sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O que é a obra de Deus?


Leitura: "Prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmão, quanto a mim, não julga havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Filipenses 3.12-14).

"E nós na qualidade de cooperadores com Ele" (2 Coríntios 6a).


Deus tem Sua obra. Essa não é a sua nem a minha obra, tampouco é a obra desta missão ou daquele grupo. É a obra do próprio Deus. Gênesis 1 nos diz que Deus trabalhou e, depois, descansou. No início, Deus criou a luz, os seres vivos, o homem e assim por diante. Ninguém, a não ser Ele, poderia realizar essa obra da criação. E hoje Ele tam­bém tem Sua obra, que não é a obra de homem algum e que homem algum pode fazer. A obra de Deus não pode ser feita por ninguém, a não ser pelo próprio Deus. Quanto mais cedo aprendermos isso, melhor, porque as obras, as idéias, os métodos, o zelo, a seriedade, os esforços e as atividades incansáveis do homem não têm qualquer lugar no que Deus está fazendo. O homem não pode ter mais parte na obra de Deus hoje do que poderia ter nos tempos remotos da criação.

Aos filipenses, Paulo diz: "Prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus". O Senhor Jesus tem um propósito especial e específico ao nos alcançar, e é esse propósito específico que desejamos alcançar. Ele tem um propósito, e esse propósito é que ele nos ganhe a fim de sermos cooperadores, co-obreiros com Ele. Entretanto, ainda é verdade que não podemos fazer a obra de Deus, visto que toda ela é absoluta e totalmente Dele.

No entanto, nós somos Seus co-obreiros. De modo que, por um lado, devemos reconhecer que não podemos tocar, nem mesmo com o dedo mínimo, a obra de Deus e, por outro, somos chamados para ser co-obreiros com Ele! E foi com este fim que Ele nos alcançou. O Senhor tem um propósito definido na salvação - e um propósito claro e específico ao nos salvar -, que é nos ter como Seus co-obreiros.

O que, então, é a obra de Deus? Efésios nos mostra isso de forma mais clara que qualquer outro livro no Novo Testamento. O capítulo 1 diz: "Assim como nos escolheu Nele antes da fun­dação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele" (v. 4); no capítulo 2 lemos: "Para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da Sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus" (v. 7). Lemos também no primeiro capítulo: "Desvendando-nos o mistério da Sua vontade, segun­do o Seu beneplácito que propusera em Cristo" (v. 9)

Em todas as reuniões da igreja frequentemente há aqueles que se levantam e falam de acordo com sua própria mente. Eles não estão falando no Espírito, mas estão "fora do tom". O que dizem é de pouco ou nenhum valor. Mas na criação de Deus, conforme Ele determinou, não existe nada fora do tom.

Tudo é para o Filho, tudo vem de Cristo e para Cristo. Nada está fora Dele, pois Deus incluiu tudo em Cristo. "Nele foram criadas todas as coisas (...) Tudo foi criado por meio Dele e para Ele" (Cl 1.16). Tudo está em perfeita harmonia no plano de Deus. E Deus vai levar tudo em Sua criação a este nível e a este lugar de perfeita harmonia. Nesse sentido, não podemos fazer nada - Deus está fazendo tudo e tudo Ele fará.


Extraído do livro "A Obra de Deus" - W. Nee

Testemunho


04/09/11

O SENTIDO DA VIDA
Venho, há duas semanas, tentando compreender, por todos os prismas, qual o verdadeiro sentido da vida. E, nessa busca por respostas, tenho visto que, em todos os ângulos observados, o que mais temos sobre o assunto são significados adequados somente para a vida material.
Apesar disso, é interessante como nós, seres humanos, encaramos essa condição de apenas nos atermos às coisas materiais, sobretudo nas relações do ter, poder e da dominação. É impressionante como os livros direcionados para o assunto falam, justamente, sobre a valorização dos bens materiais e como a vida é expressiva, quando passamos a vê-la sob a ótica da riqueza e do poder.
Pois bem. Andei pesquisando, como disse antes. Em alguns sites, eu vi que o sentido da vida era se arriscar a viver intensamente, pois os defensores dessa filosofia diziam que a vida é breve e, portanto, não se pode perder um segundo dessa brevidade terrestre. Outros, como no caso da Wikipédia, dizem, conceitualmente, que o sentido da vida se constitui num questionamento filosófico acerca do propósito e significado da vida humana. “Que ela demarca, então, a interpretação do relacionamento entre o ser humano e seu mundo”, segundo Friedrich Tiedemann, anatomista e fisiologista alemão que se dedicou às ciências naturais.
Antes, na Antiguidade e Idade Média, o conceito de sentido da vida era a aquisição da felicidade, onde o ser humano, para ser feliz, precisaria estar em equilíbrio com as suas três partes: a razão, a coragem e o instinto, segundo Platão. Epicuro, outro filósofo grego, dizia que o sentido da vida jaz no desejo e que, para que ele aflore, é preciso superar o medo e a dor e viver isoladamente, apenas se dando a um pequeno rol de amizades.
Mas, eu não me dei por satisfeito. Eu achei – mesmo lendo vários e vários textos; mesmo tendo lido alguns conceitos –, que estava faltando alguma coisa.
Desta forma, passando, há uma semana, em frente a um recém-inaugurado café, algo me fez adentrá-lo (é claro que não foi à toa. No domingo, eu havia lido uma excelente matéria, escrita pelo jornalista Mário Gérson, no caderno Expressão do jornal Gazeta do Oeste, a respeito da falta que fazia um ponto de encontro para os escritores, jornalistas e intelectuais da cidade e, mais, no dia anterior, eu havia visto o escritor Clauder Arcanjo, juntamente com um grupo de amigos, conversando e tomando um cafezinho em suas dependências). Confesso que, mesmo o dia estando quente e o barulho do trânsito ensurdecedor, quando eu pisei no recinto, uma paz tomou conta de mim. O ambiente é agradável, convidativo a um café. Nas suas laterais, dispostos em pranchas, esteticamente bem organizadas, livros.
Estava absorto, a olhar os títulos, quando um jovem garçom aproximou-se, deu-me bom dia e me falou que ficasse à vontade. Igualmente, as duas outras atendentes, simpaticíssimas, corroboraram com o que fora dito. Em retribuição, pedi-lhe um café pequeno, expresso.
Enquanto o café era feito, perguntei ao jovem sobre aqueles títulos. Ele me falou que o café é uma franquia, que a dona da franquia é uma Editora e que, em todos os cafés, os livros são colocados daquela forma, para que os clientes possam, enquanto saboreiam o líquido ou comem um lanche, desfrutar de uma leitura voltada para as coisas mais espirituais e, na qual seja dado sentido, de verdade, à vida.
Sem pestanejar, eu lhe perguntei: para você, genericamente, qual o sentido da vida? Ele olhou para mim e disse: amar a Deus. E sem dizer mais nada dirigiu-se a uma prateleira lateral, apanhou um livro e me trouxe. Em seguida, pediu licença e abriu na página que dizia desse amor de Deus por todos nós e de como a vida faz sentido quando nós deixamos que Ele entre em nosso espírito (consciência, comunhão e intuição). Só com nossa aquiescência é que Ele pode dar sentido à nossa alma (mente, vontade e emoção) e, através dela, cuidar do nosso corpo, da nossa vida. E continuou:
“O homem busca nas coisas materiais o sentido de uma vida feliz, porém se esquece que ele tem uma natureza pecaminosa, corrupta e maligna, que o faz mentir, enganar, roubar, corromper e praticar violência em todos os níveis sociais. Tudo em nome do luxo, do dinheiro, do poder e da fama. Por fora, uma vida ilusória de riquezas; por dentro, um interior vazio e miserável”.
Palavras fortes, mas, tirando as exceções, em nenhum momento ele, na frase, disse uma inverdade, pensei.
Terminei de tomar o café, agradeci os ensinamentos, adquiri o livro e saí de lá com um pouco mais de comunhão com meu espírito e, através dele, eu pude sentir uma leve brisa por sobre o meu corpo.
Na verdade, eu me senti aliviado, pois, por algum motivo, eu já sabia – mas não queria admitir – que o simples fato de acreditar em Sua palavra, aquiescer com Seus ensinamentos, de adorá-Lo, já me levava para as respostas, que eu, teimosamente, relutava em aceitar como sendo o propósito de uma existência.
Já em casa, lendo o livro, tive a certeza de que Deus é, verdadeiramente, o sentido da vida, e que o meu espírito, por meio da minha consciência, deve estar em consonância, sempre, com as três partes da minha alma, para que, juntas, possam ajudar o meu coração a se voltar cada vez mais para Deus e a Sua misericórdia…
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domingo, 25 de dezembro de 2011

Sobre o natal

Quase todas as pessoas na Cristandade celebram o Natal, trocando presentes e desejos de "Boas Festas" ou "Feliz Natal", e se alegrando com a idéia de que estejam agindo corretamente. Na verdade, esta se tornou a tradição favorita entre os Cristãos, e é tão bem aceita que qualquer tentativa de se buscar sua origem, a qual pode ser facilmente encontrada nas enciclopédias e em documentos imparciais da história da igreja, tende a ser mal recebida. A Palavra de Deus não justifica esta celebração anual, mas a condena severamente em Gálatas 4:10,11: "Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós, que não haja trabalhado em vão para convosco." Sendo assim a observância de uma data, mesmo que ela seja de caráter piedoso e adornada com rituais, é condenada. O bendito Salvador não veio com o objetivo de tornar popular o Seu nome ou a suposta data do Seu nascimento. "Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores" (I Tim 1:15). "Cristo... morreu a seu tempo pelos ímpios" (Rm 5:6).
Segundo J.N. Darby (Col. Writings, Vol. 18, Pag. 191), ninguém sabe o dia em que Cristo nasceu. Clemente, que viveu no segundo século, se referiu às especulações acerca da data de nascimento de Cristo como "superstição". Orígenes, por volta do ano 245 d.C. considerava ridícula a idéia de se fixar uma data natalícia para o Senhor, e se referia a isso como algo"pecaminoso". No quinto século, a Igreja de Roma registrou que não existia "um conhecimento seguro" a respeito, e a New International Encyclopedia afirma que "é desconhecido quando isso se originou,... mas é quase certo que 25 de dezembro não pode ser...". Segundo a American Encyclopedia, o Natal foi celebrado pela primeira vez pela Igreja em Jerusalém no ano 440 D.C., e também registra que "no quinto século a Igreja Ocidental (Roma) ordenou que fosse celebrado."
A Origem do Natal
25 de dezembro era uma data "pagã, podendo ser de origem solar... A Saturnal dos Romanos a precedia" (Nelson*'s Encyclopedia). Era ainda a data "da antiga festa Romana em homenagem ao Sol" (celebrando o nascimento do deus-Sol), segundo a American Encyclopedia. "A Saturnal era uma festa de prazeres desenfreados... A data do Natal foi fixada na mesma época" (M de Beugnot - História, Vol 2, pág 265). "A Igreja... voltando ao paganismo... precisava ter suas festas, e acabou por dar nomes cristãos às festas pagãs já existentes... identificando o Natal à pior das festas pagãs... fixaram para aquela data o nascimento de Cristo. (Aquela data) representava um dos piores princípios do paganismo -- o poder reprodutivo da natureza... A Igreja criou as festas chamadas cristãs, para substituir as pagãs... paganizando o Cristianismo... a fim de manter satisfeitas as mentes carnais do povo" (J. N. Darby - Col. Writtings, Vol. 29). Agostinho registrou que o povo estava tão determinado a ter festas que o clero se sujeitou a isso!
A Tradição dos Anciãos (Mt 15:2)
Sendo assim, a tradição que emanava do "deus deste mundo" (II Co 4:4), brotou por meio do paganismo, foi transplantada para o Cristianismo por antepassados infiéis, e aperfeiçoada pela Igreja de Roma, "a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra" (Apoc 17:5). Assim como as crianças são levadas a acreditar em Papai Noel, a Cristandade tem sido enganada por cegos que são guias de cegos (Lc 6:39).
Não deveria isso inundar o coração de vergonha e nos levar a lamentar e chorar por todas as abominações praticadas na Cristandade neste tempo de Laodicéia, que desonram o nome de nosso bendito Salvador? (veja Sl 119:158; Jer 15:15-17; Eze 9:4; Fp 3:18,19). Como podemos participar de tamanha farsa? O que se dirá disso perante o tribunal de Cristo? Tudo isso nos fala de um "outro Jesus" -- um Jesus bem ao gosto do povo, adaptado a este mundo (II Co 11:4)! O "espírito Natalino" não vem do Espírito Santo mas trata-se de "outro espírito"(II Co 11:4). "O espírito do mundo" (I Co 2:12"não é do Pai, mas do mundo" (I Jo 2:16).
Um Mundo Insensível
Quando Cristo, Deus manifestado em carne, nasceu, neste mundo "não havia lugar" para Ele (Lc 2:7). "Era desprezado, e o mais indigno entre os homens" (Is 53:3). "Eles bradaram: Tira, tira, crucifica-o" (Jo 19:15). "...e o levaram para ser crucificado" (Mt 27:31). Este mundo é culpado pelo assassinato do Filho de Deus!
Havendo se livrado dÉle, os homens agora se regozijam e se alegram enviando presentes uns aos outros (veja Apoc 11:10). Isto é o mesmo que edificar os sepulcros dos profetas e adornar os monumentos dos justos, testificando "que sois filhos dos que mataram os profetas" (Mt 23:29-33). É com se Caim, após haver assassinado a seu irmão, fizesse do aniversário de Abel um dia de festa! Assim este mundo, que rejeitou a Cristo, celebra uma grande festa anual na imaginária data de nascimento do Santo Filho de Deus! Fazendo assim, estão tomando emprestado e profanando o nome bendito de Cristo como um pretexto para a satisfação de seus prazeres carnais. "O Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão" (Ex 20:7).
Cuidado, frívolo mundo! "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer" (Gal 6:7). Pois breve Ele virá requerer o sangue do Seu Filho que foi derramado.
Nos aborrece ver a irreverente entrada dos ímpios na Cristandade sem qualquer consciência de seus pecados e nem tampouco qualquer disposição de coração para com o Senhor. O mesmo pode ser dito acerca da multidão de pessoas batizadas, que professam o Cristianismo, sem nunca haverem passado da morte para a vida (veja Jo 5:24I Jo 3:14). Mas dói ainda mais quando vemos aqueles que são "filhos da luz" (Ef 5:8,14-17Fp 2:15I Tess 5:5-10I Pd 2:9) agirem em total ignorância ou indiferença acerca da origem maligna dessa tradição, levados pela corrente e procurando celebrar tal data da maneira que lhes parece a melhor possível -- talvez até mesmo usando alguns versículos das Escrituras, ou ministrando aos necessitados, ou cantando "hinos de Natal" (veja Deut 12:8Rm 12:2).
O Senhor nunca nos pediu para celebrarmos anualmente o Seu nascimento (ou Sua ressurreição, como é o caso da Páscoa, celebrada por muitos cristãos). Ele expressou Seu desejo que celebrássemos a memória da SUA MORTE. Cada primeiro dia da semana (At 20:7), dia da Sua ressurreição -- dia da nova criação -- oferece a oportunidade àqueles que são novas criaturas em Cristo para se reunirem unicamente ao Seu precioso nome (Mt 18:20), fora do arraial (ou sistema religioso adaptado ao desejo do homem; Hb 13:13), para anunciar "a morte do Senhor, até que venha... Fazei isto... em memória de mim" (I Co 11:25,26).

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Tiatira

Apocalipse 2:18-29

Neste capítulo examinaremos Tiatira. Aqui devo enfatizar especialmente que foi após a igreja na era apostólica passar, que Éfeso apareceu, e após Éfeso, Esmirna, e após Esmirna, Pérgamo, e após Pérgamo, Tiatira. A igreja no tempo dos apóstolos passou, a época de Éfeso passou, a época de sofrimentos passou, o período de Pérgamo também passou, e o que vem a seguir é Tiatira. Mas a igreja representada por Tiatira continuará até o Senhor Jesus voltar. Não só Tiatira, mas também Sardes, Filadélfia e Laodicéia continuarão até o Senhor Jesus retornar. Nas primeiras três igrejas, não há menção da volta do Senhor, mas, nas quatro últimas, a volta do Senhor é mencionada em cada caso. Laodicéia, contudo, não menciona a segunda vinda do Senhor literalmente, por causa de alguma coisa particular referente a ela, conforme explicaremos mais adiante. Portanto, as últimas quatro igrejas continuarão até o Senhor voltar.

Na bíblia, vemos que o número sete é um número que significa complementação. Sete é composto de três mais quatro. Três é o numero de Deus; o próprio Deus é três-um. Quatro é a criatura de Deus; é o número do mundo, tal qual as quatro direções, os quatro ventos, as quatro estações etc. – todos contêm o número quatro. Sete significa o Criador mais a criatura. Quando Deus é adicionado ao homem, isto é complementação. (Mas esta complementação é deste mundo – Deus nunca coloca sete na eternidade. O número de complementação na eternidade é doze. Sete é formado por três mais quatro; doze é formado por três vezes quatro. Quando Deus e o homem são colocados juntos, há complementação neste mundo. Quando o Criador e criatura são incorporados, então há complementação eterna). O número sete é sempre três mais quatro. As sete igrejas estão divididas em: as três primeiras mais as quatro ultimas. As três primeiras não mencionam a volta do Senhor, enquanto as outras quatro mencionam. Desse modo, três igrejas são de um grupo, enquanto as outras quatro são de outro. A igreja de Tiatira é a primeira entre as quatro igrejas que existirão até o Senhor Jesus voltar.

Tiatira significa “o sacrifício de perfume”, isto é, repleta de muitos sacrifícios. As palavras faladas pelo Senhor tornam-se cada vez mais fortes. O Senhor diz que Ele é O que tem “olhos como chama de fogo”. Nada pode ocultar-se dos Seus olhos. Ele é a luz; Ele próprio é a iluminação. Ao mesmo tempo Ele diz que tem “pés semelhantes ao bronze polido”. Na bíblia, bronze significa julgamento. O que os olhos vêem, os pés julgam. Os estudiosos da bíblia concordam que a igreja em Tiatira refere-se à Igreja Católica Romana. Isto não se refere à confusão que resultou do casamento da igreja com o mundo (Pérgamo) – agora isso passou. A situação tornou-se mais pesada, cheia de heresia e sacrifício. É realmente notável como a Igreja Católica Romana dá muita atenção principalmente a comportamentos e a sacrifício. A missa é seu sacrifício.

A Igreja Católica Romana, de acordo com a nossa observação, não tem nada de bom, mas Deus diz: “Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança e as tuas ultimas obras, mais numerosas do que as primeiras”. O Senhor reconhece que há realidade na Igreja Católica Romana. Madame Guyon, Tauler e Fenelon¹ estava na Igreja católica romana, e podemos mencionar ainda muitos dos melhores nomes. Na verdade, há muitos na igreja católica romana que conheciam o Senhor. Nunca pense que não há nenhum salvo na igreja católica romana. Também ali o Senhor ainda tem Seu próprio povo – disso devemos ter bastante clareza diante do Senhor.

O que estamos ressaltando agora é quão desolada a igreja se tornou em sua aparência exterior. Primeiro, vimos o comportamento dos nicolaítas; mais tarde, vimos que ele evoluiu tornando-se ensinamento. Mas, e a igreja agora? O Senhor diz aqui: “tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos”.

¹ Irmãos e irmãs que, nos séculos passados, (dentro do catolicismo romano) seguiram a chamada “linha da vida interior”. Com ênfase a experiência de amor a Cristo e à Cruz. Também conhecido como “Quietismo”.

Quem é Jezabel? Jezabel era a esposa que o rei Acabe trouxe da terra dos sidônios, os gentios. Jezabel seduziu o povo de Israel. Ela disse ao povo para adorar a imagem de Baal (1 Reis 16:30 -32). Baal é o deus dos gentios, não o Deus do povo de Israel. Ela disse ao povo para adorar a imagem de Baal. O problema, agora, não são apenas os ídolos, e, sim, que Deus foi substituído: Baal foi introduzido e adorado como seu próprio deus. Na história da nação judaica (Israel) até 1 Reis 16, ninguém havia levado o povo de Israel a pecar de tal maneira como Acabe. Acabe foi o primeiro a conduzir o povo a adorar um deus gentio em larga escala. Nem mesmo Jeroboão igualou-se a ele nos pecados que cometeu.

Queremos, aqui, atentar para quem é Jezabel. É uma mulher. A mulher em Apocalipse 17 refere-se à Igreja Católica romana. Em Mateus 13, a mulher que tomou o fermento e escondeu-o em três medidas de farinha também é a Igreja católica romana. Naturalmente, portanto, a mulher aqui, também representa a Igreja católica romana.

Deus nunca reconhece como legítimo o casamento entre Seu povo e os gentios; Deus diz que isto é prostituição. Como consta, Jezabel não era a rainha; a união de Acabe e Jezabel era prostituição. Prostituição é confusão. O que Deus vê aqui é uma mulher que está misturando coisas às palavras de Deus e ao povo de Deus. O que esta mulher introduziu foi o deus dos gentios. E o resultado da prostituição é idolatria. O Novo Testamento menciona a conferencia em Jerusalém, cujo resultado foi a exortação aos irmãos gentios para se absterem de comidas sacrificadas a ídolos e da fornicação (At 15:29). A prostituição daquela mulher introduziu ídolos no reino de Israel.

Por meio de Jezabel, Acabe foi unido ao mundo. Não importa onde você esteja, é visível que a Igreja católica romana uniu-se aos poderes políticos. Ela envia embaixadores e ministros a várias nações, e, em importantes crises mundiais, ela se levanta para falar. A união da igreja com o mundo é a igreja católica romana. Eles proclamam que seu primeiro papa foi Pedro. Mas acho que Pedro diria:”Eu sou um discípulo do pobre Jesus de Nazaré; essa glória e a honra do mundo não têm nada que ver comigo”. Contudo, a Igreja católica romana mantém sua posição no mundo e exige respeito das pessoas. O fenômeno da Igreja Católica Romana nestes mais de mil anos, de acordo com a Epístola de Tiago, é o maior adultério. Aqui vemos que a igreja perdeu a sua virgindade. Hoje, há um grupo de pessoas que acham que desde que tem tão vasto número de membros, podem negociar com os outros. De acordo com os homens, é uma espécie de progresso a igreja ser capaz de negociar, mas, de acordo com Deus, é um pecado a igreja ganhar o que o mundo ganha.

Qual é o resultado? Idolatria. Os fatos estão colocados diante de nós; não há uma igreja que seja igual à Igreja católica romana com tantos ídolos. Podemos dizer que a melhor classe de ídolos é feita pela igreja católica romana. Estive na cidade de Roma por um mês. Durante esse tempo, eu continuamente sentia algo: “Se a igreja é deles, então não é nossa; se for nossa, então certamente não é deles”. Não há meio termo para ambos se unirem. O mais extraordinário é que eles cumpriram tudo o que foi profetizado na bíblia. Há uma imagem do Pai e uma imagem do Filho; há imagens dos apóstolos e imagens dos santos antigos. Eles adoram Maria; adoram Pedro. Vemos como Jezabel ensina os servos do Senhor a cometer prostituição e a comer a comida ofertada aos ídolos! Jezabel é mencionada porque a igreja trouxe para dentro de si deuses gentios. Vemos isto no livro intitulado Mystery², de G. H. Pember. Eles tomaram os deuses gentios e penduraram neles os símbolos do cristianismo. O mais evidente é a imagem de Maria. Alguns pensam que pelo menos Maria é do próprio cristianismo. Mas o fato é este: a Grécia tem uma deusa, a Índia tem uma deusa, o Egito tem uma deusa, a China tem uma deusa, cada religião do mundo tem uma deusa, exceto o cristianismo. Já que deve haver uma deusa, eles produziram Maria. Na verdade não há deusa, eles produziram Maria. Na verdade não há deusa na fé cristã – a origem do conceito de uma deusa são os gentios. Assim, isto é idolatria, além de prostituição. Isto é Jezabel, trazendo as coisas dos gentios para o reino de Israel. 

² não disponível em português. (N.T.)

Ela se autodenomina profetisa porque quer pregar e ensinar. A posição da igreja diante de Deus é a de uma mulher. Sempre que a igreja tem autoridade para pregar, ela é Jezabel. A igreja não tem nada a dizer; em outras palavras, a igreja não tem palavra. O filho de Deus é a Palavra; por isso só Ele tem a palavra. Cristo é o Cabeça da igreja; portanto, somente Ele pode falar. Sempre que a igreja fala, isto é a pregação da mulher. A Igreja católica romana é a mulher pregando. Na Igreja católica romana há o que a igreja diz, não o que a bíblia diz nem o que o Senhor diz. É extraordinário que Deus aqui diz que Jezabel é a profetisa e que a mulher fala. “Meus servos” refere-se a servos individuais. Jezabel tem autoridade para dirigir cada crente. O povo na igreja católica romana não lê a bíblia, porque tem medo de interpretar mal o que Deus pretende. Somente os padres podem entender e somente os padres podem falar; portanto, somente eles podem decidir todas as questões. A igreja católica romana é essencialmente a pregação da mulher que decide o que os filhos de Deus devem fazer. Muitas doutrinas têm sido alteradas, porque ela diz que isto é o que a igreja diz e as pessoas devem ouvir a igreja. Ela não ressalta que o povo deve ouvir o Senhor, mas que o povo deve ouvir a igreja e o papa. 

Na história da igreja houve as perseguições do Império Romano, e houve também as perseguições da Igreja Católica Romana. Quando a Igreja Católica Romana na Espanha perseguiu os filhos de Deus, ela matou um sem-número deles. A punição que aplicaram durante a Inquisição foi cruel ao extremo. Após levarem as pessoas a ponto de morrer, entregavam-nas ofegantes nas mãos do governo, dando a entender que ninguém fora morto pela mão deles. Eles sempre o farão aceitar a doutrina deles. A nação Judaica (Israel) tinha apenas uma mulher que matava os profetas; era Jezabel. Nos séculos anteriores quantas testemunhas morreram nas mãos da Igreja católica romana não sabemos. Eles afirmam que tudo o que decidem está sempre certo. O pensamento das pessoas de Tiatira deve-se ao fato de que ela permite o ensinamento de Jezabel em seu meio.

“Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer arrepender-se da sua prostituição”. Eles ainda estão unidos com o mundo e cheios do comportamento do mundo. “Eis que aprostro de cama” – não num caixão, mas numa cama. Um caixão significa que acabou; uma cama significa que não acabou. Isto quer dizer que ela não mudará durante toda a sua vida. A paciente não pode ser curada e não pode mudar. Permanecendo em sua presente situação, ela é incurável - esta é a condição da Igreja católica romana. Em 1926, Mussoline e o papa assinaram um acordo, separando o Vaticano da Itália, para que ele pudesse tornar-se um estado independente, possuindo seu próprio tribunal e polícia etc. Os crentes na Igreja católica romana aumentam anualmente. Na China, não há jornal publicado por uma igreja protestante, contudo a Igreja católica romana possui um jornal. Seu número excede três a quatro vezes o dos protestantes ³. Em Apocalipse 17, vemos a que ponto esta igreja irá desenvolver-se. Agora, sem dúvida, ela está tornando-se cada vez mais forte. Mas o Senhor diz ao Seu povo:”Saí dela”. Que o Senhor diz sobre aqueles que têm cometido adultério com ela, e sobre os seus filhos? “Prostro” (...) em grande tribulação os que com ela adulteraram, caso não se arrependam das obras que ela incita. Matarei os seus filhos” – provavelmente estas palavras referem se à destruição da igreja católica romana por Deus, por intermédio do anticristo e seus seguidores – “e todas as igrejas conhecerão que eu sou aquele que sonda mente e corações, e vos darei a cada um, segundo as suas obras”.

“Digo, todavia, a vós outros, os demais de Tiatira, a tantos quantos não têm essa doutrina e que não conheceram, como eles dizem, as cousas profundas de Satanás: Outra carga não jogarei sobre vós; tão-somente conservai o que tendes, até que eu venha”. “Os demais de Tiatira”; embora Jezabel esteja aqui, ainda há descanso. Ao ouvir que Jezabel havia decidido matá-lo, Elias ficou muito desencorajado. Que fez ele? Ocultou-se. Então Deus disse: “Que fazes aqui”? Enquanto ele estava murmurando, o Senhor disse; “Também conservei em Israel sete mil” (1Reis 19:9-18). Estes são “os demais de Tiatira”. Quando Jezabel vivia nesta terra havia Elias; portanto, na igreja católica romana também deve haver Elias; portanto deve haver também muitos que pertencem ao Senhor. Não apenas na Espanha, mas também na França e na Grã-Bretanha, houve muitos que foram queimados. O sangue de muitos foi derramado na igreja católica romana. Isto é um fato. Hoje a igreja católica romana ainda está fazendo o melhor que pode para perseguir. Graças ao Senhor, ainda há aqueles que “não têm essa doutrina e que não conheceram, como eles dizem, as coisas profundas de satanás”. As palavras “coisas profundas” em grego é bathea, que quer dizer mistério. A igreja católica romana gosta demais de usar essa palavra. Eles têm muitos mistérios, ou doutrinas profundas, em seu meio. Essas doutrinas não são do Senhor, mas são as palavras de Jezabel. Sobre os que não seguem essa doutrina, o Senhor não colocará outra carga; estes são os que já têm a Sua Palavra e devem conservá-la: “Conservem Minha palavra que vocês conhecem – isto é suficiente. Não percam o que vocês já têm, até que Eu venha”. “E ao que vencer, e guardar até o fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações, e com vara de ferro as regerá: e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai” (VCR). Essa é a primeira promessa. Qual é o significado disto? Todo aquele que cuida de ovelhas tem uma vara. Quando as ovelhas não se comportam bem, ele usa a vara para bater-lhes gentilmente. O capítulo 13 de Mateus diz que um anjo virá e ajuntará para fora do seu reino todas as coisas que ofendem, isto é, usará força para expulsar todas as coisas que não são corretas. Mas isso não significa que no milênio as nações já não existirão. Sabemos que elas estarão lá. Por meio da vara de ferro Deus quebrará estas coisas em pedaços.

O que Deus produz são pedras; o que o homem produz são tijolos. Os tijolos são muito semelhantes a pedras. A torre de Babel foi construída com tijolos. Quando aos que O imitam, da torre de Babel até a segunda Epístola a Timóteo, o Senhor diz que eles são “vasos de barro” (vasos de oleiro). O Senhor diz que o vencedor pastoreará as nações quebrará os vasos de barro em pedaços. Regerá, no texto original, significa pastoreará. A palavra pastoreará significa que não é algo feito de uma vez, mas, ao contrário, é feito batendo uma por uma, quando há necessidade. Isto é pastorear. Esse tipo de coisa provavelmente será feito continuamente até que o novo céu e a nova terra sejam
introduzidos. O reino é a introdução ao novo céu e nova terra. No novo céu e nova terra, apenas a justiça habita. Esta é a razão pela qual a vara de ferro aqui deve ser usada para pastoreá-las e quebrar em pedaços todas as coisas procedentes dos homens.

“Dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã”. Esta é a segunda promessa. A estrela da manhã é a assim chamada estrela d’alva. Na hora mais escura, exatamente na hora em que o dia está surgindo, ela aparece por um instante, e então o sol desponta. Muitas pessoas vêem o sol, mas poucas vêem a estrela da manhã. Um dia o Senhor será visto pelo mundo todo, como está citado no capítulo quatro de Malaquias: “Nascerá o sol da justiça”. Mas antes que todas veja a luz, você já poderá tê-la visto primeiro enquanto está escuro. Isso é o que significa receber a estrela da manhã. Logo antes do dia nascer, é realmente escuro. Mas é neste exato momento que a estrela da manhã aparece. O Senhor
promete ao vencedor que ele receberá a estrela da manhã na hora mais escura: isso significa que ele verá o Senhor e será arrebatado. Nós vemos o sol sempre durante as horas do dia, mas aquele que vê a estrela da manhã é alguém que prepara um momento especial para levantar-se e contemplar, enquanto os outros estão dormindo. Esta é a promessa para o vencedor.

Nas primeiras três epístolas o chamamento ao vencedor vem após “quem tem ouvidos, ouça” Primeiro lemos “quem tem ouvidos” e, então a promessa ao vencedor. Mas a partir de Tiatira a ordem é invertida. Isso prova que as três primeiras igrejas são um grupo, enquanto as quatro ultimas são outro. Há uma diferença entre os dois grupos. Antigamente foi depois que a época de Éfeso passou que a igreja de Esmirna veio, e depois que passou a época de Esmirna, veio Pérgamo, e depois que Pérgamo passou veio Tiatira. Mas agora não é quando Tiatira se vai que Sardes vem. Tiatira continuará até que o Senhor volte. Não é quando Sardes passa que Filadélfia vem, nem quando Filadélfia se vai que Laodicéia aparece. Sardes, Filadélfia e Laodicéia também continuarão até que o Senhor Jesus volte. Todas as três primeiras vieram e foram-se, mas as quatro últimas surgem gradativamente e continuarão juntas até o Senhor voltar.

Capitulo 5 do Livro A Ortodoxia da Igreja - W.Nee - Ed. Árvore da Vida

Um lar feliz (salmo 128)

Um lar feliz (salmo 128)
A felicidade é tudo o que o homem busca; é a motivação de tudo o que faz. Desde o amanhecer até o anoitecer, é isso que todos querem alcançar. Poderíamos perguntar: onde ela estar, que devemos fazer para encontra-la e qual é sua expressão?
Queremos começar a responder dizendo onde ela não estar: não estar à venda nas prateleiras dos supermercados ou em algum shopping center; também não estar no sucesso, no poder  ou na fama que uma pessoa possa conquistar; também não estar nos títulos acadêmicos que alcançamos. Não são poucos aqueles que testemunharam que todos os bens e gloria acumulada não lhes garantiram nada, a não ser um profundo vazio. Nas palavras do rei Salomão: buscar essas coisas imaginando que se estar buscando a felicidade é o mesmo que correr atrás do vento (Eclesiastes2:11).
A felicidade estar em DEUS. É ele que é a fonte da felicidade. Nessa fonte podemos encontrar tudo o que a ela estar associado: bem-estar, alegria, satisfação e paz. Nada disso  poderia ser um artigo de compra, tampouco objeto de nossas conquistas pessoais. Se quisermos a felicidade, devemos nos voltar a Deus.
Saber que a felicidade esta em Deus apenas indica onde ela pode ser encontrada, mas não nos garante que vamos conquistá-la. A bíblia apresenta dois passos para que o homem se aposse da felicidade. O primeiro é temer a Deus. Aquele que teme a Deus apresenta algumas características: ele O ama, honra-O, confia Nele e O glorifica em seu viver diário.
Temer a Deus é a melhor maneira de obter a felicidade. Mas ainda não acabou; falta dar mais um passo. É preciso andar em Seus caminhos. Os caminhos de Deus são feitos de santidade e justiça. Conforme você se separa deste mundo sujo, abominável e deixa para traz a injustiça, a mentira e as acusações, você vai encontrando o caminho que o conduz à felicidade. Seria muito bom avaliarmos que caminhos estamos  trilhando.
Assim como uma arvore tem frutos que mostram se ela é saudável, as pessoas que temem a Deus e que andam em Seus caminhos e por isso são felizes também tem Sua expressão. Essa expressão pode ser notada no interior da própria casa. Vejamos algumas dessas expressões de felicidade: cada um, esposo e esposa, torna-se uma videira frutífera. A videira na bíblia simboliza a vida, a alegria e a bênção. A expressão de felicidade no marido e na esposa pode ser vista também nos frutos que um produz para o outro. Cada um gera exatamente aquilo de que o outro precisa. Mas o fruto geral que abarca todos os outros é o amor. Se você deseja que seu cônjuge o ame, então ame a Deus e faça primeiramente Sua vontade. Quanto mais você amar o Senhor, mais seu cônjuge o amará.
Como foi possível perceber, ser um bem-aventurado, isso é, uma pessoa feliz na terra, não é algo que podemos obter por nós mesmos. Somos incapazes de conseguir tal façanha à parte de Deus. Se os casais querem ter um lar pleno de felicidade, então é hora de temer ao Senhor e andar em Seus caminhos. Se fizermos isso, Deus transformara sua casa em um lar, onde se poderá desfrutar sua bênção, prosperidade e paz, as quais se estenderão para seus filhos  e os filhos de seus filhos.



oi prima n tive oportunidade de te desejar parabéns, então te desejo paz,  alegria e segurança... q vc busque no senhor Jesus e q Deus abençoe sua família... n só isso mas q Deus te der sabedoria para criar sua filhinha, lembre-se os filhos são herança de Deus os pais estão apenas cuidando da herança de Deus   

“Arrependei-vos, porque esta próximo o reino dos céus “

“Arrependei-vos, porque esta próximo o reino dos céus “

A primeira condição para entrar no reino dos céus é nascer de novo (Jo 3:3,5). Sem a vida de Deus dentro de nós não há como reinar com o Senhor no mundo vindouro. O Senhor  gerou a igreja para que, num viver em que juntos sirvamos a Deus, tenhamos que negar a nós mesmos, de modo que a vida divina cresça em nós. Se desejarmos fazer a obra do Senhor, precisamos antes de tudo, da vida divina. O Senhor nos mostrou que não devemos gastar tempo analisando as verdades (Jo 5:39,40). Ele quer que as coloquemos em pratica (13:17), vivendo no espirito, aprendendo a negar a nós mesmos e a crescer na vida de Deus. Jesus após gerar a igreja ele deu a condição para quem quiser segui-lo (Mt 16:24...), o apostolo Pedro fala claramente em suas cartas, a respeito do negar-se a si mesmo,( ou negar a vida da alma).

O que é prioridade?

O que é prioridade? Qual é a sua prioridade? Vamos refletir?

“E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem.
Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,
E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem.”
(Mateus 24:37-39)

E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me.
Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará.
Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?
Ou, que daria o homem pelo resgate da sua alma?”
(Marcos 8:34-37)

“E todos à uma começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: Comprei um campo, e importa ir vê-lo; rogo-te que me hajas por escusado.
E outro disse: Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-los; rogo-te que me hajas por escusado.
E outro disse: Casei, e portanto não posso ir.
E, voltando aquele servo, anunciou estas coisas ao seu senhor. Então o pai de família, indignado, disse ao seu servo: Sai depressa pelas ruas e bairros da cidade, e traze aqui os pobres, e aleijados, e mancos e cegos.
E disse o servo: Senhor, feito está como mandaste; e ainda há lugar.
E disse o senhor ao servo: Sai pelos caminhos e valados, e força-os a entrar, para que a minha casa se encha.
Porque eu vos digo que nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia.[...] 
E quando Jesus ouviu isto, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa; vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres, e terás um tesouro no céu; vem, e segue-me.
Mas, ouvindo ele isto, ficou muito triste, porque era muito rico.”
(Lucas 14:1824;  18:22-23.)

“Jesus respondeu-lhes, e disse: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes.
Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou.”
(João 6:26-27)
Para Jesus, portanto, estas deveriam ser as nossas prioridades:
1 Preparar-nos para a sua volta iminente ;
2 Negar a nós mesmos e preocupar-nos com o Seu evangelho;
3 Parar de dar desculpas, aprontar-nos para a grande festa e vender tudo para segui-lo; e
4 Trabalhar pela comida que subsiste. ( Fonte: JAV.)

O sacerdócio de todos os crentes

O sacerdócio de todos os crentes: Ele enfatizou que, embora os presbíteros governem, ensinem e pastoreiem a congregação, o ministério da igreja é uma coordenação espiritual de todos os crentes no Espírito Santo. Nee escreve:
Deus pretende que todo cristão seja um “trabalhador cristão,...”. Os presbíteros não são um grupo de homens que são contratados para fazer a obra no lugar de seus membros; eles são apenas aqueles que supervisionam os assuntos. [12]
Nee continua:

No Novo Testamento todos salvos são sacerdotes; portanto, todos os salvos devem servir. Se numa igreja somente uma minoria ou uma parte está servindo, há algo errado dentro dessa igreja; ela inda é fraca. Somente quando todos estiverem servindo é que a igreja será forte. [13]
Finalmente, Nee disse:

Ser um cristão é ser um sacerdote. Não espere que ninguém seja um sacerdote para você. Você mesmo deve desempenhar essa função. Visto que não temos nenhuma classe intermediária entre nós, ninguém te substituirá nas coisas espirituais. Que não haja classes especiais de tais trabalhadores criadas em nosso meio...Todos pregarão o evangelho, todos servirão a Deus. Quanto mais prevalecente for o sacerdócio, melhor a igreja será. Se o sacerdócio não for universal, fracassamos para com Deus; não temos andando corretamente. [14]

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Nos assuntos espirituais

Nos assuntos espirituais, o conhecer a doutrina sem ter consciência dela  não serve de nada. Por exemplo, alguém pode dizer que mentir é um pecado que não se deve cometer porque lhe foi dito por outras pessoas que um cristão não deve contar mentiras. O tema verdadeiro aqui não é se é certo ou errado mentir, mas trata-se de saber se ele é ou não alertado interiormente quando conta uma mentira. Se ele não tiver consciência interior de que mentir é pecado, então, por mais que ele confesse com a boca que mentir é um pecado, isso não lhe será de nenhuma utilidade. Ele pode dizer, por um lado, que a pessoa não deve mentir, porém, por outro, ele mesmo não cessa de mentir.

O que é especial daqueles que têm a vida de Deus é que, quando mentem exteriormente, sentem-se mal interiormente, não porque saibam doutrinariamente que mentir é errado, mas porque se sentem desconfortáveis interiormente ao mentir. Isto é o que realmente significa ser chamado cristão. O que caracteriza um cristão é uma percepção interior desta consciência de vida da qual estamos falando. Aquele que não tem vida e consciência interior não é um cristão. As regras externas são meramente normas, não vida.

Digamos que seja completamente inadequado que alguém fale: “Eu conheço o ensinamento sobre o Corpo de Cristo; portanto, não devo me mover de maneira independente”. Esta pessoa necessita ter também uma consciência interior além deste ensinamento. Suponhamos que ela diga que não deve ser independente, porém, quando atua de modo independente, ela mesma não se dá conta desta independência. Com isso, ela prova que nunca viu o Corpo de Cristo. Isso não significa que ela nunca tenha ouvido os ensinamentos sobre o Corpo de Cristo, mas simplesmente indica que nunca viu sua realidade.

Ouvir o ensinamento sobre e ver a realidade do Corpo de Cristo pertencem a duas esferas totalmente diferentes. Ouvir o ensinamento sobre o Corpo é meramente uma compreensão exterior de um princípio, enquanto ver o Corpo de Cristo produz uma consciência interior. Isto é semelhante à situação em que o mero ouvir a doutrina da salvação somente dá à pessoa o conhecimento de como Deus salva os pecadores, com tudo é a aceitação do Senhor Jesus como Salvador o que cria dentro da pessoa uma percepção de Deus, bem como a consciência do pecado. Que grande diferença existe entre essas duas coisas! 

Por conseguinte, não devemos menosprezar esse assunto da consciência da vida, no sentido de que se trata não apenas de uma sensação exterior, mas também de um sentimento interior. Uma consciência como essa é a expressão da vida. A presença ou ausência dessa consciência revela a realidade ou a falta de realidade que há no interior. Ela nos ilumina sobre a existência ou não da vida de Cristo interiormente.

A consciência da vida é algo distintivo que habilita você a saber espontaneamente sem necessidade de ser informado. É demasiado tarde se você necessita que primeiro lhe informe algo, para só então se dar conta de tal coisa. O que aconteceria se cada cristão necessitasse ser informado sobre o que é pecado e o que não deve fazer? E o que aconteceria, neste caso, se ninguém estivesse ao lado dele? O que aconteceria se você esquecesse do que lhe foi dito? Vemos que o cristão não atua de acordo com o que ouve exteriormente dos demais, mas é motivado pelo que lhe é dito interiormente. Dentro dele há uma vida – uma vida interior, uma consciência interior. Suas atitudes vêm do resplandecer interior da luz de Deus, vêm da vida no interior e não da informação exterior.

Quando nascemos de novo, recebemos uma vida muito real e, por isso, temos dentro de nós uma consciência muito real. A realidade de uma consciência assim, mostra a realidade da vida divina. Pedimos a Deus que seja misericordioso conosco afim de que sempre toquemos essa consciência da vida e vivamos nela. Também pedimos a Deus que nos conceda uma consciência rica, de modo que possamos ter uma percepção sensível em todas as coisas: que nos demos conta de Deus, do pecado, do Corpo de Cristo e de todas as realidades espirituais. Que Deus nos guie no caminho e glorifique Seu próprio nome!

(Texto extraído do livro “O Corpo de Cristo uma realidade” – Watchman Nee – Publicado pela Editora dos Clássicos)

 Ora, o intuito da presente admoestação visa ao o amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia.   Mantendo  e boa consciência, porquanto alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé.(1 tm 1:7, 19)


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A diferença entre pecado e pecados

Podemos facilmente dizer que a diferença entre pecado e pecados é que pecado é singular e pecados é plural. Entretanto, precisamos distinguir claramente entre pecado e pecados. Se você não consegue diferenciar os dois, será impossível ter clareza da sua salvação. Se uma pessoa não tem clareza da diferença entre pecado e pecados, mesmo que seja salva, sua salvação provavelmente é uma salvação obscura. Que é pecado de acordo com a Bíblia? E que são pecados? Permitam-me dar uma breve definição primeiro. Pecado refere-se àquele poder dentro de nós que nos motiva a cometer atos pecaminosos. Pecados, por outro lado, refere-se aos atos pecaminosos individuais, específicos, que cometemos exteriormente.
Que é pecado? Não gosto de utilizar termos tais como “pecado original”, “a raiz do pecado”, “a fonte do pecado” ou similares. Estes termos são criados por teólogos e são desnecessários para nós agora. Seremos simples e consideraremos essa questão a partir da nossa experiência. Sabemos que há algo dentro de nós que nos motiva e nos obriga a ter certas inclinações espontâneas, que nos induz para o caminho da concupiscência e paixão. De acordo com a Bíblia esse algo é o pecado (Rm 7:8, 16-17). Todavia, não há somente o pecado interior que nos obriga e induz, há também os atos pecaminosos individuais, os pecados, os quais são cometidos exteriormente. Na Bíblia, os pecados estão relacionados com a nossa conduta, enquanto o pecado está relacionado com a nossa vida natural. Pecados são os cometidos pelas mãos, pelos pés, pelo coração, e mesmo por todo o corpo. Paulo refere-se a isso ao falar dos feitos do corpo (Rm 8:13). Então, que é o pecado? O pecado é uma lei que controla nossos membros (Rm 7:23). Existe algo dentro de nós que nos leva a pecar, a cometer o mal e esse algo é o pecado.

Se quisermos fazer uma distinção clara entre pecado e pecados, há uma parte nas Escrituras que precisamos considerar. São os primeiros oito capítulos do livro de Romanos. Esses oito capítulos mostram-nos o significado pleno do pecado. Nesses oito capítulos encontramos uma característica notável: do capítulo 1 ao 5:11, somente a palavra pecados, no plural, é mencionada; a palavra pecado, no singular, jamais é mencionada. Mas, de 5:12 até o final do capítulo oito, o que encontramos é pecado, não pecados. Do capítulo 1 até 5:11, Romanos mostra-nos que o homem tem cometido pecados diante de Deus. De 5:12 em diante, Romanos mostra-nos que tipo de pessoa o homem é diante de Deus: um pecador. Pecado refere-se à vida que possuímos. Antes de Romanos 5:12 nenhuma menção há de mortos sendo vivificados, pois o problema ali não é que alguém precise ser vivificado e, sim, que os pecados individuais que alguém cometeu precisam ser perdoados. De 5:12 em diante, temos a segunda seção. Aqui vemos algo forte e poderoso dentro de nós como uma lei em nossos membros, que é o pecado, que nos induz e obriga a cometer os pecados, os atos pecaminosos. Por isso há necessidade de sermos libertados.

Os pecados têm a ver com a nossa conduta, e para isso a Bíblia mostra-nos que precisamos de perdão (Mt 26:28; At 2:38; 10:43). Porém, o pecado é o que nos incita, induz-nos a cometer os atos pecaminosos. Por isso, a Bíblia mostra-nos que precisamos de libertação (Rm 6:18, 22). Certa vez encontrei um missionário que falava sobre “o perdão do pecado”. Imediatamente levantei-me, apertei sua mão e perguntei: “Onde na Bíblia se diz ‘perdão do pecado’?” Ele argumentou que existiam muitos casos. Quando lhe perguntei se podia encontrar um para mim, ele disse: “Que você quer dizer? Não é possível encontrar nem sequer um lugar que diga isso?” Eu disse-lhe que em toda a Bíblia, em nenhum lugar são mencionadas as palavras o perdão do pecado; em vez disso, a Bíblia sempre fala de “perdão de pecados”. Os pecados é que são perdoados, não o pecado. Ele não acreditou em minhas palavras, então foi procurar em sua Bíblia. Finalmente me disse: “Sr. Nee, é tão estranho. Toda vez que essa frase é usada, um pequeno s é adicionado a ela”. Creio que você pode ver que os pecados é que são perdoados, não o pecado.
Os pecados são exteriores a nós. Eis por que precisam ser perdoados. Contudo, algo mais está dentro de nós, algo forte e poderoso que nos leva a cometer pecados. Para isso precisamos não de perdão, mas de libertação. Precisamos ser libertados. Tão logo não estejamos mais sob seu poder e nada tenhamos a ver com ele, estaremos em paz. A solução para os pecados vem do perdão. Entretanto, a solução para o pecado vem quando não estivermos mais debaixo do seu poder e não tivermos mais nada a ver com ele. Os pecados estão relacionados com as nossas ações e são cometidos um por um. Eis por que precisam ser perdoados. O pecado, porém, está dentro de nós e precisamos ser libertados dele.
Portanto, a Bíblia nunca diz “perdão do pecado”, mas “perdão dos pecados”. Tampouco a Bíblia fala sobre ser “libertado dos pecados”. Posso assegurar-lhes que a Bíblia nunca diz isso. Pelo contrário, a Bíblia diz que somos “libertados do pecado”, em vez de libertados dos pecados. A única coisa da qual precisamos escapar e ser libertados é daquilo que nos incita e nos induz a cometer pecados. Essa distinção é feita de modo bastante claro na Bíblia. Posso comparar os dois desta forma:
De acordo com a Bíblia, o pecado está na carne; enquanto os pecados estão na nossa conduta.
O pecado é um princípio dentro de nós; é um princípio da vida que temos. Os pecados são atos cometidos por nós; são atos em nosso viver.
O pecado é uma lei nos membros. Os pecados são transgressões que cometemos; são atividades e atos reais.
O pecado está relacionado com o nosso ser; os pecados estão relacionados com o nosso agir.
Pecado é o que somos; pecados é o que fazemos.
O pecado está na esfera da nossa vida; os pecados estão na esfera da consciência.
O pecado está relacionado com o poder da vida que possuímos; os pecados estão relacionados com o poder da consciência. Uma pessoa é governada pelo pecado em sua vida natural, mas ela é condenada em sua consciência pelos pecados cometidos exteriormente.
Pecado é algo considerado como um todo; pecados são coisas consideradas caso a caso.
O pecado está no interior do homem; os pecados estão diante de Deus.
O pecado requer que sejamos libertados; os pecados requerem que sejamos perdoados.
Pecado diz respeito à santificação; pecados se relacionam com a justificação.
Pecado é uma questão de vencer; pecados é uma questão de ter paz no coração.
O pecado está na natureza do homem; os pecados estão nos hábitos do homem.
Figurativamente falando, o pecado é como uma árvore e os pecados são como o fruto da árvore.

Podemos tornar essa questão clara com uma simples ilustração. Ao pregar o evangelho, freqüentemente comparamos o pecador a um devedor. Todos sabemos que ser devedor não é algo agradável. Contudo devemos lembrar que uma coisa é alguém ter dívidas; e outra coisa é ter disposição para contrair dívidas. Uma pessoa que toma empréstimos seguidas vezes não se importa tanto com o fato de usar dinheiro alheio. A Bíblia diz que os cristãos não devem ser devedores (Rm 13:8); eles não deveriam tomar emprestado dos outros. Uma pessoa com tendência a tomar emprestado pode pedir duzentos ou trezentos dólares de alguém hoje e, depois, dois ou três mil dólares de outro amanhã. E mesmo que seja incapaz de pagar suas dívidas e seus parentes ou amigos tenham de pagá-las por ele, após uns poucos dias ele começará a pensar em pedir emprestado novamente. Isso mostra que tomar emprestado é uma coisa, mas ter tendência para o empréstimo é outra. Os pecados descritos pela Bíblia são como débitos exteriores, enquanto pecado é como o hábito e a disposição interiores, é como a mente que tem a inclinação de tomar emprestado facilmente. Uma pessoa com tal mente não irá parar de tomar emprestado simplesmente porque alguém pagou seus débitos. Pelo contrário, ela pode até mesmo tomar emprestado ainda mais, porque os outros agora estão pagando suas dívidas.

Essa é a razão de Deus não tratar apenas com o registro dos pecados, mas também com a inclinação para o pecado. Podemos ver a importância de lidar com os pecados, mas é igualmente importante lidar com o pecado. Somente ao vermos ambos os aspectos é que o nosso entendimento sobre nossa salvação será completo.

Livro: “O Evangelho de Deus” - Watchman Nee

Lidar com o sexo oposto

Nossa proposta é dar uma palavra de orientação aos jovens no que diz respeito ao assunto de casamento. Se estas palavras forem levadas em consideração, haverá muitas uniões saudáveis entre os jovens que estão pensando em tomar a decisão de casarem-se.

Primeiramente é necessário considerarmos uma porção que aparece pelo menos três vezes nas Escrituras, a saber: "Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gênesis 2:24; Mateus 19:5; Efésios 5:31). Essas três referências foram ditas respectivamente pelo Pai, o Filho e o Espírito ao inspirar o apóstolo Paulo. Assim, podemos afirmar que casamento é um assunto muito sério que envolve a participação do Deus Triúno. Além disso, nessa porção da Palavra, podemos destacar três princípios importantes para os jovens quanto ao casamento e ao que deve preveni-los para esse assunto:

1) Deixar pai e mãe;
2) se unir à sua mulher;
3) tornar-se os dois uma só carne.

A expressão "deixa o homem pai e mãe" diz respeito às condições práticas e básicas para assumir responsabilidade; por exemplo: a idade e recursos financeiros. Será que você, jovem, tem idade e recursos para assumir essa responsabilidade com alguém, sem ter de depender de seus pais? Você já consegue responder à altura das exigências que uma vida conjugal trará? Pois bem, se sua resposta para esse primeiro princípio for positiva, você já tem um terço do caminho andado.

Vejamos agora a segunda expressão: "se une à sua mulher", que podemos aplicar à questão do testemunho. Essa união aqui descrita diz respeito ao testemunho que os jovens devem espontaneamente dar à sociedade, à família, à igreja e a Deus acerca de seu relacionamento com a pessoa do sexo oposto, que, nessa altura, é seu ou sua pretendente; nesse caso, noiva ou noivo.

Esse testemunho indica que, ao longo de seu relacionamento, os jovens tomaram o cuidado de manterem-se incontaminados deste mundo corrupto, buscando o Senhor e enchendo-se de vida, sendo esse o cuidado mais importante para a fase pré-nupcial. Dessa forma, os jovens terão condições de estar diante do juiz de paz para testemunhar isso, assinando uma certidão de casamento e provando a este mundo que o casamento é para cumprir o propósito de Deus. Assim, unir-se à sua mulher é o mesmo que celebrar as bodas, resultado de um relacionamento sadio e sem indícios de fornicação.

Por fim, a terceira expressão é "tornando-se os dois uma só carne". Aqui podemos ver as relações íntimas da vida conjugal, ou seja, as núpcias propriamente ditas. Isso indica que a esfera saudável e permitida por Deus para a relação sexual é o casamento que, segundo as referências que destacamos acima, nada mais é do que ter condições de assumir responsabilidade. Tornar-se os dois uma só carne é um dos atos mais lícitos que o casamento pode permitir (cfe. Mt 19:9).

Contudo, amados jovens, o que vemos hoje no mundo é exatamente o contrário. Enquanto a Palavra de Deus nos encoraja e orienta “deixar", "unir-se" e "tornar-se", o mundo, por sua vez, prega a ordem inversa, isto é, tornam-se uma só carne precocemente, pela prática da fornicação e, conseqüentemente não conseguem unir-se à sua mulher, tendo de, em poucos casos juntarem-se, consumando a união na mácula do testemunho. E por não conseguirem arcar com a seqüências, não conseguem deixar pai e mãe, tendo os pais de cuidar dos netos por falta de maturidade dos filhos em assumir responsabilidade.

E quanto a nós? Precisamos buscar a luz do Senhor nessas porções das escrituras e rogar por graça para praticarmos, não permitindo que Cristo e a igreja tenham perda. Pelo contrário, sejamos um antitestemunho para esta geração pervertida e corrupta, permanecendo na realidade do evangelho e aplicando diariamente a Palavra ao nosso viver. Busquemos também comunhão com os mais experientes, os que o Senhor estabeleceu como nossos pais espirituais a fim de não tomarmos decisões precipitadas.


Fonte: Jornal Árvore da Vida nº 151

A pressão do pecado

Quantos de nós têm alguma experiência nítida de vencer o pecado? Quem entre nós conhece como a lei do Espírito de vida em Cristo Jesus nos liberta da lei do pecado e da morte? Quem tem explicitamente tratado com o pecado e o vencido? Por que tão poucos de nós, cristãos, somos libertados da escravidão do pecado? Pode ser talvez devido à nossa incapacidade de usar este princípio: saber como usar a pressão do pecado sobre nós; pelo contrário, desmaiamos sob sua pressão. Falhamos por não usar essa pressão para clamar a Deus e buscar Seu livramento. Quão freqüentemente devemos ser pressionados pelo pecado até esse ponto — pressionados além da nossa medida, de tal forma a não podermos ajudar ou a salvar a nós mesmos — antes que se torne real termos o poder para ir a Deus e receber a vitória de Cristo. Então, seremos libertados. Suponhamos, por exemplo, que um crente, involuntariamente, conte mentiras com freqüência. Um pequeno descuido e uma mentira escapará da sua boca. Ele não poderá vencer esse pecado se não tiver a consciência da impiedade das mentiras e da dor do mentir, tampouco sentirá profundamente que está sob a opressão das mentiras e que não tem força alguma para lutar contra elas. Somente quando desejar não cometer esse pecado é que ele reconhecerá quanto está sob sua pressão. Lutar contra o pecado só aumenta cada vez mais nesse cristão a consciência da opressão do pecado. Ele ainda não pode falar sem mentir e vai-se tornando cada vez mais e mais miserável.

Quando e como pode ele encontrar livramento desse pecado? Não antes de confessar, um dia, que, não importa quanto tente, ele simplesmente não pode vencer esse pecado e sente que seria melhor se estivesse morto. Está tão consciente da pressão desse pecado que não pode mais suportá-lo. A pressão no momento é grande o suficiente e, por isso, o poder de vencê-la torna-se suficientemente grande também. Dessa vez, ele parece ter maior poder pelo qual pode ir a Deus e clamar pelo livramento, como também muito maior capacidade para receber a obra de Cristo. Em seguida, dirá a Deus: "Ó Deus, não posso viver se Tu não me capacitares a vencer meu pecado por meio da obra consumada do Senhor Jesus". Quando se apega a Deus dessa forma, ele vence. Você vê como a pressão do pecado lhe dá poder para ir a Deus em busca do livramento? 

Usemos outra ilustração. Um crente é incomodado por pensamentos impuros. Ele não tem como refrear esses pensamentos impuros. Ele sabe que isso não é certo, mas não consegue resistir nem tem poder para orar a Deus. Ele poderá tentar resistir e até mesmo tentar orar, mas parece que está tentando sem muita dedicação. Não existe poder. Por quê? Porque ele ainda não sentiu a pressão do pecado e, por isso, não tem o poder do livramento. Mas se ficar perturbado por esses pensamentos, não apenas uma ou duas, mas uma centena de vezes, e for vencido todo o tempo a despeito dos seus esforços, então sofrerá a dor da confissão e das derrotas a ponto de não poder mais suportar a pressão, nem mesmo por mais cinco minutos. E é nesse momento que ele recebe a fé como também o poder para vencer seu pecado. Nos dias comuns, ele não tem nem fé nem poder. Mas quando experimenta o calor da pressão, sua fé parece acumular poder. Normalmente, sua resistência no passado era pequena, mas agora, depois de a pressão ter aumentado tanto, sua resistência torna-se mais poderosa.

Lembremos, portanto, que a pressão visa a produzir poder. Utilizemos a pressão, em nosso viver diário, para transformá-la em poder a fim de progredir espiritualmente. Tenha em mente também que um crente poderoso não possui qualquer medida extra de poder além do que nós mesmos possuímos; ele simplesmente sabe como utilizar a pressão sobre ele e está determinado a fazê-lo.

Trecho retirado do livro: "O Poder da Pressão" de Watchman Nee

Como vencer a carne


Deus detesta e abomina a carne. A carne, como vimos, é representada por Amaleque, o primeiro inimigo que o povo de Israel encontrou ao entrar no deserto. Deus já havia dito a Moisés que haveria guerra contra Amaleque de geração em geração. Quando Israel lutou contra os amalequitas, como Josué os venceu? Por meio das mãos levantadas de Moisés, que representam a oração (Êxodo 17). Orar é “erguer as mãos aos céus”, é estar em união com o Senhor. Esta é a chave para vencermos a carne. Sempre que estamos em comunhão com o Senhor em oração, nos unimos organicamente a Ele, e, assim, não há como a carne vencer.

“Amaleque” muitas vezes tenta enganar-nos mostrando seu lado bom e atraente. No entanto, devemos discernir que nada há de bom na carne. Nela não há nada que nos traga algum benefício. Somos enganados se pensamos que podemos salvar alguma coisa dela. Seu alvo é destruir-nos; por isso, nossa luta não é simplesmente defender-nos, antes é atacar a carne até subjugá-la e destruí-la totalmente. Como isso é possível e real para nós? Estando no espírito, pois nele temos a realidade da cruz de Cristo. Gálatas 5:24 nos diz que os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com suas paixões e concupiscências. Lancemos mão destas “armas” importantes que são a oração, andar e viver no espírito, e tomar a cruz. A oração nos leva a andar e viver no espírito, onde temos toda a realidade e a eficácia da cruz de Cristo. Estejamos sempre em constante comunhão com o Senhor, orando em todo tempo no espírito. “Quero, portanto, que os varões orem em todo lugar, levantando mãos santas” (1 Timóteo 2:8).


Trecho extraído do livro “Um homem segundo o coração de Deus”, de Dong Yu Lan, publicado pela Editora Árvore da Vida.

FILHO DE UMA ÁRVORE FRUTÍFERA


Gênesis 49:22 registra a bênção profética de Jacó para José: “Filho de uma árvore frutífera é José, filho de uma árvore junto à fonte; estendendo seus ramos por sobre o muro” (lit.). Se José é o ramo, o filho, então a árvore frutífera deve ser Jacó, o pai. O fato de Jacó ter tido doze filhos revela-o muito frutífero.

Como uma pessoa frutífera, Jacó representa o Deus que gera vida. Em João 15 lemos que Cristo é a videira verdadeira. Portanto, Ele, como a corporificação de Deus, á a árvore produtora de vida. O Filho é a ramificação de Deus; por esta razão, Cristo é também chamado de Renovo (Jeremias 23:5; Zacarias 6:12). A Bíblia, por uma lado, diz que Cristo é uma árvore e, por outro, considera-O como um ramo. Como a corporificação de Deus, Ele é a árvore; mas como Sua expansão, Ele é o ramo. Assim, José, o filho, era parte de Jacó, o pai frutífero. Em tipologia, José era Cristo, o Filho de Deus, o qual se constitui ramificação do Deus frutífero.

Jacó disse que José é um filho de uma árvore frutífera que está junto à fonte. Uma árvore necessita de água para sobreviver. Em tipologia, essa fonte de água é Deus. Jacó, uma árvore frutífera, vivia por intermédio de Deus, sua fonte. Jacó percebia que sua frutificação provinha de Deus como a fonte, e José, como filho dessa árvore frutífera manifestava todas as suas riquezas.

O filho, o ramo da árvore frutífera, tem galhos que se estendem por sobre o muro (Gênesis 49:22). De acordo com a figura, José moveu-se para além do muro, que representa a boa terra, estendendo-se até o Egito. Sendo uma figura de Cristo, podemos dizer que, hoje, Cristo está estendendo-se por sobre quaisquer muros que O restrinjam. Muitas vezes limitamos o Senhor ao nosso espírito, mas Sua vida que é dinâmica e frutífera deseja expandir-se, a fim de alcançar outros. Se dermos ao Senhor livre caminho por nós, Ele frutificará por sobre o muro.

Também nós, assim como José, devemos dispensar a Palavra de Deus às pessoas, devemos apresentar as riquezas de Cristo para os filhos de Deus. Mas para isso precisamos ter a Palavra armazenada em nosso coração, não como mera doutrina, mas como revelação e experiência.

Trechos extraídos do livro “As Riquezas Insondáveis de Cristo”, de Dong Yu Lan, publicado pela Editora Árvore da Vida.

“Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus;
Colossenses 1:10.Esse é mas um texto que nos encoraja a crescer na vida de Deus para o cumprimento da sua vontade, que o Senhor nos conceda graça e sabedoria. “
                                                                 Jesus é o Senhor

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Negociar os talentos até que Ele venha



Além do crescimento de vida, ainda há outro pré-requisito: que sejamos fiéis na obra de Deus, ou seja, que negociemos os talentos que Ele nos confiou (Mateus 25:14-30). A multiplicação dos talentos está relacionada com ganhar pessoas para o Senhor, ou seja, pregar-lhes o evangelho para encher a terra e sujeitá-la ao Seu senhorio.

O Senhor nos deu talentos segundo a capacidade de cada um. Do que recebeu cinco talentos, Ele espera que negocie e ganhe outros cinco; então, quando vier, o Senhor ficará muito contente com ele. Do que recebeu dois talentos, do mesmo modo, Ele espera que negocie e ganhe outros dois, pois assim também ficará contente com esse. E mesmo o que recebeu um talento, o Senhor espera que ele negocie e ganhe mais um. Se este for fiel, Ele lhe dirá naquele dia a mesma coisa que disse aos outros que receberam mais talentos: “Muito bem servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei” (Mateus 25:21 e 23). E assim poderão reinar com Ele e governar sobre as nações.

Por isso todos nós precisamos sair e negociar nossos talentos. Precisamos sair e fazer a obra de expansão do evangelho. Ao sair, vamos usar a capacidade que o Senhor nos deu para ajudar as pessoas a serem salvas. Vamos também levar o evangelho da vida, o evangelho do reino, para aqueles que já são filhos de Deus a fim de que cresçam e se preparem para a vinda do Senhor. Não podemos acomodar-nos e ficar parados apenas “desfrutando” da salvação e da maravilhosa vida da igreja.

Devemos aproveitar todas as oportunidades que o Senhor nos tem dado hoje, na vida da igreja, a fim de termos experiências na obra do Senhor e nos serviços da igreja. Isto é, devemos aplicar o que ganhamos do Senhor e investir nas coisas do reino. Se você tem experiências hoje e isso o faz crescer em vida, no reino milenar a sua porção não será pequena (2 Pedro 1:10-11). Além disso, enquanto o Senhor não vem, devemos continuamente negociar nossos talentos e multiplicá-los. Na parábola das minas em Lucas 19, o Senhor disse a Seus servos: “Negociai até que eu volte” (v. 13). Não podemos aposentar-nos na obra do Senhor, antes, devemos exercitar diligência cada vez maior, pois no reino não seremos apenas cidadãos, mas administradores com o Senhor, que estará reinando.


Trecho extraído do livro “O Caminho Para Viver e Reinar com Cristo”, de Dong Yu Lan, publicado pela Editora Árvore da Vida.

sábado, 19 de novembro de 2011

A força cristã e a psíquica
Já vimos como Adão foi investido com habilidades extraordinárias e surpreendentes, quando foi criado por Deus. Esses poderes aparentemente miraculosos caíram com Adão. Pessoas que são ignorantes nesse assunto tendem a pensar que em sua queda Adão perdeu todos estes poderes maravilhosos. Porém, as evidências produzidas pela parapsicologia moderna indicam que ele não perdeu seu poder original, mas que este ficou apenas aprisionado em sua alma. Durante os cinco ou seis mil anos passados houve muitos entre os descrentes que foram capazes de demonstrar esta força da alma. Dentro dos últimos cem anos, mais e mais pessoas foram capazes de manifestar este poder latente da alma. A habilidade original de Adão não foi perdida; ela está apenas escondida em sua carne. Nesta parte da mensagem falarei sobre a relação entre este poder psíquico latente e um cristão. A menos que conheçamos seu perigo, não saberemos como nos prevenir contra ele. Eu convido você a observar principalmente os quatro fatos seguintes:

Quatro Fatos

(1) Havia em Adão um poder quase ilimitado, uma capacidade quase miraculosa. Nós a chamamos de poder da alma. As pesquisas psíquicas modernas provaram a existência de tal habilidade dentro do homem. Desde a descoberta de Mesmer em 1778, todos os tipos de poder latente têm sido exibidos e manifestos psíquica ou religiosamente. Eles são apenas a liberação da força da alma do homem. Não devemos esquecer que estes poderes da alma estavam no homem antes da sua queda, mas tornou-se latente nele posteriormente.

(2) Satanás deseja controlar o poder latente da alma do homem. Ele está bem ciente de que existe tal poder na alma do homem, o qual é capaz de realizar muitas coisas. Por isso, seu desejo é colocá-lo sob seu controle e não sob o controle de Deus. Satanás quer usá-lo para seu próprio propósito e seu alvo ao tentar Adão e Eva no jardim era ganhar e controlar o poder da alma deles. Tenho falado freqüentemente sobre o significado espiritual da árvore do conhecimento do bem e do mal e da árvore da vida. O significado da árvore da ciência do bem e do mal é a independência, a aceitação de ações independentes. Porém, a árvore da vida significa dependência ou confiança em Deus. Seu significado diz mais, que a vida original de Adão era apenas uma vida humana e por isso, precisava depender de Deus e receber a vida de Deus a fim de viver. A árvore do conhecimento do bem e do mal revela que o homem não precisa depender de Deus e que pode trabalhar, viver e produzir fruto por si mesmo. Por que levanto tais questões? Simplesmente para mostrar a você a causa da queda de Adão e Eva. Se pudermos liberar o poder latente de Adão, nós também poderemos executar maravilhas. Mas, temos permissão para isso? Satanás sabia que havia tal força que produzia maravilhas no homem e, por isso, tentou o homem levando-o a declarar sua independência de Deus. A queda no jardim do Éden não foi outra coisa senão uma ação independente do homem causando sua separação de Deus. Tomando conhecimento da história da queda no jardim podemos perceber qual foi o propósito de Satanás. Ele pretendia ganhar a alma do homem. Quando este caiu, sua capacidade original e força miraculosa caíram totalmente nas mãos de Satanás.

(3) Hoje Satanás deseja liberar e manifestar o poder latente da alma. Logo que o homem caiu, Deus aprisionou os poderes psíquicos do homem em sua carne. Seus muitos poderes ficaram confinados e ocultos na carne como uma força latente - presentes, mas inativos. Depois da queda tudo o que pertence à alma fica sob o controle e escravidão àquilo que pertence à carne. Todas as forças psicológicas são consequentemente governadas por forças fisiológicas. O objetivo de Satanás é liberar o poder da alma do homem através do rompimento da casca exterior de sua alma, a fim de libertá-lo do seu cativeiro carnal manifestando, desse modo, seu poder latente. Este é o sentido de Apocalipse 18:13 com respeito a fazer comércio de almas humanas. Na verdade a alma do homem tornou-se um dos muitos artigos das mercadorias do inimigo. Ele deseja, principalmente, ter as capacidades psicológicas do homem como sua mercadoria. No fim dos tempos, particularmente durante o tempo presente, a intenção de Satanás é concluir o que ele começou no jardim do Éden. Embora tenha iniciado o trabalho de controlar a alma do homem no jardim, ele não foi bem sucedido, porque após sua queda, todo o ser do homem, incluindo seu poder da alma, ficou sob o domínio da carne. Em outras palavras, as forças psicológicas do homem caíram sob o domínio de suas forças fisiológicas. O inimigo fracassou em fazer uso do poder da alma do homem; consequentemente seu plano foi frustrado. Durante este milênio, Satanás tem se esforçado em influenciar os homens no sentido de expressarem seu poder latente. De vez em quando ele encontrou aqui e ali, pessoas nas quais alcançou êxito no extrair sua força da alma. Estes se tornaram líderes religiosos operadores de maravilhas dos séculos. Porém, nos últimos cem anos, desde a descoberta de Mesmer na parapsicologia, muitas novas descobertas de fenômenos psíquicos se seguiram. Tudo isso com um só motivo: o inimigo está procurando concluir seu trabalho anteriormente fracassado. Ele planeja liberar todos os poderes latentes dos homens. Este é o seu único propósito, o qual vem cultivando durante milênios. Essa é a razão porque ele comercia com as almas dos homens, além de mercadorias como ouro, prata, pedras preciosas, pérolas, gado e cavalos. De fato ele tem exercitado sua força máxima para obter esta mercadoria especial.

(4) Como Satanás faz uso desses poderes latentes? Quais são as muitas vantagens para ele?

(a) Ele será capaz de cumprir sua promessa original feita ao homem de que "vós sereis como Deus". Em sua habilidade de operar muitas maravilhas, os homens se considerarão como deuses e adorarão não a Deus, mas a si mesmos.

(b) Confundirá os milagres de Deus. Ele deseja levar a humanidade a crer que todos os milagres na Bíblia são apenas psicológicos em sua origem, rebaixando, desse modo, o seu valor. Ele quer que os homens pensem que são capazes de fazer tudo o que o Senhor Jesus fez.

(c) Ele confundirá a obra do Espírito Santo. O Espírito Santo trabalha no homem através do espírito humano, mas agora Satanás forja na alma do homem muitos fenômenos semelhantes às operações do Espírito Santo, levando-os a experimentarem falsos arrependimentos, falsa salvação, falsa regeneração, falso reavivamento, falsa alegria e outras imitações das experiências do Espírito Santo.

(d) Ele usará o homem como seu instrumento na oposição final contra o plano de Deus nesta última era. O Espírito Santo é o poder operador dos milagres de Deus, mas a alma do homem é o poder operador de milagres de Satanás. Os últimos três anos e meio (durante a grande tribulação), será um período de grandes maravilhas realizadas pela alma do homem sob a direção de Satanás.

Resumindo, vemos que (1) todos estes poderes miraculosos já estão em Adão, (2) o objetivo de Satanás é controlar estes poderes, (3) no tempo do fim Satanás está e continuará a estar envolvido principalmente: manifestar esses poderes, e (4) esta é a sua tentativa para concluir sua tarefa anteriormente fracassada. 


Fonte: "O Poder Latente da Alma" de Watchman Nee