quinta-feira, 15 de março de 2012

A Visão da Era ,O Ministério da Era, O Ministro da Era

A Visão da Era
A Bíblia revela que a visão é crucial. Por quê? Porque a visão governa e controla tanto o nosso viver com nosso serviço como crentes (Pv 29:18; At 26:19).
Pv 29:18a - Não havendo profecia, o povo se corrompe...
At 26:19 - Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à 1visão celestial.
nota de rodapé 26:191 - Não uma doutrina, uma teoria, um credo religioso ou qualquer teologia, mas uma visão celestial, na qual o apóstolo viu as coisas divinas acerca do dispensar do Deus Triúno em Seu povo escolhido, redimido e transformado. Toda a sua pregação nesse livro e em seus escritos contidos nas catorze epístolas, de Romanos a Hebreus, é uma descrição detalhada dessa visão celestial vista por Paulo.
Os israelitas primeiro receberam o padrão no monte da parte de Deus antes de edificarem o tabernáculo. Precisamos primeiro ter uma visão antes de podermos obedecê-la. Paulo disse: "Não fui desobediente à visão celestial" (At 26:19).Algumas pessoas têm uma visão carnal, mas precisamos ter uma visão celestial. Diante do Senhor, precisamos ter clareza sobre o padrão que está de acordo com o plano eterno de Deus. Todos os homens que Deus usou grandemente no passado tiveram uma visão. Precisamos primeiro ter uma visão antes de nos tornarmos úteis. O sonho de José foi sua visão e ele se cumpriu no final. (The Collected Works of Watchman Nee, vol. 41, p. 59)
... Paulo disse ao rei Agripa: "Não fui desobediente à visão celestial" (At 26:19). Paulo não desobedeceu a visão celestial que recebera. A visão nos guarda, nos fortalece. O ladrar não pode nos afetar porque vimos alguma coisa tão real. Espero que todos nós tenhamos a visão da verdadeira unidade no universo. Se tivermos essa visão, não seremos distraídos por nada... (The Intrinsic View of the Body of Christ, p. 89)
Em Atos 26:19 Paulo disse ao rei Agripa que não fora desobediente à visão celestial. Paulo não podia ser desobediente àquilo que vira. Seu comissionamento era de acordo com sua visão. O que você vai fazer para o Senhor deve ser de acordo com o que tem visto do Senhor. Porque viu algo da parte do Senhor, você tem de fazer algo pelo Senhor de acordo com o que viu. Assim, o comissionamento é de acordo com o que viu; a visão gera o comissionamento. (Um Jovem no Plano de Deus, p. 36)
"Não havendo visão, o povo se corrompe" (Pv 29:18, Hb.). Para corrermos numa pista reta, precisamos de visão. Se a visão for clara, não nos extraviaremos... (Life Messages, vol. 1, p. 133)
... Como Provérbios 29:18 diz: "Não havendo visão, o povo se corrompe" (Hb). Uma visão controla, mas o conhecimento não. Não é suficiente saber que Cristo é vida. Você precisa ver isso como uma visão que governa sua vida. (Life Messages, vol. 1, p. 361)
Aquilo que nossa visão é vai governar nossa vida e serviço cristão. Nosso viver e nosso serviço só podem chegar ao nível de nossa visão.
Além disso, a visão é a fonte da unanimidade prática. Desde a época de Martinho Lutero, por toda a história da restauração do Senhor como o desvendar da revelação divina avançou, alguns dentre o povo do Senhor não reagiram ao mover do Senhor. Espontaneamente, eles não são unânimes com aqueles que estão seguindo a restauração atual do Senhor.
Quando não há visão, o povo não tem freio, porque não há unanimidade. É verdade que muitos amam ao Senhor e servem a Deus, mas cada um tem sua opinião e sua visão própria. Como conseqüência, não há como ter a unanimidade. É por isso que o cristianismo tornou-se tão fraco. O povo de Deus está dividido e retalhado. As divisões estão em todos os lugares. Embora todos digam que amam o Senhor, não há visão clara, e homens são "levados ao redor por todo vento" (Ef 4:14). (A Visão da Era, p. 69)
Hoje, podemos ter unanimidade porque temos uma única visão e um só parecer. Todos temos essa visão atual, uma visão que herda todas as visões anteriores. Temos um só ponto de vista. Falamos a mesma coisa, com um coração, uma só boca, a uma só voz, com um só tom, servindo juntos ao Senhor. O resultado é um poder que se tornará nosso moral forte e impacto. Essa é a nossa força. Uma vez que a restauração do Senhor se apodere dessa força, surgirá a glória do aumento e multiplicação. Hoje, nossa situação ainda não atingiu esse ponto; ainda não atingiu o pico. Embora não tenhamos muitas grandes disputas entre nós, temos, não obstante, algumas pequenas queixas e críticas. Essas coisas abatem o moral. (A Visão da Era, pp. 70-71)
Recentemente, senti a importância da unanimidade. Enquanto tivermos pareceres diferentes, mesmo que seja sobre um ponto insignificante, não conseguiremos ter unanimidade. É por isso que, neste treinamento, já desde o começo, falei sobre a visão na restauração do Senhor. Creio que todos vocês amam o Senhor, e todos querem ser unânimes, mas se nossa visão não estiver atualizada, ser-nos-á impossível ser um. (A Visão da Era, p. 90)
... Nos últimos dezesseis séculos, houve muitos que amaram o Senhor, mas não conseguiram ser unânimes. A razão não é que havia pecado ou algum mal entre eles, mas a visão que cada um tinha era diferente em grau. Cada um permaneceu no grau da visão que teve. Pelo de esses graus serem diferentes, espontaneamente não houve unanimidade. (A Visão da Era, pp. 98-99)
O termo "a visão da era" tem sua base na revelação progressiva na Bíblia. Na Bíblia, todas as verdades - sobre o próprio Deus, Sua salvação, Seu propósito, etc. - são revelados de uma forma progressiva. A revelação divina que é revelada numa era específica se torna a visão daquela era, governando a vida e o serviço dos que buscam ao Senhor.
Todo aquele que lê a Bíblia deve conhecer uma coisa a mais: a Bíblia é a revelação de Deus dada a nós em muitas passagens e de muitas maneiras (Hb 1:1). Deus nos concede revelação não só em muitas passagens, mas de muitas maneiras, e toda vez que Ele nos concede uma nova revelação, ela é mais avançada que as anteriores. Temos de descobrir o avanço da verdade de Deus por toda a Bíblia. Isso não equivale a dizer que a revelação da Bíblia é incompleta. A Sua revelação está contida na Bíblia toda e é completa, mas esta é progressiva. No primeiro estágio, Deus se revelou de certa forma. No segundo estágio, mais de Sua revelação foi acrescentada ao primeiro. No estágio seguinte, mais revelações foram acrescentada. Isso é verdade em cada estágio sucessivo, o caminho todo até à completação. Não podemos dizer que a revelação de Deus é imperfeita em qualquer dos estágios, mas quando comparamos com a revelação total, cada revelação é incompleta. A revelação de Deus para Abraão foi perfeita em sua época, mas quando nós a vemos à luz da revelação total hoje, percebemos que a revelação a Abraão não era suficiente. Temos de aprender a seguir a revelação de Deus através de Adão, Abraão, os filhos e Israel, Moisés, etc. de uma forma plena e completa. Sua revelação é sempre progressiva. (The Collected Works of Watchman Nee, vol. 54, p. 141)
Ao lermos a Bíblia, descobrimos que a revelação de Deus é sempre progressiva e está avançando. Se somente prestarmos atenção aos absolutos finais quando lemos a Bíblia, e fracassarmos em ver que a revelação é progressiva, não seremos capazes de nos mantermos no caminho de Deus. A revelação de Deus é progressiva. As ofertas em Gênesis foram menos profundas que as em Êxodo, enquanto que as ofertas em Levítico eram mais profundas que aquelas em Êxodo. Esse é um exemplo de progresso. Toda a revelação na Bíblia é progressiva. Se colocarmos todos os estágios avançados juntos, teremos uma figura completa. Os absolutos na Bíblia são a somatória dos progressos individuais. (The Collected Works of Watchman Nee, vol. 55, pp. 249-250)
... Temos de ver que, em cada era, Deus dá somente uma visão para ao homem. Em Adão, vemos a redenção de Deus. Em Abel, vemos o caminho de Deus para a redenção. Em Enos, vemos a necessidade que o homem tinha de Deus, e o homem invocando a Deus para desfrutar as Suas riquezas. Em Enoque, vemos um redimido que andou com Deus na senda da redenção. Em Noé, vemos alguém que andou com Deus e trabalhou com Ele para edificar a arca, a fim de satisfazer a necessidade daquela geração.

Em seguida, em Abraão, vemos o chamamento de Deus, a Sua promessa, a justificação pela fé, o viver pela fé e o viver em comunhão com Deus. Em Isaque, vemos alguém que herdou a graça, o descanso e desfrute. Em Jacó, vemos a eleição de Deus, a transformação de vida e a maturidade em vida. Em José, vemos o aspecto reinante da maturidade de vida. Depois disso, vemos vários aspectos em Moisés, Arão, Josué e os juízes. Em Samuel, vemos o nazireu consagrado voluntariamente, que substituiu os sacerdotes ordenados, concluiu a era dos juízes e introduziu a era do reino. (A Visão da Era, p. 14-15)
A revelação divina na Bíblia é progressiva. Em Gênesis 1, temos a história da criação de Deus, mas naquele capítulo não conseguimos ver muito da revelação divina. É claro, há alguma revelação ali. Por exemplo, o versículo 1 diz: "No princípio criou Deus..." A palavra hebraica para "Deus" aqui é Elohim, que significa "Fiel, Poderoso". Dessa palavra podemos perceber que Deus é fiel e também poderoso. Além disso, essa palavra, um substantivo próprio, não é singular, mas plural. Entretanto, o predicado "criou" é singular. Isso é um indício que Deus é triúno, três-um. Isso certamente é algo da revelação divina que progride por toda a Bíblia até o último capítulo de Apocalipse...Especificamente, Paulo completou a palavra de Deus com relação ao mistério de Deus, que é Cristo (Cl 2:2) e o mistério de Cristo, que é a igreja (Ef 3:4). Em Colossenses 1:27, ele diz: "Aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória." Não há tal palavra em Gênesis ou nos Salmos ou plenamente nos quatro Evangelhos. Esse é um exemplo do fato que a revelação divina na Bíblia é progressiva e que não é completada até o final de Apocalipse. (Life-study of Psalms, pp. 349-350)
A revelação divina nas Escrituras Sagradas é progressiva, desde a criação do homem à imagem de Deus no primeiro capítulo de Gênesis, passando por muitos processos tanto no Antigo Testamento como no Novo, até a consumação da Nova Jerusalém nos últimos dois capítulos de Apocalipse. Milhares de coisas são abordadas na Bíblia. A primeira coisa é a criação dos céus e da terra da parte de Deus, e a última coisa é a Nova Jerusalém. Entre esses dois extremos, a revelação divina anda junta com o curso da história humana. (Life-study of Proverbs, p. 2)
As revelações na Bíblia são progressivas. A maioria das revelações é semeada em Gênesis como sementes, são desenvolvidas pouco a pouco nos livros seguintes e culminam em Apocalipse. Podemos dizer que em Gênesis temos as sementes e em Apocalipse temos a colheita... (The Ultimate Significance of the Golden Lampstand, p. 19)
Até mesmo as revelações de Deus, Cristo e o Espírito são progressivas.
Fp 1:19 - Porque estou certo de que isto mesmo, pela vossa súplica e pela provisão do 4Espírito de Jesus Cristo, me redundará em libertação.
nota de rodapé 1:194 - A revelação na Bíblia acerca de Deus, Cristo e o Espírito é progressiva. O Espírito é mencionado primeiro como o Espírito de Deus com relação à criação (Gn 1:2). Então, Ele é mencionado como o Espírito de Jeová, no contexto da relação de Deus com o homem (Jz 3:10; 1Sm 10:6); como o Espírito Santo, com relação à concepção e nascimento de Cristo (Lc 1:35; Mt 1:20); como o Espírito de Jesus, com relação ao viver humano do Senhor (At 16:7); como o Espírito de Cristo, com relação à ressurreição do Senhor (Rm 8:9) e aqui como o Espírito de Jesus Cristo.
O Espírito de Jesus Cristo é "o Espírito" mencionado em João 7:39. Esse não é meramente o Espírito de Deus antes da encarnação do Senhor, mas o Espírito de Deus, o Espírito Santo com divindade, depois a ressurreição do Senhor, composto da encarnação do Senhor (humanidade), viver humano sob a cruz, crucificação e ressurreição. O santo óleo da unção em Êxodo 30:23-25, um composto de azeite de oliva e quatro tipos de especiarias é uma prefiguração desse Espírito de Deus composto, que é agora o Espírito de Jesus Cristo. Aqui não é o Espírito de Jesus (At 16:7) ou o Espírito de Cristo (Rm 8:9), mas o Espírito de Jesus Cristo. O Espírito de Jesus está relacionado principalmente com a humanidade e viver humano do Senhor; o Espírito de Cristo está relacionado principalmente com a ressurreição do Senhor. Para experimentar a humanidade do Senhor, como é ilustrado em 2:5-8, precisamos do Espírito de Jesus. Para experimentar o poder da ressurreição do Senhor, como é mencionado em 3:10, precisamos do Espírito de Cristo. Em seu sofrimento, o apóstolo experimentou tanto o sofrimento do Senhor em Sua humanidade como a ressurreição Dele. Assim, o Espírito para ele era o Espírito de Jesus Cristo, o Espírito do Deus Triúno, composto, todo-inclusivo, vivificante. Esse Espírito tem e até mesmo é o suprimento abundante para uma pessoa como o apóstolo, que estava experienciando e desfrutando Cristo em Seu viver humano e ressurreição. Por fim, esse Espírito de Jesus Cristo composto se torna os sete Espíritos de Deus, que são as sete lâmpadas de fogo diante do trono de Deus para levar a cabo Sua administração sobre a terra para o cumprimento de Sua economia acerca da igreja e que são os sete olhos do Cordeiro para a transfusão de tudo o que Ele é para dentro da igreja (Ap 1:4; 4:5; 5:6).
Assim como a revelação na Bíblia é progressiva, também a restauração da revelação na Bíblia é progressiva. Começando na época de Martinho Lutero e a restauração da verdade da justificação pela fé, a restauração da revelação divina progrediu para o que vemos hoje.
Podemos ver que a descoberta da verdade de Deus é progressiva. Quanto mais ela avança, mais completa ela se torna. No final do século XIX, quase todas as verdades tinham sido restauradas. (The Collected Works of Watchman Nee, vol. 11, p. 854)
Nessas breves visões no passado podemos ver que a revelação da Bíblia é progressiva. O mesmo é verdade com relação à restauração da Bíblia. A revelação de Martinho Lutero foi somente até certo ponto. Gradualmente, mais e mais foi descoberto e restaurado. Nossa visão hoje é de muito mais alcance porque nos colocamos nos ombros daqueles que vieram antes. Thomas Edison é considerado o pai da eletricidade, mas o que sabemos hoje sobre eletricidade vai muito além do conhecimento de Edison. A restauração da verdade, como os avanços na ciência, edifica sobre o passado. (Life Messages, vol. 2, p. 271)
Desde a Reforma na época de Martinho Lutero por todos os séculos, um expositor da Bíblia após o outro foi levantado para desvendar algumas verdades bíblicas. Entretanto, o grau de revelação foi muito limitado. Essa última situação durou por cerca de quatro séculos, começando com a época de Lutero, passando pelo tempo de Zinzendorf e prosseguindo para o século anterior, o XIX. Por volta de 1820, o Senhor levantou os Irmãos na Inglaterra. Uma vez que eles foram levantados, a luz das verdades fluiu como uma catarata. Dessa época em diante, a Bíblia formalmente abriu-se para nós. Somos gratos e louvamos o Senhor por isso! (The All-inclusiveness and Unlimitedness of Christ, pp. 42-43)
Embora a Bíblia não possa ser aperfeiçoada, a verdade na Bíblia é progressiva e a restauração das verdades divinas na Bíblia é ainda mais progressiva. Há quatrocentos anos, muito pouco das verdades na Palavra de Deus havia sido restaurada, mas tal não acontece hoje. A restauração das verdades é mais rica agora que há apenas vinte anos. Isso não significa que a Bíblia muda ou que anos a mudamos, pois ninguém tem o direito de fazer isso. Significa que o Senhor está prosseguindo na restauração de Suas verdades. (Estudo-Vida de Apocalipse, p. 276)
Por meio do labor de nossos irmãos maiores, Watchman Nee e Witness Lee, recebemos uma herança espiritual de todas as revelações cruciais na Bíblia que foram abertas para todos que buscam o Senhor nos últimos vinte séculos. Mas isso não é tudo. Os irmãos Nee e Lee se posicionaram nos ombros daqueles que foram antes deles para ver mais.
... Por toda minha vida, nunca encontrei um cristão que possa se comparar com o irmão Nee. Recebi a maior e mais elevada ajuda da parte dele. Ele pegou coisas boas e úteis de quase toda denominação, de todo tipo de prática cristã e de todos os santos sequiosos por toda a história da igreja e passou-os para nós. A primeira vez que estive com ele, percebi que estava se apoiando nos ombros de muitos que tinham existido antes dele. (The History of the Church and the Local Churches, p. 36)
Nosso encargo na restauração do Senhor é ministrar o Deus Triúno como vida e tudo para nós, de modo possamos desfrutar tudo o que Ele é. Com relação a isso, nos sustentamos nos ombros dos grandes mestres da Bíblia, que vieram antes de nós. Aprendemos muito a partir das experiências dos outros. Estudamos a história da igreja, as biografias e os escritos mais importantes dos grandes mestres desde os primeiros séculos até o presente. Tudo isso tem sido de muita ajuda para nós. É claro que também estudamos a Bíblia por nossa conta. Portanto, sabemos com certeza onde estamos, e temos segurança acerca da exatidão de tudo o que o Senhor nos levou a dizer no ministério. (Estudo-Vida de 1 João, p. 316)
Depois da completação do livro de Apocalipse e começando no segundo século, os pais da igreja começaram a estudar a Bíblia toda. Eles eram verdadeiros estudiosos. Viram que Deus é triúno e usaram esse termo para descrever Deus. Por todos os séculos, muitos mestres estudaram a Bíblia. Hoje herdamos as melhores interpretações da Bíblia e estamos nos apoiando nos ombros de muitos que vieram antes de nós. (The Central Line of the Divine Revelation, p. 11)
Em 1928, em Xangai, o irmão Nee tinha um estudo bíblico sobre o livro de Apocalipse, e ele me deu uma cópia das notas quando me uni à obra do Senhor em 1933. Então em 1976, em Anaheim, Califórnia, eu dei um treinamento sobre o Estudo-Vida de Apocalipse. Hoje, na Versão Restauração do Novo Testamento, as notas relacionadas com as profecias são esboços obtidos por meio de meu estudo sobre os escritos de Darby, Pember, Govett, Panton e o irmão Nee. Essas notas são muito claras e transparentes. Assim, nosso conhecimento acerca das profecias bíblicas tem um fundamento sólido. Isso não saiu de nossa própria imaginação, nem de nossa criação original e única; antes, o que vemos é um avanço que fizemos por nos apoiarmos nos ombros daqueles que existiram antes de nós. (The Up-to-Date Presentation of the God-ordained Way and the Signs Concerning the Coming of Christ, p. 64)
A Bíblia foi estudada, ensinada e interpretada por quase vinte séculos por intermédio de milhares de mestres. Somos gratos ao Senhor por isso. O que eles viram nós herdamos, de modo que hoje estamos nos firmando nos ombros de todos os mestres anteriores da Bíblia. Nesse sentido, podemos "tocar os céus" mais facilmente que eles. A Bíblia hoje está aberta para nós, desde a primeira página até a última. Ela está clara como cristal. Tenho encargo e tento liberar o que vimos nos setenta anos passados de uma forma sucinta e cristalizada. (The Triune God's Revelation and His Move, p. 2)
... Estamos nos apoiando nos ombros de muitos que existiram antes de nós e fomos ajudados para ver mais. Eles foram nossas "escadas" e ainda são, de modo que fomos desvendados para ver algumas coisas que eles nunca viram. (The Spirit with Our Spirit, p. 119)
... Em nosso estudo do Antigo Testamento, os livros mais básicos são os do Pentateuco. Mesmo se não puder estudá-los por si mesmo, você pode ler totalmente por meio das mensagens de Estudos-Vida sobre esses cinco livros. Durante as últimas décadas, fiz o máximo para apresentar-lhes integralmente as riquezas contidas nesses cinco livros. Eu me apóio sobre os ombros de meus predecessores a fim de avançar ainda mais. Todas as coisas apresentadas são confiáveis e reais. Tudo o que vocês têm de fazer é mergulhar nelas. (The Vision of the Divine Dispensing and Guidelines for the Practice of the New Way, p. 86)
Pondo de lado as riquezas do irmão Nee e as mensagens que dei, alguns entre nós foram aos livros do cristianismo, procurando algum material para pregar. Isso realmente é tolice. Conseguimos as riquezas entre nós por nos apoiarmos sobre os ombros de nossos predecessores, e ainda hoje alguns querem ir e pesquisar para alguma coisa sob os pés de nossos predecessores. Que pena isso! Já que todos somos humanos, é claro que preferimos falar nossas próprias mensagens. Entretanto, precisamos ver que maravilhosas riquezas o Senhor nos deu e o que Ele quer que preguemos é apenas Sua economia. (Speaking for God, pp. 108-109)
A visão da era se refere à visão governante que é o nível ou estágio para o qual a revelação ou a restauração da revelação contida na Bíblia progrediu. Não nega o que foi visto nas eras anteriores, mas herda e edifica sobre as visões daquelas eras.
O Ministério da Era
O ministério da era, como Watchman Nee definiu, refere-se ao serviço que leva a cabo o que o Senhor deseja cumprir em dada era.
... O Antigo Testamento está cheio de diferentes tipos de ministérios. Em cada era há o ministério daquela era. Esses ministérios das eras são diferentes dos ministros locais. Lutero foi um ministro de sua era. Darby também foi um ministro de sua era. Em cada era o Senhor tem coisas especiais que Ele quer cumprir. Ele tem Suas próprias restaurações e Suas próprias obras para fazer. A restauração e obras específicas que Ele quer fazer em uma era é o ministério daquela era.
                            Renunciar a Ministérios Passados 
 Jônatas ficou entre Saul e Davi. Ele foi um homem entre dois ministérios. Ele poderia ter seguido o segundo ministério, mas por ser muito profundo o relacionamento com o primeiro, ele não pôde se desligar. Para alcançarmos o ministério da era, há a necessidade de termos a visão. Mical desposou Davi, a ainda assim ela não viu nada. Ela apenas viu a condição de Davi diante de Deus e não pôde tolará-la. Como conseqüência, foi deixada para trás (2Sm 6:16, 20-23).Tudo Sendo uma Questão da Misericórdia de Deus
 É misericórdia de Deus que uma pessoa possa ver e entrar em contato com o ministério daquela era. Ainda assim, é uma coisa totalmente diferente um homem tomar coragem para renunciar a um ministério passado. É algo precioso de ver e também uma coisa abençoada entrar em contato com algo. Ainda assim, se alguém pode ou não pôr de lado seu ministério passado é algo que depende totalmente da misericórdia de Deus. (The Collected Works of Watchman Nee, vol. 57, pp. 260-261)
Se quisermos que nosso serviço ao Senhor conte para o avanço da restauração do Senhor, ele precisa estar à altura do padrão da visão atual introduzida por meio do fluir atualizado do Espírito. Se não, nosso serviço não satisfará a necessidade atual de Deus.
Aqui está um princípio básico: Se fizermos o que Deus quer em nossa geração, vamos obter o fluir do Espírito. Se, entretanto, nós sempre nos apegarmos ao nosso passado e exigirmos que Deus faça de acordo com o que classificamos como importante e desejável, não vamos obter esse fluir do Espírito. Tudo bem ser um Martinho Lutero no século XVI, mas seria insuficiente ser apenas um Lutero em 1950. Tudo bem ser uma Madame Guyon na Idade Média, mas seria insuficiente ser apenas ela em 1950. Tudo bem ser um Wesley no século XVIII, mas seria inadequado ser um em 1950. Tudo bem ser um Darby em 1828, mas seria insuficiente ser ele em 1950. Deus está sempre prosseguindo e todo instrumento preenche sua função para a igreja. O Espírito que flui na igreja está sempre prosseguindo.Aqui muitas pessoas têm uma fraqueza básica, isto é, elas não reconhecem o fluir do Espírito na igreja. Na igreja tem havido muitos gigantes espirituais que realizaram muitas coisas espirituais. Hoje somos herdeiros de suas riquezas. Santos como Martinho Lutero, Madame Guyon, John Nelson Darby, Evan Roberts e Sra. Penn-Lewis, todos nos deixaram alguma riqueza espiritual. Não podemos dar graças e louvar ao Senhor o suficiente por isso. Mesmo hoje, ainda que fôssemos bem sucedidos para ser um Martinho Lutero, uma Madame Guyon, um Darby, um Roberts ou uma Sra. Penn-Lewis, ainda seríamos um fracasso porque não teríamos visto o ponto central: o fluir do Espírito. (The Collected Works of Watchman Nee, vol. 55, pp. 245-246)
Revendo a rebelião em nosso meio nos anos 80, numa comunhão pessoal com um grupo de presbíteros do Canadá, o irmão Lee identificou cinco problemas intrínsecos na restauração do Senhor: não reconhecer o falar de Deus, não reconhecer a liderança, tentar fazer a própria obra dentro da restauração, nossa prática da restauração do Senhor não sendo forte nas verdades básicas e não se importar com a disciplina em afastar os dissidentes que causam divisão (ver The Problems Causing the Turmoils in the Church Life, pp. 16-19). É significativo que o primeiro desses itens seja não reconhecer o falar de Deus. Reconhecer o falar de Deus é crucial porque Deus se move pelo Seu falar.
... Deus não é o Deus de ontem ou de amanhã; é o Deus de hoje. Todos os dias Ele avança, prossegue. Portanto, precisamos estar abertos para o que Ele diz hoje. O falar de Deus é o Seu prosseguir. (Estudo-Vida de 2 Coríntios, p. 135)
Deus está falando e Seu falar visa o Seu mover. Ele se move pelo Seu falar. (The Triune God's Revelation and His Move, p. 11)
... Se Deus é vivo, Ele certamente precisa falar. Se Ele é real, Seu falar testifica de Sua realidade. Se está se movendo, Ele vai se mover pelo seu falar. Se está operando, com certeza Ele vai operar mediante o Seu falar. (Estudo-Vida de Hebreus, p. 17)
Porquanto o mover de Deus está sempre avançando, então o Seu falar está sempre avançando. Para estarmos em Seu mover atual, precisamos estar no Seu falar atualizado, isto é, na visão da era.
... Se não acompanharmos o mover do Espírito nesta era, ficaremos desligados. O tempo não espera por nós. [É] por isso que o Novo Testamento nos diz para remirmos o tempo (Ef 5:16). Os idosos são mais úteis, mas têm de acompanhar o avanço atual da restauração do Senhor. (Elders' Training, Book 9: The Eldership and the God-ordained Way (1), p. 115)
Assim, para estarmos no ministério da era, precisamos servir de acordo com a visão da era no fluir atual do Espírito segundo o falar atualizado de Deus. Nesse ministério há duas partes: primeiro, o Senhor levanta um homem específico por meio do qual ele libera a visão da era. Depois, Ele levanta muitos outros para entrar na visão e levá-la a cabo. O desejo de Deus é que todo o Seu povo fossem esses vencedores.
O Ministro da Era
O homem específico através de quem a visão da era é liberada constitui "o ministro da era". Como o irmão Nee enfatizou que Martinho Lutero e John Nelson Darby foram os ministros de suas respectivas eras. Além disso, os dois ministérios entre os quais Jônatas ficou, eram ministérios particulares: Saul e Davi. O irmão Lee falou da visão da era como a planta e a pessoa através de quem a visão da era foi aberta como o arquiteto, enfatizando categoricamente que há somente uma planta e um sábio arquiteto em cada era. O irmão Lee então aplicou esses dois pontos para corrigir a prática de alguns na restauração do Senhor de pregar e publicar suas próprias mensagens.
Há somente um desenho e um chefe de construção na edificação verdadeira e correta. O único chefe de construção é o arquiteto que tem o desenho nas mãos. Isso se aplica a todas as eras. O Senhor apresenta o desenho, a revelação e a palavra, e, por meio de um homem, Ele supervisiona e completa a obra de edificação. Todos os que não edificam, falam ou servem de acordo com o desenho apresentado pelo Senhor por meio daquele homem, estão carentes de luz e revelação, e não servem segundo a visão. Hoje, na restauração do Senhor, alguns pregam e publicam mensagens. As partes de suas mensagens que comunicam luz, revelação e provisão de vida invariavelmente têm como fonte este ministério na restauração do Senhor. Fora essas partes, não há nenhuma revelação ou visão em seus escritos. (A Visão da Era, p. 38)
Dizer que há um único ministério da era que é o único usado por Deus para apresentar a visão da era não nega a verdade que há muitos ministérios (2Co 3:6) participando no serviço do único ministério do Novo Testamento (At 1:17, 25; 2Co 4:1; Ef 4:12; 1Tm 1:12). De fato, o artigo "O Conteúdo da Visão da Era" em The Ministry Magazine afirma essa verdade:
Estamos aqui na vida da igreja e esse ministério da era está sendo executado por meio de nós. (Benson Phillips, "The Content of the Vision of the Age", The Ministry Magazine, vol. 7, no. 6, August 2003, p. 36)
O termo "ministro da era" foi definido como alguém participando no cumprimento do ministério da era, então todos os santos que foram aperfeiçoados "para a obra do ministério" (Ef 4:12), que estão se posicionando com o Senhor segundo a visão da era, são os "ministros da era". Esse, entretanto, não é o significado do termo que os cooperadores definiram e usaram. O termo "ministro da era" foi apresentado com uma denotação específica e reinterpretá-lo é negar a função dos membros de cinco talentos que o Senhor deu ao Seu Corpo. No uso dos cooperadores, o ministro da era não é apenas uma pessoa servindo segundo a visão da era, mas alguém que o Senhor usa para levar a visão da era à Sua igreja, a pessoa através da qual a restauração da visão avança.
... Em cada era há uma visão particular. Essa visão é liberada não por meio de muitas pessoas, mas uma só, que é o ministro daquela era. Há a visão da era e aquele que recebe essa visão se torna o ministro da era. Todos os outros que estão com ele são guiados por esse e a visão lhes é liberada. Então, todos juntos, falam essa única visão segundo a orientação daquele a quem o Senhor escolheu para ministrar a visão da era. (Benson Phillips, "The Content of the Vision of the Age", The Ministry Magazine, August 2003, vol. 7, no. 6, p. 34)
Essa maneira de entender se ajusta à palavra do irmão Lee sobre a visão da era ministrada em 1986. Nas páginas 41 até 48 de A Visão da Era, o irmão Lee deu um breve esboço do Antigo Testamento mostrando que em cada era houve uma única visão liberada por meio de um homem, começando com Adão e continuando com Abel, Enos, Enoque, Noé, Abraão, Isaque, Jacó, José, Moisés, etc. Ele, mais adiante, mostrou o mesmo princípio no Novo Testamento, no relato sobre João Batista, o Senhor Jesus, Pedro e Paulo. Ele então aplicou o mesmo principio à história da restauração do Senhor, começando com a época de Martinho Lutero.
... No tempo da Reforma, na década de 1520, quando surgiu Martinho Lutero, qualquer pessoa que quisesse servir em conformidade com uma visão tinha de unir-se a Lutero. No século dezessete, quem quisesse servir governado por uma visão tinha de juntar-se a Madame Guyon. No século dezoito, se alguém quisesse servir controlado por uma visão, tinha de aliar-se a Zinzendorf. Até mesmo John Wesley recebeu a ajuda de Zinzendorf. No século dezenove, J. N. Darby tomou a frente entre os Irmãos Unidos, e a visão estava com ele. No século vinte, a visão passou para nós. (A Visão da Era, p. 35)
O autor de "Sobre 'O Ministério da Era' e 'O Ministro da Era': O que Watchman Nee ensina?" ignora completamente a comunhão do irmão Lee em A Visão da Era, bem como todo o falar do irmão Lee sobre a singularidade do ministério do irmão Watchman Nee. Parece que sua intenção é pôr o irmão Nee contra o irmão Lee baseando no uso que o irmão Nee faz do artigo indefinido. Isso é indefensável da mesma forma que argumentar que "um Espírito vivificante" em 1 Coríntios 15:45b não se refere ao Espírito na Deidade.1 Digno de nota é que o irmão Nee identifica Lutero como "um ministro da era" e Darby como "um ministro da era" e não há sobreposição nem ninguém mais é identificado como um ministro em suas respectivas eras, embora haja muitos outros servindo e falando contemporaneamente com esses. O ponto é que um ministro da era introduz a visão da era para governar o viver e o serviço do povo de Deus naquela era.
A liberação da visão da era é o soar da única trombeta para guiar o povo do Senhor. O som dessa trombeta tem de ser único e aquele que assume a liderança para soar a trombeta é o ministro da era.
... Deus não vai mandar trombeteiros para fazer soar trombetas diferentes em Seu exército para o combate (1Co 14:8; Nm 10:9; Jz 7:18). Isso seria confusão. Deus é mais sábio do que isso. Ele vai levantar somente um trombeteiro para soar um chamamento, uma voz, de modo que Seu povo na terra possa marchar. (The Testimony of Jesus, p. 99)
O que é importante? É mais que mera semântica. Designar certa pessoa como "ministro da era" é dizer que ela é a pessoa a quem a visão atualizada do Senhor está sendo ou foi liberada. Como conseqüência, aquela pessoa e a visão liberada por meio dela vai exercer o papel de liderança no avanço do mover do Senhor em Sua restauração. A atual liderança na restauração do Senhor repousa não tanto numa pessoa, mas numa visão governante.
Visto que temos a visão atual e culminante, devemos segui-la de perto. Em absoluto, não seguimos um homem; antes, seguimos uma visão. É totalmente errado dizer que seguimos certa pessoa. Seguimos uma visão, que pertence à presente era. É a visão culminante de Deus. (A Visão da Era, p. 65)
Portanto, vocês não estão seguindo um homem; antes, estão sendo um com o ministério do Senhor. Vocês estão seguindo uma visão, uma visão que corresponde a esta era, uma visão que herda tudo o que havia no passado e uma visão que é todo-inclusiva. Uma visão atual e, ao mesmo tempo, fundamenta-se no passado. Se vocês permanecem no livro de Atos, podem ter herdado tudo o que havia antes daquela tempo, mas não estão atualizados. Hoje, ao estar neste lugar e ao ponderar as revelações que o Senhor nos descortinou em sua restauração, ao ler os livros publicados entre nós, vemos que eles abrangem tudo, desde a igreja à economia de Deus, culminando na Nova Jerusalém, no novo céu e nova terra. Esta é uma visão farta e todo-suficiente. Se vocês permanecerem nesta visão, servirão segundo a visão. Se não permanecerem nesta visão, ainda poderão ser um Apolo, expondo as Escrituras poderosamente; ainda poderão ser um Barnabé, visitando as igrejas; ainda poderão ser um Tiago, servindo piedosamente; e ainda poderão se um Pedro, que serviu como o principal apóstolo. Mas não terão a visão. (A Visão da Era, pp. 67-68)
Parece que aqueles que procuram designar "muitos ministros diferentes da era" estão buscando estabelecer suas próprias credenciais para guiar a restauração do Senhor numa direção diferente daquela que nos foi mostrada pelos irmãos Nee e Lee como a visão da era. Na verdade, os dissidentes se desviaram dessa visão. Um dos dissidentes abertamente advoga voltar ao modelo da Reforma, uma época onde havia muitas vozes diferentes com diferentes ensinamentos contendendo uns com os outros.
... Por fim, o Senhor levantou Martinho Lutero, junto com muitos outros em sua geração. Eles podem ter sustentado diferentes pontos de vista em algumas questões, mas complementaram uns aos outros, da mesma forma que Pedro, Paulo e João complementaram-se. (Frank Lin, "God Speaking in Many Portions and in Many Ways," Fellowship Journal, vol. 4, no. 7)
Essa pessoa está disposta a permitir que a história classifique a verdade. Dizer isso é não mais permanecer sobre os ombros daqueles que vieram antes, mas abandonar o que o Senhor restaurou entre nós sobre a unidade prática do Corpo de Cristo e voltar a um padrão que resultou em divisão após divisão. Desde o primeiro século, o fracasso da igreja e até mesmos dos obreiros para entrar na visão da era liberada por intermédio de Paulo se tornou a causa de uma apostasia geral e de divisão do Corpo de Cristo. Esse padrão foi repetido muitas vezes por toda a história da igreja.
Porque tem havido divisões, desde a época em que os apóstolos, incluindo Pedro e João, ainda estavam na terra? As divisões começaram a ocorrer a partir da última parte do primeiro século e continuam até presente. Tem havido divisões e mais divisões, que têm causado todo tipo de confusão. Qual a razão para tantas divisões? Todas surgiram simplesmente por causa de diversos assim chamados ministérios 
...
Precisamos estar bem cientes de que o fundamento de todas as denominações e o fator que as produz são os ministérios diferentes. Se todos os cristãos hoje estivessem dispostos a que o Senhor tirasse seus diferentes ministérios, todos eles seriam um. O fator básico de todas as divisões, sua própria raiz, são os diversos ministérios... (Treinamento de Presbíteros, Volume 1: O Ministério do Novo Testamento, p. 17-18)
Precisamos ver esse princípio no decorrer de toda era cristã. Todos os problemas, divisões e confusões vieram da tolerância aos ministérios diferentes. Muitos mestres cristãos conheceram o perigo desses ministérios; contudo os toleraram. Tem havido tolerância a ministérios diferentes. Não devemos crer que, na restauração do Senhor, a longo prazo, eles nunca mais penetrarão sorrateiramente. Pelo contrário, devemos estar alertas. Tal perigo está à nossa frente. Se não formos vigilantes, se formos descuidados, de um modo ou de outro o inimigo usará sorrateiramente alguns meios ou maneiras de introduzir diferentes ministérios. Tal coisa terminaria com a restauração do Senhor. (Treinamento de Presbíteros, Volume 1: O Ministério do Novo Testamento, p. 20)
Contudo, todos precisamos perceber que estamos na restauração do Senhor. A primeira característica da restauração é a unidade. Se a perdermos, estaremos acabados. Se perdermos a unidade, não estaremos mais na restauração do Senhor. Portanto, precisamos ver que há o perigo de ensinamentos e opiniões diferentes destruírem a unidade. (Treinamento de Presbíteros, Volume 1: O Ministério do Novo Testamento, p. 35)
Não há dúvida que o irmão Lee considerou Watchman Nee o ministro desta era. A palavra conclusiva do irmão Lee em sua biografia sobre Watchman Nee diz:
UM DOM DESTA ERA

Considero Watchman Nee como um dom sem igual dado pelo Cabeça para Seu Corpo visando Sua restauração nesta era. Respeito-o totalmente com tal dom. Tenho a plena confiança e certeza que foi totalmente do Senhor o fato de eu ter seguido esse dom para o interesse do Senhor em Seu mover atual nesta terra. Não me envergonho de maneira nenhuma em dizer que segui um homem—um homem que foi o dom singular e aquele que viu as visões divinas nesta era

.
Sou mais do que grato ao Senhor porque, imediatamente depois de salvo, fui levado a tal relacionamento proveitoso com Watchman Nee e colocado no mais íntimo relacionamento com ele na obra de Sua restauração, por meio de tantos acontecimentos, por tão longo período. As revelações a respeito de Cristo, a igreja, o espírito e a vida que vi por intermédio de Watchman Nee, as infusões de vida que recebi dele e as coisas sobre a obra e a igreja que aprendi dele, exigirão a eternidade para avaliar seu valor. (Biografia de Watchman Nee, p. 384)
Da mesma forma, os cooperadores e os santos na restauração do Senhor por toda a terra reconhecem Watchman Nee e Witness Lee como "ministros da era" por causa dos avanços surpreendentes no desvendar da revelação divina que veio por meio deles. O ministério deles introduziu a visão que se encaixa na era atual: a visão que herda e engloba tudo da revelação divina completa em toda a Bíblia.
Seus escritos proporcionam mais desvendar, mais revelação e mais verdade. Todos podemos testificar que quando lemos seus escritos, há verdade e revelação em cada página. Isso é porque esses irmãos foram comissionados com o ministério da era e continuaram a ver cada vez mais, todo tempo enquanto o Senhor lhes permitiu permanecer sobre a terra 
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... Na presença do Senhor, todos somos gratos a Ele pela Sua misericórdia em nos fazer contatar o ministério desses dois irmãos. Esse ministério é a visão desta era que Deus deu ao Seu povo. É uma grande coisa reconhecer a visão e reconhecer a pessoa a quem o Senhor levantou para dar tal visão. (Benson Phillips, "The Content of the Vision of the Age", The Ministry Magazine, August 2003, vol. 7, no. 6, p. 35)
Vamos considerar apenas alguns itens que o Senhor restaurou, tanto no que tange à verdade como à prática por intermédio do ministério do irmão Lee, desde que ele veio aos EUA em 1962:
a.  O espírito humano mesclado com o Espírito divino para ser um só espírito.
b.  O desfrute de Cristo mediante o exercício do espírito.
c.   A economia de Deus.
d.  A Trindade essencial e econômica para o dispensar de Deus no homem.
e.  O Cristo todo-inclusivo como a boa terra dada a nós como nossa porção para nela entrarmos e possuirmos visando à edificação da casa de Deus e o estabelecimento de Seu reino.
f.    O ministério celestial de Cristo.
g.  O Espírito todo-inclusivo como a consumação do Deus Triúno processado.
h.  O Espírito sete vezes intensificado para gerar os vencedores.
i.    A salvação completa de Deus: judicial e orgânica.
j.    A vida do Deus Triúno dispensada no homem tripartido para salvar os crentes orgânica e subjetivamente nesta vida por meio da regeneração, santificação, renovação, transformação, conformação e glorificação.
k.  A base da localidade para a expressão prática do Corpo universal de Cristo.
l.    A experiência de Cristo como vida para a edificação da igreja como Corpo de Cristo.
m.               A designação da humanidade de Cristo em ressurreição.
n.  A Nova Jerusalém como a consumação da edificação de Deus.
No último estágio de seu ministério, o falar do irmão Lee continuou a avançar:
a.  O cume da revelação divina: Deus se torna homem para fazer do homem Deus em vida e natureza, mas não na Deidade.
b.  A incorporação divino-humana.
c.   O significado cristalizado da encarnação, viver humano, crucificação e ressurreição de Cristo.
d.  O ministério pleno de Cristo em três estágios: encarnação, inclusão e intensificação.
e.  O viver do homem-Deus.
f.    Os santos vencedores como Sião em Jerusalém.
g.  A maneira ordenada por Deus para dar frutos mediante gerar, nutrir, aperfeiçoar e edificar.
h.  Os grupos vitais.
i.    A realidade do Corpo de Cristo.
j.    Um viver corporativo em conformidade com a morte de Cristo para a manifestação da vida de ressurreição.
k.  Pastorear segundo Deus como o serviço do Corpo para a edificação de si mesmo em amor.
l.    O mesclar do Corpo de Cristo por meio de comunhão entre os membros individuais, as igrejas, os presbíteros e os cooperadores.
Enquanto o irmão Lee estava conosco, a restauração da revelação divina avançou sem parar. O próprio irmão Lee testificou que a restauração da revelação do Senhor acerca da economia divina fora mostrada para o irmão Nee e para ele progressivamente.
Em 1962, cheguei aos Estados Unidos e comecei a obra da restauração do Senhor neste país. Nos últimos trinta anos tem havido muito progresso a respeito de ver a revelação divina. Na China continental não enfatizávamos o termo economia. Em vez da palavra economia, o irmão Nee usava a palavra plano. Em seus livros, ele usava o termo plano eterno de Deus; nunca usou a palavra economia. Depois de chegar aos Estados Unidos, não tive o pensamento de usar a expressão a economia de Deus até 1964. Naquele ano falei as mensagens publicadas no livro A Economia de Deus. Foi naquela época que comecei a usar o termo economia, que é a forma aportuguesada da palavra grega oikonomia. Mais tarde, começando em 1984, comecei a enfatizar Deus dispensando-se para o cumprimento de Sua economia. Em 1990, fui veemente sobre a economia divina e o dispensar divino. (ver A Deeper Study of the Divine DispensingThe Economy and Dispensing of God, and The Divine Dispensing for the Divine Economy, publicado pelo Living Stream Ministry). Digo isso para ilustrar como o Senhor nos mostrou as coisas divinas de uma forma progressiva. (The Christian Life, pp. 167-168)
Por intermédio do irmão Lee, a visão na restauração do Senhor avançou para o estágio de ter uma visão completa e panorâmica da economia de Deus desde o primeiro capítulo de Gênesis até o último capítulo de Apocalipse.
... Por isso, depois de buscar diante do Senhor, sinto que essa é uma oportunidade de ouro para focarmos sobre uma questão: o centro da Bíblia. Essa questão é a mais elevada visão na Bíblia, a visão que nos governa e controla.Paulo disse: "Não fui desobediente à visão celestial" (At 26:19). Qual foi a visão celestial a que Paulo se referiu? Passaram pelos menos setenta e três anos desde que o irmão Nee foi levantado pelo Senhor para falar por Ele em nosso meio. Nesse período de tempo, não só nossos corações, mas até nossas mãos nunca deixaram a Bíblia. Pelo número de páginas que tocamos, é como se tivéssemos folheado totalmente centenas de Bíblias. Além disso, temos muitas notas do que ganhamos pelo nosso estudo da Palavra. Depois de setenta e três anos, podemos dizer que a revelação do Senhor entre nós atingiu seu pico com a consumação durante a conferência do Ano Novo Chinês no ano passado. Essa consumação pode ser vista no novo hino que escrevi: "Oh! Que milagre! Que mistério é! / Que Deus e o homem podem se mesclar! / Deus fez-se homem pra fazer o homem Deus!/ Economia sem igual." A visão celestial que o Senhor mostrou a Paulo era sua economia, a economia neotestamentária, a economia eterna de Deus. Essa economia é a revelação de todo o Novo Testamento. (The Governing and Controlling Vision in the Bible, p. 7-8)
Vimos que a visão que nos governa e controla na Bíblia é a economia de Deus. O primeiro passo na economia de Deus é Deus tornando-se carne. Depois disso, há os passos de Cristo passando pelo viver humano, morte na cruz e ressurreição. Por fim, haverá a Nova Jerusalém. Essa é uma exposição abrangente da economia de Deus. O nascimento de Cristo, Seu viver na terra, Sua morte de crucificação e Sua ressurreição da morte são todos termos familiares no cristianismo. Infelizmente, entretanto, por toda a história da igreja, pelos últimos dois mil anos, tanto os que ensinaram como os ensinados só travaram conhecimento desses termos. Poucos entraram profundamente no seu sentido intrínseco. Foi assim até a época em que o Senhor levantou a restauração na China, começando com o irmão Nee, que o sentido intrínseco dessas questões se nos tornou conhecido um por um. (The Governing and Controlling Vision in the Bible, p. 19)

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