal sobre o telhado, 3) a tomar conhecimento de como o Senhor prepara a nossa cama, 4) a resolver os pecados, 5) a esperar na quietude, 6) a tocar a bainha das vestes do Senhor, 7) a perceber como Deus envia Sua Palavra para nos curar, 8) a discernir como Deus usa a enfermidade para nos tornar vasos úteis, 9) a compreender que a santidade cura, e 10) a experimentar o poder da ressurreição do Senhor para vencer nossa fraqueza, enfermidade e morte. Deus nos faz aprender através da enfermidade a crer, confiar e obedecer para que Cristo possa ter preeminência em nossa vida.

4) A agonia das perdas das virtudes naturais – Como as pessoas ainda dependem de suas próprias virtudes naturais, mesmo depois que são salvas! Mas, com o passar dos dias, talvez depois de alguns anos, o Senhor retira as virtudes naturais, causando-lhes assim profunda agonia. Ele nos priva de nossas virtudes adâmicas e nos mostra nossa depra-vação. A razão dessa privação é encher-nos de Cristo.

Concluindo, então, seja o que for que Deus nos dê – seja algo doce ou amargo – é para nos induzir a deixar que Cristo tenha preeminência em nossa vida.


Fonte: O Plano de Deus e os Vencedores - Watchman Nee

O Ensinamento do Corpo de Cristo Versus Sua Realidade

          
Nos assuntos espirituais, o conhecer a doutrina sem ter consciência dela não serve de nada. Por exemplo, alguém pode dizer que mentir é um pecado que não se deve cometer porque lhe foi dito por outras pessoas que um cristão não deve contar mentiras. O tema verdadeiro aqui não é se é certo ou errado mentir, mas trata-se de saber se ele é ou não alertado interiormente quando conta uma mentira. Se ele não tiver consciência interior de que mentir é pecado, então, por mais que ele confesse com a boca que mentir é um pecado, isso não lhe será de nenhuma utilidade. Ele pode dizer, por uma lado, que a pessoa não deve mentir, porém, por outro, ele mesmo não cessa de mentir.

O que é especial daqueles que têm a vida de Deus é que, quando mentem exteriormente, sentem-se mal interiormente, não porque saibam doutrinariamente que mentir é errado, mas porque se sentem desconfortáveis interiormente ao mentir. Isto é o que realmente significa ser chamado cristão. O que caracteriza um cristão é uma percepção interior desta consciência de vida da qual estamos falando. Aquele que não tem vida e consciência interior não é um cristão. As regras externas são meramente normas, não vida.

Digamos que seja completamente inadequado que alguém fale: “Eu conheço o ensinamento sobre o Corpo de Cristo; portanto, não devo me mover de maneira independente”. Esta pessoa necessita ter também uma consciência interior além deste ensinamento. Suponhamos que ela diga que não deve ser independente, porém, quando atua de modo independente, ela mesma não se dá conta desta independência. Com isso, ela prova que nunca viu o Corpo de Cristo. Isso não significa que ela nunca tenha ouvido os ensinamentos sobre o Corpo de Cristo, mas simplesmente indica que nunca viu sua realidade.

Ouvir o ensinamento sobre e ver a realidade do Corpo de Cristo pertencem a duas esferas totalmente diferentes. Ouvir o ensinamento sobre o Corpo é meramente uma compreensão exterior de um princípio, enquanto ver o Corpo de Cristo produz uma consciência interior. Isto é semelhante à situação em que o mero ouvir a doutrina da salvação somente dá à pessoa o conhecimento de como Deus salva os pecadores, com tudo é a aceitação do Senhor Jesus como Salvador o que cria dentro da pessoa uma percepção de Deus, bem como a consciência do pecado. Que grande diferença existe entre essas duas coisas!

Por conseguinte, não devemos menosprezar esse assunto da consciência da vida, no sentido de que se trata não apenas de uma sensação exterior, mas também de um sentimento interior. Uma consciência como essa é a expressão da vida. A presença ou ausência dessa consciência revela a realidade ou a falta de realidade que há no interior. Ela nos ilumina sobre a existência ou não da vida de Cristo interiormente.

A consciência da vida é algo distintivo que habilita você a saber espontaneamente sem necessidade de ser informado. É demasiado tarde se você necessita que primeiro lhe informe algo, para só então se dar conta de tal coisa. O que aconteceria se cada cristão necessitasse ser informado sobre o que é pecado e o que não deve fazer? E o que aconteceria, neste caso, se ninguém estivesse ao lado dele? O que aconteceria se você esquecesse do que lhe foi dito? Vemos que o cristão não atua de acordo com o que ouve exteriormente dos demais, mas é motivado pelo que lhe é dito interiormente. Dentro dele há uma vida – uma vida interior, uma consciência interior. Suas atitudes vêm do resplandecer interior da luz de Deus, vêm da vida no interior e não da informação exterior.

Quando nascemos de novo, recebemos uma vida muito real e, por isso, temos dentro de nós uma consciência muito real. A realidade de uma consciência assim, mostra a realidade da vida divina. Pedimos a Deus que seja misericordioso conosco afim de que sempre toquemos essa consciência da vida e vivamos nela. Também pedimos a Deus que nos conceda uma consciência rica, de modo que possamos ter uma percepção sensível em todas as coisas: que nos demos conta de Deus, do pecado, do Corpo de Cristo e de todas as realidades espirituais. Que Deus nos guie no caminho e glorifique Seu próprio nome!

(Texto extraído do livro “O Corpo de Cristo uma realidade” – Watchman Nee – Publicado pela Editora dos Clássicos)

Qual o objetivo da Igreja?

No livro de Apocalipse as sete igrejas são representadas por meio de sete candeeiros de ouro (Ap. 1:20). Um candeeiro, por sua vez, não é um objeto com um fim em si mesmo. O propósito de um candeeiro é sustentar a luz de modo que todos possam vê-la. Da mesma forma, a Igreja não existe para si própria, ela não é um fim em si mesma, mas é um meio para que um objetivo seja alcançado.
O objetivo da Igreja é sustentar o testemunho de Jesus de modo que todos possam vê-lo, de modo que todos possam ver a luz. E se a Igreja falhar em expressar, manifestar a luz do testemunho de Jesus, então ela terá falhado em sua missão.
A Igreja não tem como objetivo final atrair as pessoas para si mesma , a Igreja tem como objetivo conduzir as pessoas a Cristo.


Fonte: Stephen Kaung, no livro “Vendo Cristo no Novo Testamento”, vol. 6,

Uma das cartas do irmão watchman Nee

Carta que teve o objetivo de ajudar as igrejas em Hong Kong e em Cantão.

*Ao Compilador (*)*

10 de março de 1950.

Caro irmão Weigh,

Desde longa data venho pensando em escrever-lhe, todavia posterguei fazê-lo uma vez que minhas idéias não estavam amadurecidas o suficiente para tal. Creio, porém ser agora ocasião oportuna. Espero que você humildemente leve isto diante do Senhor.

Receio que as dificuldades das igrejas em Hong Kong e em Cantão serão tremendamente grandes, a saber: a) as dificuldades entre os cooperadores e b) as dificuldades na igreja. Espero que o que abaixo direi, possa, mediante a graça do Senhor, ajudar a modificar a situação nestas duas igrejas.

1) Aqueles que são líderes precisam aprender a amar os outros, a pensar no bem deles, a ter cuidado por eles, a negarem-se a si próprios por causa deles e a dar a eles tudo o que têm. Se alguém não consegue negar-se a si próprio em benefício dos outros, ser-lhe-á impossível conduzir as pessoas pela vereda espiritual. Aprenda a dar aos outros o que você tem, ainda que se sinta como se nada tivesse. Então o Senhor começará a derramar-lhe a Sua bênção.

2) A força interior de um obreiro deveria equiparar-se à sua obra exterior. Esforços em demasia, avanços desnecessários, inquietações, estreitezas, tensões, falta de transbordar, planos humanos e avanços na frente do Senhor, são todas coisas que não devem ocorrer. Se alguém está cheio de abundância em seu interior, tudo o que emana dele é como o fluir de uma corrente de águas, e não existem esforços demasiados de sua parte. É preciso ser de fato um homem espiritual, e não meramente se comportar como um.

3) Aprenda a ouvir outros, ao fazer a sua obra. O ensinamento de Atos 15 consiste no ouvir, isto é, ouvir os pontos de vista de todos os irmãos porque o Espírito Santo poderá falar por meio deles. Seja cuidadoso, pois ao recusar ouvir a voz dos irmãos, você poderá estar deixando de ouvir a voz do Espírito Santo. Todos os cooperadores e presbíteros devem sentar-se para ouvi-los. Dê a eles oportunidades ilimitadas de falar. Seja gentil, seja alguém quebrantado e esteja pronto para ouvir.

4) O problema de muitas pessoas é não estarem quebrantadas. Pode ser que tenham ouvido a respeito do ser "quebrantado", porém o significado disto lhes foge. Se alguém está quebrantado, não tentará chegar às suas próprias decisões no que toca às questões importantes ou aos ensinamentos, não dirá que é capaz de compreender as pessoas ou de fazer coisas, não ousará tomar para si a autoridade ou impor a sua própria autoridade sobre os outros, nem aventurar-se-á a criticar os irmãos ou a tratá-los com presunção. Um irmão quebrantado não tentará autodefender-se nem se remoer por algo que ficou para trás.

5) Não deve haver nas reuniões nenhuma tensão, tampouco na igreja. Com respeito às coisas da igreja, aprenda a não fazer tudo você mesmo. Distribua as tarefas entre os outros e leve-os a aprender a usar a sua própria discrição ao tomar as decisões. Em primeiro lugar, você deve expor-lhes resumidamente os princípios fundamentais a seguirem e depois se certificar de que agiram de acordo. Evite também aparecer demais nas reuniões, caso contrário os irmãos poderão ter a sensação de que você está fazendo tudo sozinho. Aprenda a depositar confiança nos irmãos e a distribuí-la entre eles.

6) O Espírito de Deus não pode ser coagido na igreja. Você tem que ser submisso a Ele, pois, caso contrário, quando Ele cessar de ungi-lo, a igreja se sentirá cansada ou até mesmo enfadada. Se o seu espírito estiver forte, ele alcançará e tomará a audiência em dez minutos; se estiver fraco, não adiantará gritar palavras estrondosas ou gastar um tempo mais longo, o que, inclusive, poderá ser prejudicial.

7) Ao liberar uma mensagem, não a faça demasiadamente longa ou trabalhada caso contrário, o espírito dos santos tenderá a sentir-se enfadado. Não inclua pensamentos superficiais ou afirmações rasteiras no conteúdo da sua mensagem; evite exemplos infantis, bem como raciocínios passíveis de serem considerados pelas pessoas como infantis. Aprenda a concluir a liberação do âmago da mensagem dentro de um período de meia hora. Não imagine que, o fato de estar apreciando a sua própria mensagem, significa que as suas palavras são necessariamente de Deus.

8) Uma tentação com que freqüentemente nos deparamos numa reunião de oração é querer liberar uma mensagem ou falar por tempo demasiado. Uma reunião de oração deve ser consagrada à oração; muito falatório levará à sensação de sentir-se lesado, com o que a reunião se tornará um fracasso.

9) A obra em Kuling, Fukien, em 1948, foi um caso excepcional. Os obreiros precisam aprender muito antes de assumirem uma posição onde tenham de lidar com problemas ou com pessoas. Com um aprendizado inadequado, um conhecimento insuficiente, um quebrantamento incompleto e um juízo indigno de confiança, seremos incompetentes para lidar com os outros. Não tire conclusões precipitadas; mesmo quando se estás prestes a fazer algo, deve-se fazê-lo com temor e tremor. Não trate com leviandade as coisas espirituais. Pondere-as no coração.

10) Aprenda a não confiar unicamente nos seus próprios juízos. O que se considera correto pode não sê-lo; o que se considera errado, do mesmo modo pode não sê-lo. Se alguém está determinado a aprender com humildade, levará pelo menos alguns poucos anos para terminar de fazê-lo. Portanto, por ora, você não deve confiar demasiadamente em si mesmo ou estar muito seguro a respeito do seu modo de pensar.

11) É perigoso às pessoas na igreja seguirem as suas decisões antes de você ter atingido o estado de maturidade. O Senhor operará em você para tratar com os seus pensamentos e para quebrantá-lo antes que você possa compreender a vontade de Deus e ser, então, a Sua autoridade. A autoridade baseia-se no conhecimento da vontade de Deus. Onde não esteja manifestada a vontade e o propósito de Deus, não há autoridade.

12) A capacidade de um servo de Deus deve ser constantemente expandida por Ele. Penso que Ele está fazendo isto atualmente; não é preciso que você olhe para dentro de si, já que isto o levaria a sentir-se desanimado. Pode ser que Deus deseje que você assuma a responsabilidade da liderança. Quanto à obra em Hong Kong, é possível que alguns irmãos venham a sentir-se impelidos a juntar-se a ela. Creio que devemos descansar quanto a esta questão.

No Senhor, Nee To-Sheng (Watchman Nee)

(*) K. H. Weigh, compilador de / O Testemunho de Watchman Nee – Um Testemunho Único.

Fonte: Contribuição recebida por e-mail.

Não desperdice seu câncer

terça-feira, 15 de novembro de 2 John Piper

16 de Fevereiro de 2006

Estou escrevendo estas palavras na véspera da cirurgia do câncer na minha próstata. Creio no poder de Deus para curar — por meio de um milagre e da medicina. Sei que é certo e bom orar pelos dois tipos de cura. O câncer não é desperdiçado ao ser curado por Deus. Ele recebe a glória — e isto porque o câncer existe. Então, não orar pela cura pode desperdiçar seu câncer. Mas a cura não é o plano de Deus para todos. E existem muitas outras formas de desperdiçar seu câncer. Estou orando por mim e por você, para que não desperdicemos esta dor.

1. Você desperdiçará seu câncer caso não creia que isto foi planejado por Deus.

Não diga que Deus apenas usa nosso câncer, mas que não o planeja. O que Deus permite, ele o faz por uma razão. E esta razão é sua vontade. Se Deus prevê desenvolvimentos moleculares tornando-se cancerígenos, ele pode deter isto ou não. Se não, ele tem um propósito. Por ser infinitamente sábio, é correto chamar este propósito de plano. Satanás é real e causa muitos prazeres e dores. Mas ele não é a causa última. Assim, quando ele atacou Jó com úlceras (Jó 2:7), Jó atribuiu-as a Deus (2:10), e o escritor inspirado concorda: “e o consolaram de todo o mal que o Senhor lhe havia enviado” (Jó 42:11). Se você não crê que seu câncer lhe foi planejado por Deus, você o desperdiçará.

2. Você desperdiçará seu câncer caso creia que ele é uma maldição, e não uma bênção.

“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8:1). “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gálatas 3:13). “Contra Jacó, pois, não há encantamento, nem adivinhação contra Israel” (Números 23:23). “Porquanto o Senhor Deus é sol e escudo; o Senhor dará graça e glória; não negará bem algum aos que andam na retidão.” (Salmos 84:11)

3. Você desperdiçará seu câncer caso procure conforto em suas chances em vez de procurá-lo em Deus.

O plano de Deus em relação ao seu câncer não é treiná-lo no cálculo de chances racionalista e humano. O mundo consegue conforto em estatísticas. Os cristãos não. Alguns contam seus carros (porcentagens de sobrevivência) e outros contam seus cavalos (efeitos colaterais do tratamento), mas nós confiamos no nome do Senhor, nosso Deus (Salmos 20:7). O plano de Deus é claro em 2 Coríntios 1:9: “portanto já em nós mesmos tínhamos a sentença de morte, para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos”. O objetivo de Deus relativo ao seu câncer (entre várias outras coisas boas) é derrotar a autoconfiança em nosso coração para podermos descansar completamente nele.

4. Você desperdiçará seu câncer caso se recuse a pensar na morte.

Todos nós morreremos caso Jesus não retorne em nossos dias. Não pensar sobre como seria deixar esta vida e encontrar Deus é tolice. Eclesiastes 7:2 diz: “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete ; porque naquela se vê o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração”. Como você pode aplicar esta verdade a seu coração se não pensa nela? Salmos 90:12 diz: “Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios”. Contar seus dias significa pensar sobre quão poucos eles são e que terminarão. Como você conseguirá um coração sábio se você se recusa a pensar nisto? Que desperdício, caso não pensemos sobre a morte.

5. Você desperdiçará seu câncer caso pense que “vencê-lo” significa sobreviver e não aproximar-se de Cristo.

Os planos de Deus e os planos de Satanás para seu câncer não são os mesmos. Satanás deseja destruir seu amor por Cristo. Deus planeja aprofundá-lo. O câncer não vencerá se você morrer, apenas se falhar em aproximar-se de Cristo. O plano de Deus é privá-lo do alimento do mundo e satisfazê-lo com a suficiência de Cristo. Isto tem o objetivo de ajudá-lo a dizer e a sentir: “tenho também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor”. E saber, portanto, que “o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Filipenses 3:8; 1:21).

6. Você desperdiçará seu câncer caso gaste muito tempo lendo sobre o câncer e não o suficiente a respeito de Deus.

Não é errado ler sobre o câncer. Ignorância não é virtude. Mas, o desejo de saber mais e mais, e a falta de zelo pelo conhecimento contínuo de Deus é sintomático no incrédulo. O objetivo do câncer é acordar-nos para a realidade de Deus, colocar sensações e força no mandamento “Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor” (Oséias 6:3), acordar-nos para a verdade de Daniel 11:32: “O povo que conhece ao seu Deus se tornará forte, e fará proezas”, tornar-nos carvalhos indestrutíveis e firmes: “antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite. Pois será como a árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará.” (Salmos 1:2,3). Que desperdício lermos dia e noite sobre o câncer e nada a respeito de Deus.

7. Você desperdiçará seu câncer caso se isole em vez de aprofundar seus relacionamentos manifestando afeição.

Quando Epafrodito trouxe os presentes enviados pela igreja de Filipos para Paulo, ele ficou doente e quase morreu. Paulo diz aos Filipenses: “porquanto ele tinha saudades de vós todos, e estava angustiado por terdes ouvido que estivera doente” (Filipenes 2:26). Que reação maravilhosa! Não diz que estavam angustiados porque Epafrodito estava doente, mas que ele estava angustiado porque os Filipenses ouviram que ele estava doente. Este é o tipo de coração que Deus pretende criar com o câncer: o coração profundamente afetivo e preocupado com as pessoas. Não desperdice seu câncer voltando-se para si mesmo.

8. Você desperdiçará seu câncer caso se entristeça como quem não tem esperança.

Paulo usa esta expressão para designar pessoas cujos entes queridos haviam morrido: “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais como os outros que não têm esperança” (1Tessalonicenses 4:13). Existe tristeza na morte. Mesmo para o crente que morre, há uma perda temporária — a perda do corpo, de entes queridos e do ministério terreno. Mas a tristeza é diferente — é permeada pela esperança: “desejamos antes estar ausentes deste corpo, para estarmos presentes com o Senhor” (2 Coríntios 5:8). Não desperdice seu câncer ficando triste como quem não tem esta esperança.

9. Você desperdiçará seu câncer caso trate o pecado tão normalmente quanto antes.

Seus pecados freqüentes permanecem tão atrativos quanto antes de você ter câncer? Se a resposta for afirmativa, então você está desperdiçando seu câncer. O câncer foi planejado para destruir o apetite pelo pecado. Orgulho, ganância, luxúria, ódio, falta de perdão, impaciência, preguiça, procrastinação — todos estes são adversários que o câncer deve atacar. Não pense apenas em lutar contra o câncer. Pense também em usá-lo. Todas estas coisas são piores que o câncer. Não desperdice o poder do câncer para esmagar estes adversários. Deixe a presença da eternidade tornar os pecados temporais tão fúteis como eles realmente são. “Pois, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder-se, ou prejudicar-se a si mesmo?” (Lucas 9:25).

10. Você desperdiçará seu câncer caso falhe em utilizá-lo como meio de testemunhar a verdade e a glória de Cristo.

Os cristãos nunca se encontram em determinado lugar por acidente. Existem razões para as quais somos levados onde estamos. Considere o que Jesus diz sobre circunstâncias inesperadas e dolorosas: “Mas antes de todas essas coisas vos hão de prender e perseguir, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, e conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Isso vos acontecerá para que deis testemunho” (Lucas 21:12-13). Assim também é com o câncer. Essa será uma oportunidade para testemunhar. Cristo é infinitamente digno. Aqui está uma oportunidade de ouro para mostrar que Jesus vale mais que a vida. Não a desperdice.

Lembre-se de que você não foi deixado sozinho; terá a ajuda necessária: “Meu Deus suprirá todas as vossas necessidades segundo as suas riquezas na glória em Cristo Jesus” (Filipenses 4:19).

Irmão John
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Tradução: Josaías Júnior

Acredito que!

1) A Bíblia Sagrada é a revelação divina, verbalmente inspirada pelo Espírito Santo; 

2) Deus é único e triúno - o Pai, o Filho e o Espírito - coexistindo em igualdade de eternidade a eternidade; 

3) o Filho de Deus, sendo o próprio Deus, encarnou-se para ser um homem, de nome Jesus, nascido da Virgem Maria, para ser nosso Redentor e Salvador; 

4) Jesus, um homem genuíno, viveu nesta terra por trinta e três anos e meio para tomar Deus Pai conhecido aos homens; 

5) Jesus, o Cristo ungido por Deus com Seu Espírito Santo, morreu na cruz por nossos pecados e derramou Seu sangue para o cumprimento de nossa redenção; 

6) Jesus Cristo, depois de sepultado por três dias, ressuscitou dos mortos, e que, em ressurreição, tomou-se o Espírito que dá vida para transmitir a Si mesmo para dentro de nós como nossa vida e tudo para nós; 

7) Após Sua ressurreição, Cristo ascendeu aos céus e Deus O fez Senhor de todas as coisas; 

8) Após Sua ascensão, Cristo derramou o Espírito de Deus para batizar Seus membros escolhidos para dentro de um único Corpo e que o Espírito de Cristo está se movendo na terra para convencer pecadores, regenerar o povo escolhido de Deus, habitar nos membros de Cristo para seu crescimento em vida e para edificar o Corpo de Cristo com vistas à Sua plena expressão; 

9) No fim desta era, Cristo voltará para arrebatar os cristãos vencedores, julgar o mundo, tomar posse da terra e estabelecer Seu reino eterno;

10) Os cristãos vencedores reinarão com Cristo no milênio e que todos os cristãos participarão das bênçãos divinas na Nova Jerusalém, no novo céu e nova terra, pela eternidade.

Prazer nas fraquezas

"Por isso sinto prazer nas fraquezas...".
II Coríntios 12.10.


É-nos ensinado desde pequenos que temos que ser fortes e valorosos. Na escola, nossos pais aspiram que nos destaquemos, que sejamos os primeiros. Quando participamos de algum esporte, temos que ser os melhores, o que recebe a medalha de ouro.

Depois quando levados para a igreja também somos estimulados a sermos grandes, homens e mulheres destacadas. Somos criados desde pequenos para sermos soberbos diante dos homens e de Deus.

O Senhor caminha ao inverso do mundo. Ele nos ensina que somos pó, fracos, e carentes da Sua Glória: "Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó. Quanto ao homem, os seus dias são como a erva, como a flor do campo assim floresce. Passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não será mais conhecido" Salmos 103.14-16.

Vivemos com o conceito que devemos ser fortes, mas Deus nos humilha para mostrar a nossa real situação de fraqueza. Somos menos que nada: "Eis que sois menos do que nada..." Isaías 41.24. Somos como a fumaça que logo se desvanece. Tudo aquilo que nos leva a uma gloria humana não é de Deus, mas maligna: "... toda a glória tal como esta é maligna" (Tiago 4.14-16).

Temos dito ao Senhor que nada podemos e que tudo esperamos dEle? Sentimos prazer nas nossas fraquezas? Alegramos-nos em ser fracos, em não podermos nada, nem mesmo pensar alguma coisa? Se esta não tem sido a nossa atitude diante de Deus, é porque ainda temos muita soberba, e Deus irá nos resistir: "Assim diz o Senhor Deus: Tira o diadema, e remove a coroa; esta não será a mesma; exalta ao humilde, e humilha ao soberbo" Ezequiel 21.26.

Jesus, diz neste texto de II Coríntios 12, no verso 9, que a "Sua Graça nos basta". Deus não quer que sejamos fortes, nem capazes, nem sábios, porque estaríamos nos ensoberbecendo. Deus quer que esperemos inteiramente na graça que se nos oferece na revelação de Jesus Cristo (I Pedro 1.13). Se Deus quisesse pessoas fortes e sábias, Ele não teria escolhido as fracas (I Coríntios 1.26-29).

Ao invés de apresentarmos a Deus nossas habilidades, nossas capacidades, nossos diplomas, devemos sentir prazer nas nossas fraquezas. Confessar a Ele as nossas fraquezas, e incapacidades em qualquer área. Quando começarmos a fazer isso, começaremos a gozar da Sua Força, da Sua Capacidade, do Seu Poder, isto é, da Sua Graça, daquele que tem todo o poder nos céus e na terra: Jesus. Porque quando somos fracos, aí é que somos fortes.

Não tenha receio de sentir prazer nas suas fraquezas; não tente escondê-las porque Deus já as conhece. Quando queremos mostrar o que não somos é que Deus se entristece. Para Ele é exaltação. Sinta prazer nas suas fraquezas e Deus terá prazer em te sustentar com a Sua Graça, com o Seu Poder, e com a Sua Justiça em Cristo: "Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça" Isaías 41.10.

"No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder" Efésios 6.10. 

sábado, 12 de novembro de 2011

A BÍBLIA é + sábia q a ciência



MAIS PROVAS NO FÓRUM!

Gênesis 2:7 "E formou o SENHOR Deus o homem do PÓ DA TERRA, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente".

Seguramente, você não toma Gênesis 2:7 seriamente, toma?

Em novembro 1982, Seleções do Reader's Digest incluiu um artigo com o título "Como a Vida na Terra Começou".

De acordo com cientistas no Centro de Pesquisa da NASA em Ames, os ingredientes necessários para formar um ser humano são encontrados NO BARRO.

O artigo disse ainda: "O cenário descrito pela Bíblia quanto à criação da vida vem a ser NÃO MUITO DISTANTE DO ALVO".

Não, a Bíblia "não passou muito distante", ela atingiu EXATAMENTE o alvo!

Jó 26:7 "e suspende a terra sobre O NADA". Ninguém acreditava que a terra "pairava suspensa sobre o NADA!"

Jó é o mais antigo livro na Bíblia! Foi escrito há + de 3500 anos atrás!

Como é que Jó soube de algo que era IMPOSSÍVEL saber na época?






sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A limento diário (1)

Tive uma experiencia bem simples quanto acerca do que Jesus enfatizou acerca do seu chamamento quando ele diz pra cada um carregar a sua cruz e negar a se mesmo . Acerca da nova vida que recebemos, comparei a uma cisterna suja que alguém a limpa e tira toda aquela sujeira e a deixa limpa. Antes era impossível alguém beber da quela água agora ela se tornou limpa e agradável. Só podemos desfrutar da vida que ganhamos, a vida espiritual quando tirarmos tudo o que e natural(Gl 5:22,23). Quando entrar-mos nesse processo de limpeza vai ser o operar da cruz em nossas vidas.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Ficar Firme

Revesti-vos de toda a armadura de Deus, Para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo. Ef. 6:11

A expressão "ficar firme" significa, neste contexto, "defender seu território". Não é, na linguagem moderna, uma ordem para marchar, para invadir um território estrangeiro com o objetivo de ocupá-lo e conquistá-lo. Deus não nos disse para fazê-lo. "Ficar firme" implica que o território disputado pelo o inimigo é, de fato, de Deus e, consequentemente, nosso. Foi o Senhor Jesus quem tomou a ofensiva contra o reino de Satanás para conquitar, pela morte e ressurreição, uma poderosa vitória.

Hoje, lutamos apenas para manter e consolidar a vitória que Ele já conquistou.
Talvez esta seja a razão por que a armadura descrita aqui é extremamente defensiva. O território é Dele. Não lutamos para conquistar um lugar nele. Precisamos apenas defendê-lo de todos os inimigos.

(Livro: Uma Mesa no Deserto) 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A definição da economia de Deus

O que é a economia de Deus? A bíblia, composta de sessenta e seis livros, contém muitos ensinamentos diferentes, mas a vontade de Deus sempre foi e é o dispensar dele mesmo para dentro do homem. Ou seja,  a economia de Deus é o dispensar de Deus, que nada mas é do que ele dispensando a si mesmo a raça humana. Como Deus é dispensado por meio da sua economia. Em 2co.13:13 mostra-se os passos da economia de Deus pela trindade. Temos a graça do Filho, o amor do Pai e a comunhão do Espirito S. O amor, graça e comunhão são um único elemento em três estágios: o amor é a fonte, a graça é a expressão do amor, e a comunhão é a transmissão desse amor em graça. Deus é fonte, Cristo é a expressão de Deus, e o Espirito S. é a transmissão, trazendo Deus em Cristo para dentro do homem.

 A economia de Deus é desenvolvida do Pai no Filho e pelo Espirito.

                                                  ( 01) do PAI
Deus Pai é a fonte universal de todas as coisas. Ele é invisível e inatingível. Como poderia Deus Pai; que habita na luz inacessível (1Ti 6:16), estar dentro de nós? Como poderíamos ver o Pai invisível? Ele colocou a si mesmo em seu Filho, a segunda pessoa da trindade, a fim de  torna-se acessível ao homem. Toda a plenitude do Pai habita no Filho(Cl 1:19; 2:9) e é expressado por meio do Filho(Jo 1:18). Agora o Deus que era inacessível e invisível e inatingível é revelado em Cristo, a imagem de Deus (Cl 1:15) assim, o Filho e o Pai são um (Jo 10:30). Antes era impossível  o homem contatar Deus e sua natureza era exclusivamente divina. Mas agora ele não só se corporificou no Filho (Jesus) como se encarnou no homem.

                                                (02) no Filho
O segundo passo de Deus para se introduzir no homem é por meio da segunda pessoa da trindade, o Filho de Deus. A fim de compreender o segundo estagio da economia de Deus, precisamos saber o que Cristo é. Quais são os elementos que compõem Cristo? Quais são os ingredientes combinados que constituem Cristo? Há sete elementos básico que entraram nessa pessoa maravilhosa, que foram adicionados através de sua historia. Portanto estão Nele: a natureza divina, a natureza humana, a vida humana diária com seus sofrimentos terrenos, a eficácia de sua morte, o poder da ressurreição, o poder transcendente de Sua ascensão e a entronização. Todos esses elementos estão mesclados no único Cristo maravilhoso.
                                  (03) Por meio do Espirito
O Espirito de Deus no Antigo Testamento tinha somente um elemento: a natureza divina de Deus. Como o Espirito divino, ele não tinha os elementos da natureza humana, a vida humana diária, a eficácia da morte, a ressurreição e entronização. que é o Espirito Santo? É o Espirito da verdade(Jo 15:26). Mas que é verdade? O significado da palavra grega “verdade” é realidade. Por isso, o Espirito S. é o Espirito da realidade, a realidade plena de Cristo. Assim como Deus esta corporificado em Cristo, assim também Cristo é percebido na Pessoa maravilhosa do Espirito Santo. ”Ora, o Senhor é o Espirito” (2 Co 3:17). Este versículo prova que o Espirito não estar separado de Cristo. O Senhor é o próprio Cristo e é mencionado como Espirito. ”O ultimo Adão tornou-se o espirito que da vida” (1Co 15;45”; novamente a Bíblia enfatiza que Cristo, o ultimo Adão, é o Espirito Santo. Além disso, Deus Pai é também o Espirito(Jo 4;24). Portanto, todas as três Pessoas da Deidade são o Espirito. Se Deus Pai não fosse o Espirito, como poderíamos contatá-lo? Além disso, se Deus Filho não é o Espirito, como Ele poderia estar em nós e como poderíamos experimenta-lo? Porque o Pai e o Filho são ambos o Espirito, podemos contatar Deus e experimentar Cristo. Observem os versículos seguintes: “Um só Deus e Pai(...)o qual esta em todos”(Ef 4:6) “Jesus Cristo esta em vós” (2Co 13:5). “Seu Espirito que em vós habita”(Rm 8:11). Estes três versículos revelam que Deus Pai, Deus Filho e Deus Espirito estão em nós. O objetivo da economia divina é dispensar o Deus Triúno em um Espirito ao nosso espirito humano. Por isso, precisamos agora focalizar toda a atenção em viver pelo Deus Triúno que habita em nosso espirito. Se nos desviarmos disso, não importa quão boas e bíblicas possam ser as outras coisas, nós certamente perderemos o ponto crucial da economia de Deus. O Senhor hoje estar restaurando Seus filhos, levando-os a se centralizar nesse ponto crucial que é a economia divina
                                                                ( Texto extraído do livro A economia de Deus)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Cristo como sabedoria e poder de Deus

Cristo como sabedoria e poder de Deus


Cristo crucificado é a sabedoria de Deus. Cristo crucificado também é o poder de Deus, contudo quanta autoconfiança tem em nós ao servir o Senhor. 
Em geral empenhamos mais em planejar e preparar o trabalho do que esperar no Senhor.
Como os crentes da Galícia ignoravam essa verdade, eles começaram a morder-se e a devorar-se uns aos outros (Gl 5:15). Eles tentaram aperfeiçoar-se pela carne. Algo que começaram pelo Espirito Santo. Eles desejavam ‘‘ ostentar-se na carne’’, a fim de se gloriarem na própria carne. (Gl. 6:12,13).                                                A melhor maneira de não pecar é não fazer nenhum bem através do ego (alma).                                                           

A carne como Deus a vê

O espirito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; ... (.Jo.6:63). O penhor da carne da para morte. (Ro.8:6). De acordo com o ponto de vista de Deus, existe morte espiritual na carne. A única maneira de escapar é entrega-la à cruz. O penhor da carne é inimizade contra Deus. (8:7). Ela se opõe a Deus. Não existe a menor possibilidade de uma coexistência pacifica.
Quanto melhor for o trabalho da carne, mas longe de Deus ela se encontrara.
Se má ela transgredi a lei, se for boa, ela estabelece uma justiça própria, sem Cristo, anulando  assim o proposito da lei-Ro 3:20.
Por mais qualidades boas que um homem tenha, se provém dele mesmo não pode agradar o Senhor. Deus só tem prazer no seu Filho. O homem pode inventar as mais variadas maneiras de fazer o bem, de melhorar e se aperfeiçoar. Entretanto nem uma delas, por ser carnal, pode agradar ao Senhor.
Paulo sabia que a justiça própria, da qual se orgulhara antes, nada mais era que refugo (esterco) e pecado Fp3:5,6. Ele aprendeu essa lição, e aprendeu-a bem. Pro isso, já não ousava confiar na carne. Então, declarou que não podia confiar na carne Fp3:4.paulo sabia que a carne era inserta e indigna de confiança.
Ele era muito humilde, com respeito a confiança em se mesmo –v .9:11,12.
O crente que deseja alcançar a maturidade espiritual deve manter para sempre a atitude que o apostolo Paulo sustentou durante toda a sua jornada espiritual, a saber, “NÃO QUE EU JÁ TENHA RECEBIDO”.
Não podemos jamais acolher a mais leve confiança, satisfação ou alegria própria, como se pudéssemos confiar na carne.
Do lado Espiritual já esta feita Gl. 5:24; Mt.26:41, é necessário que a carne morra, caso contrario não podemos agradar a Deus. Sempre existe a possibilidade de andarmos pela carne, seja no cultuar nos  serviços no conhecimento bíblico, ou na tarefa de ganhar almas pois em Jo. 1:13 diz que a carne tem vontades sejam boas ou mas, em Cl 2:18 fala-se da mente da carne e em 2Co 1:12 Paulo faz menção da “sabedoria humana “ ou da carne.
A bíblia menciona muitas vezes a “vida da carne”. Se o crente não levar essa vida a cruz, ela continuara vivendo nele, do mesmo modo que vive no incrédulo. A única diferença é que no crente, ela encontra uma oposição espiritual.
Precisamos entender que dentro do homem existem dois princípios de vida, 2Co 1:17.Uma das características da carne é sua instabilidade. Ela altera entre o sim e o não, e vice-versa. Todavia a vontade de Deus é Ro 8:4. Devemos aceitar a vontade de Deus Cl 2:11. 

Salvação completa

Gostaria de falar sobre a salvação completa, a bíblia nos ensina que a salvação completa de Deus se desenvolve em três estágios: o primeiro acontece no momento em q somos salvos, quando somos regenerados em nosso espirito ao tocarmos na vida divina ( Tt 3:4,6). Isso ocorre ao crermos na obra da redenção q o Senhor Jesus fez por nos na cruz. Basta crer na sua obra e imediatamente somos salvo em nosso espirito, garantindo assim q viveremos eternamente com Deus. A partir dai tem início o segundo estagio da salvação q diz respeito a salvação da nossa alma. A vida de Deus q recebemos em nosso espirito precisa crescer, desenvolver-se para ganhar toda a nossa alma e, dessa maneira, salva-la. E q acontecera com o nosso corpo?  Ele será salvo no terceiro estagio da salvação, q é a redenção do corpo. Na segunda vinda de Cristo, ao soar a sétima trombeta, os q morrerão e, juntamente com os santos q estiverem vivos, receberão um corpo de ressurreição (1 Co 15:50-57). Os apóstolos Pedro e João viram a importância do desenvolvimento da vida de Deus nos cristãos, conforme registraram em seus escritos. Pedro enfatizou o negar a vida da alma, por meio da vida de Deus q recebemos quando fomos regenerados, para a salvação da alma (1 Pe 1:6-9, 13-23). João, por outro lado, enfatizou a vida de Deus q recebemos na regeneração (Jo 6:29-34,47-51-58; 1 Jo 5:10-12). Permanecendo constantemente em nosso espirito, no qual o Espirito que dá vida está, de forma espontânea negaremos a vida da alma; e assim, pouco a pouco, alcançaremos a salvação da nossa alma.


O seu barco


O Evangelho de João, no capítulo seis, apresenta um mundo faminto e atribulado. Não importa quem você seja, rico ou pobre, culto ou iletrado, de alta posição social ou não, o mundo à sua volta é cheio de problemas. Somos atribulados no estudo, no casamento, na vida profissional, enfim, em todos aspectos da vida humana (vs.16-21).

O mar agitado pelo vento forte indica a vida humana cheia de problemas. Jesus, porém, andava por sobre as ondas agitadas, sem ser perturbado por elas. O Senhor é o único que possui o domínio pleno sobre todos os problemas da vida humana, e toda a intranqüilidade está sob seus pés. Este é o Cristo que dá paz. Quando você O recebe para dentro do seu “barco”, como os Seus discípulos fizeram, chegará ao seu destino em paz. O seu “barco” pode ser sua vida conjugal, familiar ou profissional. Sem Cristo, o mundo está faminto e conturbado. Com Ele, todavia, temos satisfação e paz.